Na vitória por 2 a 0 sobre o Sport, no último sábado, no Morumbi, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo encerrou o segundo mês contando com o apoio dos seus torcedores no estádio após longo período de portões fechados por causa da pandemia da Covid-19. E o Tricolor não pode reclamar de sua torcida neste período, pois fechou o sétimo duelo com público total somado no local de 185.466 pagantes, uma média de 26.495 por partida.
Esta soma foi garantida com as 35.679 pessoas que pagaram ingressos para entrar no Cícero Pompeu de Toledo há dois dias, quando o clube também teve uma renda total de R$ 904.554,00 e um lucro líquido de R$ 527.528,7 após serem descontadas todas as despesas do duelo, que foram de R$ 377.025,22. Estes valores foram confirmados pela CBF no boletim financeiro da partida de sábado, que foi divulgado pela entidade em seu site oficial nesta segunda-feira.
E a arrecadação total contabilizada com bilheteria nos últimos sete confrontos no Morumbi foi de R$ 7.444.260,00. E deste valor sobraram R$ 4.760.126,09 para entrar nos cofres do Tricolor, que ainda fará a sua partida derradeira em casa nesta reta final do Campeonato Brasileiro na próxima segunda-feira, quando enfrentará o Juventude, às 19h, pela penúltima rodada da competição.
Vale destacar que em apenas três dos sete jogos que disputou com a torcida no estádio o São Paulo contou com o Morumbi 100% liberado ao público, pois apenas a partir de novembro o Governo do Estado de São Paulo autorizou a realização de duelos com arenas totalmente disponíveis, após estabelecer uma carga limite de 30% na primeira quinzena de outubro e de 50% na segunda.
RECORDE DE PÚBLICO APÓS VOLTA DA TORCIDA FOI CONTRA O FLAMENGO
E somente no dia 14 de novembro o Tricolor fez o seu primeiro jogo em casa neste mês. Na ocasião, com 47.855 torcedores no estádio, recorde de público do time desde a volta da torcida ao Morumbi, a equipe decepcionou ao ser goleada por 4 a 0 pelo Flamengo. Como o “consolo” para o péssimo resultado, o clube faturou R$ 2.158.558,52 de uma renda bruta de R$ 2.742.156,00.
Mesmo com a derrota marcante para a equipe carioca, o time comandado por Rogério Ceni voltou a ser apoiado em peso pela sua torcida no duelo seguinte no Morumbi, na última quarta-feira, quando 43.391 pagantes acompanharam o empate por 0 a 0 com o Athletico-PR pela 34ª rodada do Brasileirão.
Para o jogo com o Furacão, o clube resolveu diminuir de forma expressiva os preços dos ingressos, ciente do impacto negativo que a goleada para o Fla poderia proporcionar. A estratégia foi bem-sucedida, pois a equipe voltou a atuar com casa cheia, mas o lucro líquido com bilheteria foi de R$ 706.425,22, valor mais de três vezes menor do que o faturado contra o adversário carioca.
MÉDIA DE 42,3 MIL PAGANTES EM JOGOS COM MORUMBI 100% LIBERADO
Se forem levados em conta apenas os jogos em que o Morumbi contou com 100% de sua capacidade liberada à torcida, a média de público do São Paulo foi de 42,3 mil pagantes por partida, 15,8 mil a mais do que a média total de 26,5 mil somada nos sete duelos com torcedores. E, ao total, 126.925 pessoas compraram ingressos apenas para os últimos três confrontos na casa tricolor.
Ao todo nestes três duelos anteriores no Morumbi, o São Paulo faturou R$ 3.392.512,44 com lucro líquido de bilheteria, que sobraram de uma quantia total arrecadada de R$ 4.745.720,00 em renda bruta nestes compromissos.
MAIS TRÊS JOGOS PELA FRENTE E SÓ UM NO MORUMBI EM RETA FINAL
Com estes números expressivos nas arquibancadas, o Tricolor ocupa hoje a 12ª posição do Campeonato Brasileiro, com 45 pontos, e voltará a campo nesta quinta-feira, às 20h, contra o Grêmio, em Porto Alegre, ainda em confronto válido pela 35ª rodada, com a meta de livrar de vez o risco de rebaixamento à Série B. O Juventude, rival do jogo em que o time se despedirá da torcida no Morumbi, hoje encabeça a zona de descenso, em 17º lugar, com 40 pontos.
Depois deste embate diante do rival de Caxias do Sul pela penúltima rodada, os comandados de Ceni fecharão campanha no torneio contra o América-MG, no dia 9 de dezembro, às 21h30, no estádio Independência, em Belo Horizonte.
Confira os públicos e rendas do São Paulo após a volta da torcida ao Morumbi:
7/10/2021 – São Paulo 1 x 1 Santos
Público: 5.529 pagantes.
Renda bruta: R$ 393.437,00.
Líquido a receber: R$ 58.801,52.
14/10/2021 – São Paulo 1 x 1 Ceará
Público: 9.271 pagantes.
Renda bruta: R$ 333.135,00.
Líquido a receber: R$ 68.293,6.
18/10/2021 – São Paulo 1 x 0 Corinthians
Público: 23.874 pagantes.
Renda bruta: R$ 1.076.213,00.
Líquido a receber: R$ 689.123,4.
31/10/2021 – São Paulo 1 x 0 Internacional
Público: 19.867 pagantes.
Renda bruta: R$ 895.755,00.
Líquido a receber: R$ 551.395,13.
14/11/2021 – São Paulo 0 x 4 Flamengo
Público: 47.855 pagantes.
Renda bruta: R$ 2.742.156,00.
Líquido a receber: R$ 2.158.558,52.
24/11/2021 – São Paulo 0 x 0 Athletico-PR
Público: 43.391 pagantes.
Renda bruta: R$ 1.099.010,0.
Líquido a receber: R$ 706.425,22.
27/11/2021 – São Paulo 2 x 0 Sport
Público: 35.679 pagantes.
Renda bruta: R$ 904.554,00.
Líquido a receber: R$ 527.528,7.
Total somado nos sete jogos com público:
Público: 185.466 pagantes.
Renda bruta: R$ 7.444.260,00.
Líquido a receber: R$ 4.760.126,09.
Lance!
Que top! Nossa torcida sempre dando show.
A torcida foi só o que restou de bom do São Paulo.
Entra diretoria, sai diretoria, e essa conselharada não consegue entender como aproveitar o torcedor pra recuperar o clube da catástrofe. Plano ST criado e largado as traças, cheio de problemas, sem marketing agressivo, deixando que o plano cresça por sí só mesmo que ele esteja estagnado. Falavam tanto do “Morumbi Concept Hall” mas é decadente a maneira como isso é conduzido. Qualquer um que dê a volta no estádio não consegue entender se pode realmente entrar, onde parar, as opções que tem. É um mundinho fechado, assim como o clube.
Enquanto isso tá o torcedor do lado de fora comprando coisa das barraquinhas, mandando pra dentro uns lanches de pernil, enquanto o clube oferece pra arquibancada aquela porcaria de atendimento e lucra menos do que poderia.
No fundo é isso que dá quando voce dá um tapa no estatuto e fica realocando conselheiro em cargos importantes, ou então pessoas sem capacidade técnica e de formação pra exercer funções que precisam de inovação. Saiu Leco, entrou Casares e o SPFC é a imagem do Belmonte: puro cansaço.
Concordo.
O ST é um fiasco quase total.
Falaram demais e fizeram muito pouco.
E é uma das coisas onde a atual Diretoria falha, ainda.
A questão dos Scouts é outra.
E por aí vai…
Ser pior que a “jestão” anterior não é (pelo menos ainda… Kkkkkk). Mas diante das expectativas criadas e das próprias falas do Casares, ainda tem várias lacunas a serem preenchidas…
E pensar que o futuro campeão faturou quase o triplo com 3 jogos.
O Mineirão é maior que o Morumbi, o Atlético tá pra ser campeão e o ingresso com ctza é mais caro…
Mineirão não é maior que o Morumbi….Mineirão em torno de 62 mil pessoas, Morumbi em torno de 67 mil.
Exato.
Tirando sua observação sobre o tamanho, as outras comprovam que estamos mal.
E o título do Paulista que não paga nem 5M. Realmente em 2022 o que vale é se preparar pra fazer uma temporada decente.
O Paulistinha era pra sair da fila, isso está feito. Ser bi ou tetra pouco vai mudar na fila do pão.
Agora tem que trabalhar com um planejamento pra ano que vem fazer um brasileiro decente pra ir pra Libertadores em 2023.
Acredito inclusive que com um elenco igual a esse ou pior, somado ao Ceni que não é bom em mata mata, a tendência é abrir mão das copas.
Eu já penso que deveriam focar nas copas e em fazer um brasileiro decente (=parte de cima da tabela). Principalmente, focar na Copa do Brasil.
Precisamos ganhar essa taça. O paulista deveria ser encarado a sério, buscar o bi, mas sem comprometer o ano.
Dá para conseguir isso com pouco dinheiro e organização.
Se terminasse a próxima temporada com o paulista e a Copa do Brasil, seria bom demais, diante das condições.
Pontos corridos é pra quem tem elenco. Pode ver que peppas e Flamídia estarão sempre lá em cima mesmo focados em outros campeonatos. O Atlético, se mantiver o elenco, também passará a figurar nas cabeças todo ano.
O restante é que vai variar. Pode sim um bom time (com elenco enxuto) ser campeão à frente dos três que citei, mas pra isso tem que ser eliminado de Liberta e CdB precocemente para saber onde focar.
E digo mais, já me dou por satisfeito se terminarmos o ano que vem só com Copa do Brasil e classificação para a Liberta. Mas é claro que o discurso tem que ser aquele de time grande que entra pra ganhar tudo.
Agora que ganhou e saiu da fila, botar o Sub20 mesclado com alguns encostados e jogar. Fazer uma pré-temporada decente e se classificar para a Sulamericana, ai que vai precisar disto.
Pelo lado do apoio da torcida, sensacional, como de costume.
Pelo lado das finanças, acho muito pouco. Não paga 1 mês da folha né. As contas não fecham.
Vou começar logo, pode ser que se concretize no mata mata do paulista
#RenatonoSP
#RenatonoSmall”
Pra arrecadar mais teria que botar o preço dos ingressos lá nas nuvens. Aí teria chiadeira por causa do preço alto.
Com valor de ingresso muito baixo, pode encher que não vai dar muita coisa.
E muitas vezes o objetivo de ter público grande é o de aumentar o apoio ao time, por isso se faz necessário ter o ingresso mais barato.
Valor de ingresso deveria ser baseado na lei da oferta e procura e na nossa atual situação não há como colocar ingresso caro. Porém, na parte de “lucro” com o torcedor o ingresso é só uma fatia do que poderia ser conseguido. Nos USA pra ver um jogo de baseball, em uma partida sem rivalidade, voce paga 15 dólares no ingresso mais barato. Só que a pipoca custa 12, a cerveja custa 10, fora os produtos oficiais que ficam escancarados na cara do torcedor. O estádio parece um shopping pq em cada espaço disponível eles veem uma oportunidade de fazer dinheiro.
Então é mais questão de colocar alguém que saiba lucrar ao invés de pessoas despreparadas. O mais dificil o SPFC já tem: estádio próprio, torcida e história. Profissionais competentes saberiam usar isso pra dar um retorne enorme ao clube.
Exatamente.
O ingresso tem de ser neste momento barato porque o que o São Paulo entrega, é isso. Luta pelo rebaixamento.
Quando disputar uma final, se voltar a disputar, o preço é outro.
Broadway é uma coisa.
Peça mambembe, é outra.
Mas a equação é: ingresso barato = receita baixa = time fraco = disputar nada
Não somos mais que isso mesmo.
Ou acha que a torcida vai com ingresso caro para ver Vitor Bueno, etc , fugindo do rebaixamento ?
Você vai ?
Aliás, já é ST como pergunta nosso Julius Cesar Casares, The Emperor ?
Boa, FabioM.
Gostei da explanação.
A falta de capacidade dessa diretoria em criar alternativas de receita, independente do valor do ingresso deixa a gente desesperançoso em alguns momentos.
O clube possuí um público-alvo fantástico, e poderia criar várias opções para gerar receita trabalhando em cada um dos sub-nichos que existem: por poder aquisitivo, por faixa etária, por prioridade de interesse, por localização geográfica, etc…
Mas parece que ainda caminharemos a passo de tartaruga em algumas áreas….
Qualquer gestão gostaria de ter um time que tem uma torcida gigante, disseminada em várias classes sociais, e talvez a maior em consumir produtos oficiais do clube(São Paulo faz 10 anos que é o clube que sempre fica entre os dois primeiros em várias lojas de uniformes, mesmo sem conquistas). Isso como valor de mercado, e na mão de pessoas competentes, empresa especializada, o futebol cresceria de forma exponencial.
Concordo completamente com seu argumento.
A torcida São Paulina é forte consumidora dos produtos ligados ao clube.
E como vc disse, se colocassem gente realmente competente pra explorar melhor a marca e as possibilidades de negócio, o clube arrecadaria muuuuuito nessa área.
Por isso que deveriam deixar a LA ano que vem de lado e focar em títulos ano que vem, tentaria Paulista (desmerecem mas ganhar é bem melhor que nada e clubes como Corinthians e Santos vão dar a vida, especialmente o Corinthians), Sulamericana e Brasileiro e levaria Copa do Brasil com a barriga e abriria mão se estivesse bem nos outros. Um bom marketing, boa bilheteria, redução da folha salarial e contratar certo que o resto virá.
O cenário de 2022 é esse aqui:
https://ge.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/noticias-spfc-sao-paulo-vendas-jogadores.ghtml?utm_source=facebooksp&utm_medium=Social&utm_campaign=globoesportecom&fbclid=IwAR2HuBU-Vkl2Q_WR9YrNCYUW2y212WG2pZPNUUGY7eh90DqmZa5-EgewB1Q
“O último balancete, de setembro, demonstra que o São Paulo acumula um déficit de R$ 71,3 milhões em 2021”
Infelizmente jogadores serão vendidos por muito menos do que poderiam já que o mercado sabe que o SP está desesperado. Ao mesmo tempo não deve ter iniciativa alguma dessa gestão em estabelecer acordo com algum mecenas São Paulino, não pensando em grandes jogadores e sim quitar dívidas a curto e médio prazo em troca de % de jogadores. Mesmo pq a diretoria deveria oferecer algo como contrapartida e sem duvidas eles não querem perder qualquer tipo de poder.
Esperavam vender no meio do ano.
É o tal negócio, contar com o ovo da galinha antes dela botar.
Como fizeram com a contratação de Daniel Alves.
As despesas eram certas ( salários ) .
As receitas, incertas.
Julius Cesar Casares, The Emperor, avalizou essa contratação.
Isso porque é de ” alto escalão” do Marketing.
Imagine se não fosse.
Eu acho que temos que aderir ou recorrer a algum mecenas, tipo o do CAM. Eles tinham uma dívida maior que a nossa antes dessa gastança toda.
Porque pelo modo normal será muito ruim, com muitas temporadas sem títulos e com riscos mais frequentes de cair pra série B.
Apesar de que no ano seguinte de cada um daqueles em que ficamos na ZR nós fomos bem.
Ou seja, no ano seguinte, poderemos comemorar mais.
Não vi ninguém comentando sobre, então vai lá: se sao 377 mil de custos para se fazer uma partida em casa, o quanto o SPFC teve de prejuízo desde o inicio da pandemia foi absurdo! Nada mais justo do que a CBF e a FPF bancar ao menos parte desses custos.
Torcida tricolor, a melhor parte do SPFC.
Cumprindo a missão de carregar o time nas costas, quando este não conseguir andar em campo.