O aumento no número de substituições no futebol aprovado pela Fifa até 2021 poderá ajudar na redução do desgaste dos jogadores, mas também causará novos desafios aos treinadores no uso de seus elencos, em especial no caso daqueles que contam com uma lista qualificada de jogadores.

“Os técnicos serão mais desafiados, porque eles terão possibilidades maiores de mudança, especialmente os que têm maior elenco, o Luxemburgo, o Jesus, esses caras, quando a gente vai olhar um jogo do Palmeiras ou do Flamengo, vem cá, o time não está jogando bem, você tem aí esses caras todo no banco, não faz nada? Você pode mudar meio time de linha, cinco trocas, é meio time. O goleiro fica e pode trocar cinco jogadores”, diz Mauro Cezar.

“É profundo, são mudanças que podem ser muito intensas dentro de um jogo de futebol, você pode mudar dois caras no intervalo e mais três depois. Imagina, se eu vou para o intervalo com dois diferentes e daqui a pouco você muda mais dois, mais um, mudou meio time. É outro jogo e os caras descansados. Os times vão ter que se preparar mais para isso. É desafiador para o técnico também, o técnico tem que ser bom para saber usar esses jogadores e também pensar no geral. Eu vou jogar terça, vou jogar quinta e vou jogar domingo essa semana, isso vai acontecer”, diz o jornalista.

Mauro também afirma que os técnicos poderão antecipar as mudanças, com trocas, mesmo no primeiro tempo em caso de vantagem significativa diante de um adversário mais fraco. “Pode inverter, eu começo com minha força máxima, ou algo próximo disso, e eu tiro cinco titulares no segundo tempo se estiver correndo tudo bem e poupo esses caras, são os que estão mais desgastados. Os outros cinco eu mantenho e vamos que vamos. Você pode jogar dessa maneira, vai com tudo e 3 a 0, contra um time mais fraco, de repente, no primeiro tempo o cara já está trocando, com 35 do primeiro tempo, está 3 a 0, já estou trucidando, vou trocar três aqui, dois aqui e outro ali e vou botar os outros para jogar”, conclui.

UOL