André Jardine, técnico do São Paulo FC, antes de partida contra o Grêmio, válida pela trigésima quarta rodada do Campeonato Brasileiro 2018.

Aos 39 anos, efetivado no cargo de técnico do São Paulo, André Jardine tem nesta temporada sua maior chance de fazer a carreira decolar. Como acontece normalmente com treinadores novatos, ele é rodeado por dúvidas a respeito de seu desempenho. São questões como se ele conquistará a confiança dos atletas, controlará um vestiário que foi turbulento em 2018 e conseguirá impor sua filosofia de jogo.

Para Júnior Chávare, ex-coordenador das categorias de base são-paulinas e responsável pelo desembarque de Jardine no Morumbi, em 2015, essas respostas dependem também da diretoria do clube e até da torcida. ”Ele é obcecado por trabalho, por qualidade, está preparado para os desafios. Mas quando um treinador chega no profissional, demanda muita confiança e paciência da torcida e da diretoria”, afirmou o ex-dirigente tricolor.

Atualmente diretor da K2 Soccer, parceira do Tubarão-SC, Chávare já havia levado Jardine para o Grêmio, antes da indicação ao São Paulo.  ”Ele estuda muito o que fazer, analisa muito o adversário e tem uma bela gestão de grupo”, afirmou o dirigente sobre as características do comandante são-paulino.

Sobre a capacidade de o treinador arrebatar a confiança de seus comandados e manter o vestiário sob controle, ele acredita num estilo franco a ser adotado pelo técnico. ”Jardine tem um estilo de olho no olho, de meritocracia, jogador respeita isso. Se o atleta percebe que alguém está agregando algo pra carreira dele, ele aceita.

Não tenho um pingo de dúvida de que (o técnico) vai agregar valores para os jogadores. Ele tem capacidade (para conquistar o vestiário). Mas vai precisar de respaldo da diretoria, em algum momento (em algum caso específico), ela vai precisar se posicionar. Com a diretoria dando suporte, pela gestão de pessoas que ele faz, tem toda a condição”, afirmou.

Sobre o estilo de jogo do São Paulo com seu técnico atual, Chávare aposta numa equipe que valoriza a posse de bola, não dá chutões e consegue se proteger com eficiência dos contra-ataques por fazer rápidas transições da defesa para o ataque.

UOL – Blog do Perrone