A torcida do São Paulo Futebol Clube não é uma “torcida branca“, diferentemente do que disse uma assessora da ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, durante a final da Copa do Brasil, no domingo (24).

Pouco antes da partida, disputada entre o São Paulo e o Flamengo, Marcelle Decothé publicou uma postagem no Instagram em que chamou a torcida são-paulina de “torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade […] Pior de tudo de pauliste”.

Ela foi exonerada nesta terça (26), após a repercussão.

Decothé não apenas proferiu ofensas de cunho racial, mas também disseminou uma mentira.

Como resgatou a Folha de S. Paulo nesta terça, pessoas autodeclaradas brancas são minoria na torcida são-paulina.

Segundo Datafolha publicado no final de agosto, 31% dos são-paulinos se declaravam brancos, enquanto 46% se declaravam pardos e 16%, pretos.

As proporções são semelhantes à da população brasileira em geral, com 30% de brancos, 43% de pardos e 18% de negros.

Cabe ressaltar que a margem de erro da pesquisa é de sete pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo outra pesquisa Datafolha, não comparável e cuja margem de erro é de quatro pontos, a torcida do Flamengo é composta por 21% de brancos e 22% de negros.