A goleada sofrida diante do Internacional tirou o São Paulo da liderança do Brasileirão e colocou o clube de forma definitiva em um cenário de crise dentro e fora das quatro linhas.
Cada vez mais pressionado, o time comandado por Fernando Diniz tenta reverter a maré e manter viva a esperança de título no duelo de hoje (23) contra o Coritiba, às 19h, no Morumbi. Jogadores e treinador irão a campo depois de uma conversa dura na qual a diretoria cobrou alternativas na forma de atuar. No centro das críticas, está a outrora exaltada estratégia de sair jogando na área defensiva para construir as jogadas.
Desde a eliminação para o Grêmio na semifinal Copa do Brasil, em 30 de dezembro, o São Paulo está em queda livre: foram três derrotas, duas delas goleadas, e um empate. O time passou a ser melhor estudado pelos rivais, além de ser explorado na característica que define seu próprio estilo de jogo, agonizando com a marcação intensa em seu campo de defesa durante a saída de bola.
Nos 27 jogos do Brasileirão disputados pelo São Paulo em 2020, a equipe foi desarmada, em média, 14,8 vezes por partida. Já nos quatro confrontos deste ano, o número subiu para 17,3. Além disso, o Tricolor deixou de roubar a bola dos seus adversários com tanta frequência. Nos duelos do ano passado, a média são-paulina foi de 13,3 desarmes, e caiu para 7,25 em 2021. Os números ajudam a explicar a queda de rendimento: o São Paulo tem tido mais posse, sempre pressionado em seu campo de defesa e cometido erros vitais na saída de bola. Foi assim contra o Red Bull Bragantino, Athletico-PR, Santos e Internacional — justamente os tropeços que selaram a perda da ‘gordura’ na liderança que perdeu na 4a.
A comissão técnica tem treinado exaustivamente esse aspecto do jogo são-paulino. Para amplificar a pressão que o time pode sofrer nos jogos, Diniz já chegou a fazer uma marcação com 14 jogadores sobre a saída de bola dos titulares durante os treinos. Quem acompanha as atividades afirma que os atletas erram muito pouco, o que reforça a crença entre jogadores e comissão de que os vacilos nas últimas partidas passam muito por fatores psicológicos.
A saída de bola é considerada por Diniz um pilar fundamental da forma de jogar de seu time. Mudar de estilo, a essa altura, é uma tarefa considerada quase impossível, e afetaria o plano de jogo do São Paulo em todas as fases. É por essa saída também que passa a insistência do técnico com Daniel Alves, que vem sendo alvo de críticas da torcida — o veterano é o principal responsável por buscar a bola no campo de defesa e iniciar a construção das jogadas.
Na última quinta-feira (21), a diretoria, com presença do presidente Julio Casares, cobrou de Diniz alternativas para a saída de bola. Os próprios dirigentes, entretanto, veem pontos em defesa do treinador, reconhecem que ele trabalha com um elenco com menos opções que possam facilitar uma mudança de estilo. Hoje, contra o Coritiba, às19h, no Morumbi, o São Paulo tenta reagir e demonstrar novamente o futebol que o levou à liderança no Campeonato Brasileiro. Uma boa apresentação é considerada pela direção fundamental para a permanência de Fernando Diniz, o resgate da confiança do elenco, e a volta da estabilidade ao CT da Barra Funda.
UOL
Diniz não é burro e tem méritos em seu trabalho. Mas para em seu erro: querer reinventar o futebol e provar ao mundo que sua saidinha é o que sempre faltou ao mundo da bola.
Eu honestamente penso que ele vai morrer abraçado com a saidinha, não tem jeito.
Talvez foi essa saidinha que faltou a seleção de 82.
Basicamente, a saidinha exige aproximação, movimentação, toque rápido e precisão no passe. Mas os movimentos e a sequencia de passes não é aleatória. Segue uma lógica a partir do posicionamento dos volantes dentro da área, dos zagueiros abertos nas laterais dos meias pelo centro do campo, dos laterais avançados como pontas e os atacantes aparecendo como surpresa para receber o passe. A saída é curta e caso não avança, sempre volta ao início. O Volpi sempre é acionado para recomeçar a jogada ou mudar de lado. Não usam a bola atravessada e raramente a bola direta aos laterais, a saída preferida do Ceni quando era goleiro. É só estudar esse padrão e postar a marcação nos jogadores que recebem. A pressão é maior e o passe fica mais impreciso até o erro acontecer. O resto a gente já conhece o resultado.
Exato. Boa análise. Penso e tenho observado o mesmo. Se até eu, que não sou boleiro, observei, imagina um treinador com alguma experiência. Esse avanço em bloco, acredito, e a única opção com esse elenco.
Agora, na boa, se observarem o segundo gol do Inter (bola lançada pelo goleiro para o campo adversario, na lateral) e o gol que o Volpi soltou a bola na fogueira, fico pensando pq quando o Volpi pega a bola naquela situação, não lança lá na frente, com nossos atacantes preparados
Não me iludo. Continuísmo – mesmo grupo que está a frente da diretoria desde os tempos juvenalesco.
O problema não é a “saidinha”, mas a troca de jogadores para fazê-la e, principalmente, os adversários que estão ficando só na espera, então a bola roda e roda sem profundidade, sem dribles rápidos pelas pontas e sem gol. Esse o mau. Então a equipe desespera, perde a postura, ataca desordenada, perde a bola e toma gol no contra ataque. Não é treinando apenas a “saidinha” que vai resolver o resto. Essa é a verdade que tem que ser vista. Só com muito talento isso poderia ser resolvido, mas a chance agora ficou muito pequena.
Esqueceu de combinar com o adversário tbm
Pilar fundamental do trabalho diz a materia, Acompanho o SP desde 1953 e nunca vi isso. Ficar trocando passes dentro da nossa grande area. A grande maioria dos gols sofridos pelo SP, foram entregadas. Cardiaco nao pode assitir jogo do SP. O adversario so fica esperando para roubar a bola e ficar na cara do gol. Dentro da area nao se brinca. Parece futebol de salao.
O SPFC atacava e defendia em bloco; a saidinha, mesmo quando não dava certo, tinha a rápida recuperação. A partir do momento em que os jogadores ligaram o fod…, a coisa degringolou, e vê se claramente, que eles não tão nem aí, pra tática ou intensidade. Diniz e a diretoria, já não é nem levado em consideração. Acho que a reformulação tem que ser bem mais extensa que apenas a saída do aprendiz.
Diniz tem como molde da sua filosofia o futebol de salao, ele aplica no campo os mesmos conceitos, os mesmos treinamentos, o mesmo posicionamento.
Ele foi um ótimo salonista, conheci quando era jogador de salão do Juventus, e percebo que ele tem essa convicção de que se pode aplicar esses conceitos.
E muito difícil dar certo no campo , pois os jogadores pensam de.maneira diferente do salonista , o campo e maior, as condições do campo são diferentes uns dos outros, isso e, tem muita variável contra.
Sabia que ele estava na profissão errada.
Se ele realmente acredita nisso e ignora que o campo tem 6x mais tamanho do que uma quadra de salão e 2x mais jogadores, ele realmente é mais maluco do que a gente imagina.
Diniz não engana mais ninguém. Esse estilo único de jogo é na verdade a única coisa q ele sabe fazer desde o Audax e nunca resultou em título em lugar algum. Saiu de dois clubes grandes na zona de rebaixamento, perdeu td com o SP e só mexeu no time qd foi obrigado.
É arrogante e limitado demais pra enxergar onde tem q mudar e já está contaminado com a parcela da mídia q acha ele é diferente.
Você pode treinar andar na corda bamba todos os dias, se tornar bom nisso e vai inclusive ser interessante assistir um homem andando a 150m de altura numa corda bamba.
Mas nunca vai ser seguro ou mais inteligente do que usar uma ponte.
A única saidinha que me interessa é a saidinha do Diniz do comando do clube.
Os adversários já decoraram faz tempo, essa saidinha dos times do Diniz e já sabem que se apertar a marcação toma a bola e já sai na cara do gol, coincidência ou não no melhor momento do São Paulo do ano passado foi nas partidas, em que o time reduziu essa saída de bola kamikaze e também fazia muitos gols pois, os jogadores jogavam com mais intensidade, agora é tentar recolher os cacos e se manter ao menos no G4 que se bobear até isso não vai conseguir porque além das derrotas, não vemos evolução do time, mas sim um amontoado de jogadores com uma cara de desânimo de quem pouco antes do jogo comeu uma feijoada dessa maneira fica difícil acreditar em título.
Uma coisa é treinar saidinha com a marcação frouxa dos reservas medianos, outra coisa é implantar a saidinha contra adversários do mesmo nível ou superiores aos nossos titulares.