O futebol parou no mundo todo devido à pandemia e precisou se adaptar para voltar a ser disputado, com portões fechados, protocolos de segurança incluindo a testagem. Após a adoção de medidas, as competições foram liberadas para a retomada das atividades, mas, no Brasil, a alta do número de casos e mortes este ano levou a uma nova parada em alguns estados, como São Paulo, mas os clubes e as federações insistem na continuidade, inclusive levando jogos a outras localidades.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do UOL Esporte, o especialista em finanças do futebol Cesar Grafietti explica o que leva os clubes a insistirem na continuidade dos jogos e faz um paralelo com a Europa, afirmando que o futebol não aguenta financeiramente uma nova parada por dois ou três meses, ainda que seja possível parar por um intervalo menor.
“Se tivesse que parar mais dois ou três meses, como foi no ano passado, sem dúvida, aí, o cenário seria devastador. Os clubes não aguentam tudo isso. O dinheiro da TV está ali, oxigenando a estrutura, então, não pode parar”, explica Grafietti. “O que nós temos visto [na Europa] é uma quantidade excessiva de partidas sendo jogadas com um período de tempo muito mais curto, justamente para atender a essa expectativa da TV, agora, não aguenta muito mais tempo do que se parar dez dias, 15 dias é uma coisa, se parar dois ou três meses, de fato, ninguém aguenta”, completa.
O economista explica o entendimento dos clubes e a questão financeira como motivo para que o futebol esteja empenhado em continuar com suas atividades mesmo ainda sem o controle da pandemia e, no caso do Brasil, com o agravamento da situação. “Todas as atividades fechadas hoje gostariam de estar trabalhando dentro de medidas de segurança mínimas e razoáveis, então, o futebol não está fora deste contexto. Por mais que eu entenda que tem que preservar as vidas e cuidar da saúde, o futebol precisa trabalhar.
E o futebol é uma atividade que, de certa forma, é capaz de trabalhar mesmo em uma situação dessa, basta ver que na Europa, com segunda e terceira onda, o futebol não parou, porque você fechou ali a condição dos atletas, criou uma série de bolhas”, conta Grafietti. “Você tem alguns protocolos de saúde e segurança que permitiram que o futebol continuasse na Europa. O futebol precisa voltar e precisa continuar de certa forma, porque senão a receita não entra, se não entrar, não paga salário, não paga imposto e isso vai arrastando, vai virando uma bola de neve.
A gente tem que sempre pesar as duas coisas, alguns lugares você tem que tomar muito mais cuidados do que outros e se você cuidar e fizer de uma forma eficiente, o futebol pode emergencialmente continuar sendo disputado”, conclui.
UOL
Será que precisa explicar??
Será que já não é o suficiente??
Será que está claro que se o futebol não voltar imediatamente, em 2 meses, por exemplo, teremos o caos completo instalado??
Continuo insistindo: o principal era evitar aglomerações com público nos estádios, coisa que foi feita desde março do ano passado, portanto há um ano!!
“Ah, mas precisa melhorar alguns itens nos protocolos de segurança, torna-los mais rigorosos e…”
Já foi feito!!
O futebol é certamente um dos mais (se não for o maior) seguros meios de atividade nesta pandemia. Não se justifica continuar mantendo essa parada, não se justifica manter essa sandice, só se justifica por politicagem, e com interesses escusos.
Já passou da hora, FPF e clubes!!
Ajam!!
Sabino foi pro Sport de graça e ganhando menos, más essa negociação só saiu nesses termos pq foi com o clube nordestino, pq se fosse com o São Paulo o time da Vila pediria uma grana boa, e o jogador pediria um salário igual ou maior do que o anterior.
Temos que parar de ser “o paga lanche” da escola, a “mãe” em todas as negociações. Todos os clubes no Brasil adoram dar um “passa moleque” na gente.
Eu lembro do jogador Vargas, que na época o seu clube topou emprestar ele ao tricolor, más na condição de chamar ele de volta a qualquer momento, o que inviabilizou a contratação, e no caso do tricolor, o mesmo empresta o jogador Toró ao Sport e vai dar 10% da negociação para o outro clube em caso de venda, ou seja, o Sport não pagou 1 real pelo empréstimo, e ainda vai ganhar 10% na negociação.
Quando vamos ter “uma mãe” dessas para nos presentear em negociações???
Até o falido do Vasco consegue tirar alguma coisa nossa, mesmo tendo um jogador em final de empréstimo, faltando pouco menos de 3 meses..
Todos sabem que sempre podem tirar algo do tricolor, e não vejo isso como normal.
Até quando???
Vc percebeu sua incoerência,se o são Paulo não aceitou o Vargas ,pois não ia ganhar nada se fosse chamado o caso do Sport está normal.entao.
Estou falando em fazer um contrato de empréstimo com a opção de chamá-lo de volta a qualquer momento em caso de uma negociação vantajoso ao clube.
Isso não é nenhuma aberração, e seria o mais correto tendo em vista que o empréstimo ao Sport foi de graça.
E eu citei o exemplo acima para mostrar que alguns clubes usam essa cláusula no contrato.
Concordo com Boa parte do que você disse, só tem uma ressalva, o SP não vai dá 10% de Toró ao Sport, se ele for negociado enquanto está no Sport o clube pernambucano recebe 10% como taxa de vitrine, é uma situação comum essa, o SP mesmo já faturou assim.
É comum quando vc paga pelo empréstimo e 10% é coisa p/ caramba.
Exato: emprestar de graça e ainda dar comissão de 10% por uma futura venda é o fim da picada! É o famoso negócio da China (pro Sport, claro).
Só se o SPFC ainda deve dinheiro para o Sport.
Faz a captação do talento, passa anos aprimorando, melhores nutricionistas, alimentação, treinadores, estrutura, paga salários, luvas a cada renovação, e depois de tudo isso vc resolve fazer uma caridade e emprestar o jogador para um clube a custo zero, e ainda dá 10% de uma venda para os caras que não fizeram absolutamente nada, não tiveram qualquer participação na formação desse jogador, simplesmente foram agraciados com um atacante p/ usar no elenco.
Parece até que fomos nós que procuramos o Sport e ele resolveu nos fazer esse favor.
Foi a exigencia que eles fizeram para pagar 50% do salario do Trellez…rs… e olha que pelo o que joga o Toro, estamos no lucro….(modo zueira). Imagina um time de serie A com Trellez, Toro e Neilton no ataque… castigo foi grande pro thiago neves…
Thales,
Eu acho que vc está enganado, pois a taxa de vitrine, até onde eu sei, se estipula em contrato, e não é uma coisa automática.
Olha só o que eu copiei de uma negociação do jogador Jean Lucas que pertencia ao Flamengo e estava emprestado ao Santos.
Segue abaixo um trecho da matéria que eu copiei:
“Diferente do que acontece em diversos vendas concretizadas durante período de empréstimo a outro clube, o Santos não deve receber nada pela negociação. Isso porque, no contrato, não há cláusula envolvendo a taxa de vitrine. Além disso, no acordo, é especificado que o clube paulista teria que liberar o jogador caso o Flamengo recebesse uma proposta do exterior, o que acabou acontecendo.”
Concordo com tudo, a cada negociação ficamos um pouquinho menores. É impressionante como a gente tem dificuldade em encontrar uma negociação entre clubes que a gente levou alguma vantagem.
Não existe, André
E isso não é recente, vem de muito tempo.
Parece que todos sabem que pode passar o tricolor para trás.
Luciano pelo Everton seria um exemplo onde levamos vantagem? Pagar preco baixo no arboleda poderia ser outro? E o vitor bueno ja rendeu durante um tempo, sera que a troca pelo Raniel foi boa? Acho que ate a do Pato pelo Jadson foi bom pro SP pq aqui o meia tava bem fora de forma.
O Grêmio pagou 4 milhões de reais por 50% do Luciano, nós pagamos 15 milhões por 100% do Éverton. É como se o Luciano, na época apenas um reserva do Grêmio, tivesse o valor de 30 milhões. Vc não está avaliando o negócio, está avaliando resultado esportivo.
Arboleda custou 2 milhões de dólares, um valor normal, a gente não quer gastar isso com o Frías que tem mais potencial e é mais novo do que o Arboleda era na época.
13 milhões por 50% do Vítor Bueno é bom? Pra mim é um dos piores investimentos já feitos, perdendo p/ Tchê e p/ o Pablo.
Sobre a troca Pato por Jadson, Pato foi embora e o Jadson ficou em definitivo no Corinthians pq o contrato dele se encerrava no final do período de empréstimo, mais uma vez vc está avaliando somente o resultado esportivo.
A única explicação deve ser que o clube está com o chapéu na mão implorando a ajuda de parceiros para resolver a encrenca financeira. Mas concordo que os acordos foram muito desiguais com o Sport, por exemplo. Pagaram um monte de dinheiro pelo Diego Souza e Everton Felipe e deram de presente o Trellez e o Toró anos depois. Só se nunca chegaram a pagar toda a dívida.
A verdade é que o São Paulo é a “mãe” do Sport, e essa mãe trata esse filho com o maior carinho do mundo.
É difícil até entender essa relação..