Por causa das fortes reclamações de Fernando Diniz ao fim da partida, o árbitro acabou o expulsando. Irritado com a postura da arbitragem, o técnico do São Paulo teve de lidar também com a impotência do seu ataque, que tentou de todas as formas furar o bloqueio defensivo do Grêmio, mas não estava em um dia inspirado.

“É sempre difícil jogar contra times que marcam atrás, como o Grêmio marcou. Uma das coisas que tentamos consertar era circular mais a bola, tentar fazer a defesa se deslocar ao rodarmos a bola de um lado para o outro. O Grêmio tem mérito nisso. Mas, o Grêmio também não teve oportunidades de contra-ataque, o Volpi não encostou na bola, com exceção da bicicleta do Diego Souza, um lance de genialidade. É sempre difícil jogar contra linhas baixas, ainda mais contra um time que não estava querendo nem o contra-ataque. Tentamos circular a bola, às vezes fazendo um jogo mais direto, procurando profundidade. Depois, com as substituições, colocamos o time ainda mais pra frente, mas, infelizmente, não conseguimos fazer gols”, comentou.

Mesmo com a eliminação, para o técnico do São Paulo sua equipe esteve mais próxima de avançar à final na soma dos dois jogos que o Grêmio. Mesmo liderando algumas estatísticas em ambos os confrontos, como posse de bola, o Tricolor paulista acabou sucumbindo para um Tricolor gaúcho muito mais eficiente.

“No fundo isso tem acontecido quase como rotina de pegarmos times que tentam mais nos marcar e jogar no nosso erro, até pelo modelo de jogo que adotamos e pela imposição que estamos tendo nos jogos. No Sul tivemos duas chances claras nos pés dos nossos artilheiros que em situações normais teria sido 2 a 0 lá. Acho que lá em Porto Alegre tivemos um jogo com mais espaço, porque o Grêmio não tinha o privilégio da vantagem. Hoje o jogo ficou muito travado pela qualidade da marcação do Grêmio, pela falta de criatividade nossa e pela conivência da arbitragem”, concluiu.

Gazeta Esportiva