Ex-goleiro palmeirense Marcelo Moreira, que conhece muito bem Fernando Diniz, falou sobre muitos assuntos interessantes que envolvem o técnico são paulino. O ex-jogador foi companheiro dele no Palmeiras e, em 2009, foi comandado pelo treinador.

Boleiro Diniz

Segundo Marcelo MoreiraDiniz fala a língua dos jogadores e entende o que cada um passa. O treinado que, por sinal, é formado em psicologia.

“Ele fala a língua do jogador. O Fernando vê o lado humano porque tem dia que o atleta não está bem. O cara tem problemas na família e isso pode afetar o desempenho dentro de campo. Quando percebe algo errado, o Diniz costuma chamar o jogador de canto para conversar e entender o que está acontecendo.” “Ele gostava de botar música no vestiário sobre amizade e união. Ele tinha essa mentalidade e isso faz com que o cara jogue por ele. A gente entrava pilhado em campo. Diniz cobra bastante, mas é o primeiro a te apoiar quando você precisa.”

Treinos e repetições

Marcelo também falou sobre os treinos de Diniz e como ele conduzia o dia a dia no CT. Segundo o ex-goleiro, Fernando Diniz fazia treinos mais demorados e explicativos para seus atletas.

“Ele sabia muito bem o que queria, mostrava que a proposta dele dava certo e era eficiente se fosse feita da forma correta. Era muita repetição. Ele parava as jogadas nos treinos muitas vezes para explicar o que queria. Quando dava certo, a galera via que ele tinha razão. Mesmo com tanta rotação no jogo, dava pra ver que conseguia tirar o melhor de cada um em campo. Ele explicava que a movimentação dos jogadores facilitava a vida dos companheiros do lado e na transição de jogo”, disse Marcelo.

Movimentações intensas

Fernando Diniz gosta muito de jogadores versáteis e de movimentação durante o jogo. Muitas vezes você jogadores que jogam no setor ofensivo indo buscar bola na zaga e armando o jogo todo. Dessa forma, o ex-jogador falou sobre o assunto.

“Você via o volante na zaga e o zagueiro na ala. Era loucura porque os caras falavam: ‘Ou a gente ganha de cinco ou toma de cinco’ (risos). O esquema era uma rotação de posição. O volante jogava na zaga porque tinha uma saída de bola melhor, mas depois ele aparecia no ataque. O meia estava atrás e na ala estava um ponta”, falou o ex-palmeirense.

Goleiro que saiba jogar com os pés

As ideias de ter um goleiro que tenha qualidade com os pés não são novas para Fernando Diniz. Marcelo falou sobre isso, e como eram os treinos quando foi comandado pelo são paulino.

“O Fernando já fazia os caras recuarem a bola para o goleiro na pressão alta e eu tinha que achar as opções de passe. Precisava ter frieza para dar um passe bom. Os companheiros se mexiam e me davam opões. Depois, fomos criando confiança e vendo onde cada um estaria. Nas primeiras semanas tive dificuldades, mas depois ficou fácil”.

O intenso Diniz

Por fim, Marcelo disse sobre a intensidade do técnico fora do campo e seus ânimos alterados que se tornaram marca de Diniz.

“Ele parece que quer entrar em campo. Seja gritando, gesticulando ou conversando com o banco. Ele participa do jogo 100%. Está sempre pilhado porque faz com amor, com intensidade e quer resultado”. “As coisas fluem no São Paulo de forma melhor sem tirar a ideia dele de jogo. Eu torço muito para o Fernando porque sei como ele é. A gente vê como está evoluindo e mostrando um futebol diferente”, completou.

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