Noite de São Pablo!

O São Paulo tinha absoluto controle do clássico San-São, rondava o gol santista, quando, aos 29 minutos, Carlos Sánchez enfiou bola preciosa para Pará passar para trás e Arthur Gomes, na primeira finalização praiana, fazer 1 a 0.

No desértico Morumbi fez-se um silêncio sepulcral.

O Tricolor de Fernando Diniz tinha a bola, mas quem tinha a vantagem era o Santos de Jesualdo Ferreira por uma bola, mais para Mano Menezes que para Jorge Sampaoli.

No último minuto, Jobson deu entrada criminosa depois de chapéu de Daniel Alves e deixou o Santos com dez para todo o segundo tempo.

Que o São Paulo começou já com Pablo no lugar do zagueiro Bruno Alves.

E foi Pablo quem, aos 8 minutos, aproveitando-se de má saída de gol do goleiro Everson, empatou 1 a 1, depois de cobrança de falta em cruzamento de Daniel Alves.

O Morumbi seguiu em silêncio, mas feliz.

E, diga-se, era justo.

O provavelmente último clássico do Paulistinha (duvideodó que haja o Dérbi previsto para Itaquera no domingo), estava empatado e com cara de virada tricolor.

Por ironia, é provável que o coronavírus resolva o problema do calendário do futebol brasileiro, ao acabar os estaduais.

E era noite de São Pablo!

Uma bola que ficou zanzando pelo alto na cara do gol santista por três vezes, terminou na cabeça dele aos 21′ e virou: 2 a 1.

Pablo merecia estádio lotado para fazer as pazes com sua torcida.

Sánchez saiu e Evandro entrou imediatamente.

Se não foi por lesão, erro grave de Jesualdo.

Soteldo também foi embora, esfalfado, aos 29′, para Tailson jogar.

Nem por estar vencendo o São Paulo deixou de buscar ampliar.

O terceiro gol parecia iminente e Hernanes entrou no lugar de Igor Gomes.

Mas Vítor Bueno cabeceou o terceiro gol nas mãos de Everson.

O São Paulo poderia ter vencido com mais gols, mas seguiu em sua marcha montanha acima….

Juca Kfouri