Contra a Ponte Preta no Morumbi, o São Paulo completou seu oitavo jogo na temporada com uma marca importante: já conseguiu melhorar um dos índices do sistema defensivo em relação ao ano passado.

A porcentagem de partidas sem sofrer gols cresceu, o time encontrou a segurança que precisava em Tiago Volpi, mas ninguém no clube está satisfeito com isso. Nesta temporada, o Tricolor não foi vazado em quatro dos oito jogos disputados, o que gera percentual de 50% de “clean sheets”, denominação britânica para partidas em que o time não sofre gols.

Em 2019, quando a defesa já havia funcionado bem e foi até a melhor do Campeonato Brasileiro, esse índice foi de 38%. Em média de gols sofridos, os são-paulinos saíram de 0,85 por jogo para 0,62 de um ano para o outro.

Só que o técnico Fernando Diniz e os jogadores acreditam que esses números ainda podem ser turbinados. Em partes porque há ajustes a serem feitos na recomposição da equipe. No primeiro tempo dos jogos contra Santo André e Oeste, o São Paulo concedeu alguns contragolpes com campo aberto para os rivais. Contra o Santo André, isso culminou em derrota.

Contra o Oeste, Diniz chegou a elogiar a capacidade de retomar a concentração e os movimentos que haviam sido treinados para o time voltar mais organizado no segundo tempo: “Começamos de forma intensa, mas tivemos ansiedade demais para matar o jogo e acabamos deixando que eles levassem perigo e acertassem a trave até. A ansiedade provocou esse desencaixe. A insatisfação é permanente enquanto continuarmos a dar chance ao adversário”.

Outro ponto que faz técnico e elenco mostrarem preocupação é a dificuldade para definir as partidas. Exceção à goleada sobre o Oeste, o São Paulo patinou na hora de matar o resultado, perdeu muitos gols e, na visão dos próprios atletas, isso acaba sobrecarregando Volpi e os zagueiros de responsabilidade.

Nesta edição do Campeonato Paulista, o São Paulo tem a segunda melhor defesa do torneio, atrás apenas dos líderes Palmeiras e Novorizontino.

UOL