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Pensem nas crianças…

Entregues à constante fase de fracassos, além de todos os prejuízos atuais de responsabilidade dos mesmos de sempre, corremos o risco de futuramente vermos nossa parte financeira prejudicada pelo número diminuído de torcedores.

Não. Não se tornará realidade a vontade de inúmeros setores da mídia de exterminar milhões de são-paulinos para que seja aumentada a distância entre nossa torcida e a do time do deputado petista. Mas preocupa de verdade.

Sei que alguns de nós detestam a reação da grande massa de são-paulinos quando ela se deixa levar pelo calor do momento e, a cada uma das frequentes derrotas, detona ferozmente em gritos inaudíveis pela gestão a entidade mais vitoriosa do futebol nacional.

Acontece que não vejo santistas, palmeirenses, cruzeirenses, flamenguistas, gremistas agindo de forma diferente quando seus respectivos times apresentam em campo e fora dele situações tão lamentáveis como as nossas. Não acompanho blogs de torcida de outros times, nem visito sites de esporte e/ou futebol para ler os comentários e as opiniões dos mais variados. Porém, não acho que o são-paulino é um alienígena de outra galáxia imune às limitações mentais e espirituais do ser humano.

Por termos uma expressão muito maior do que a de torcedores de times como Cruzeiro, Inter, Santos, Botafogo, nosso comportamento é mais visível e mais suscetível a apontamentos maldosos e distorcidos de alguns setores da imprensa. Somado a isso, o fato de nós, frequentadores do Blog do São Paulo, estarmos sempre buscando em nossa grande maioria muito mais notícias e informações sobre o nosso Tricolor nos afasta do convívio cibernético com as opiniões e frustrações dos demais torcedores.

Sem querer, acabamos com uma mania de ‘auto-perseguição’, jogando em cima de nós mesmos a grande culpa de termos arquibancadas vazias nos nossos últimos jogos. Em 2015, tivemos uma queda vertiginosa no público, ficando na 7.ª colocação depois de sempre estarmos nos últimos anos (não dou certeza absoluta disso porque não fui tão a fundo nos números, verificando somente dados de 2007 pra cá) na 3.ª melhor média, o que seria a colocação ideal para o clube com a 3.ª maior torcida do país.

A queda não pode ser mera coincidência. Enfrentamos no ano passado a maior crise da História do Tricolor. Principalmente porque ela afetou nossa parte moral e ética, confirmando assim o saqueamento do São Paulo Futebol Clube, como nós, verdadeiros torcedores, o conhecemos, pelas mãos de velhos conhecidos nomes que resolveram fazer do clube uma colônia a ser completamente explorada para fins pessoais.

Hoje, só depois de um certo esforço conseguimos enxergar ainda o São Paulo como nosso time, e não deles. Por isso lutamos e ‘cornetamos’ os ocorridos. Porém, as atitudes viciadas dos que lá na administração tomam as decisões estão trazendo os mesmos resultados infelizes dentro de campo.

Pelo fato de atualmente termos as informações mais à mão, sabemos que os fracassos do nosso futebol são totalmente fruto das obscenidades da gestão. Isso aumenta gravemente o desânimo do torcedor menos fervoroso, que não fará questão alguma de ir ao estádio ver a mesma patifaria de sempre.

Se já vemos efeitos muito ruins naqueles que pagam seus ingressos para as partidas, imaginemos como acontece com as crianças.

Ridicularizadas nas escolas, sem o poder de discernimento fruto do amadurecimento como pessoa, o virar de casacas é coisa bem normal.

As goleadas e os tabus contra os rivais aumentam ainda mais a perseguição das ‘cruéis’ crianças. O pequeno são-paulino poderá gritar a plenos pulmões o quanto seu time é gigantesco e campeão da Libertadores e do Mundo. O fato de nunca ter sido rebaixado. O estádio orgulhosamente próprio. Mas terá que, além da incompreensão naturalmente infantil dos coleguinhas, enfrentar a maldade e o cinismo da parte imunda da imprensa.

Fardo pesado que necessita do acompanhamento adulto consciente.

Entretanto, mais importante do que essa necessidade de acompanhamento, a criança precisa ver um clube digno em campo o quanto antes. E o adulto precisa ver no São Paulo aquilo que o inspirou a ser são-paulino. Para que não haja um desânimo ainda maior a ponto de um abandono drástico acontecer e nem sequer forças para apoiar os pequenos o torcedor mais velho ter.

Sem crianças são-paulinas hoje, sem adultos são-paulinos amanhã.

O mal que essas seguidas gestões danosas estão fazendo ao clube não parece ser possível de se calcular.

 

Ronnie Mancuzo – Sub

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Quando surgem conversas sobre possíveis nomes para assumirem cargos na diretoria de futebol do São Paulo, o de Cafu tem sido frequente.

Trata-se de um ‘candidato’ que agrada à maioria da torcida e traz junto à sua história campeã a esperança de mais profissionalismo e seriedade num setor que carece demais de uma melhora, pois se mostra extremamente doente.

O vídeo de hoje nos traz alguns lances do que ele fez em campo, para variados times, sendo talvez um exemplo do que ele pode fazer fora dele.

Seria uma boa ideia?

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Frase do dia:

“Acusar as sacanagens dos outros pode ser uma maneira de dissimular as próprias sacanagens.”

Luiz Carlos Maciel (Porto Alegre, 15 de março de 1938) – grande expoente da contracultura no Brasil. – fonte: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/2010/12/frases-de-um-livro-lido-43-negocio.html