Análise: clubes dependem do acaso para mudar gestão

Carlos Miguel Aidar caiu do São Paulo, mas qual é a real perspectiva que seu substituto seja alguém capaz de transformar o clube e recolocá-lo na vanguarda da administração esportiva no Brasil? A resposta é algo próximo do zero.

No atual modelo de eleições dentro da maioria dos clubes brasileiros, é muito difícil tirar do poder aqueles que ali estão. Na verdade, para surgir um nome capaz de transformar o clube, é necessária uma obra do acaso, um membro de dentro com boa vontade para tal.

O São Paulo é um bom exemplo. Nesse caso, a sorte foi a presença do falecido Marcelo Portugal Gouvêa. O dirigente fazia parte dos bastidores do clube havia décadas, quando conseguiu se eleger em 2002 e transformar o time é uma potência no futebol brasileiro.

Depois, seu bom trabalho manteve a situação no poder até esta semana, mas Juvenal Juvêncio e Aidar estiveram longe de realizar um trabalho que orgulhasse os são-paulinos. Agora, Carlos Augusto de Barros e Silva assume o poder, e já arquiteta o adiantamento das eleições para ser candidato único. Péssimo começo daquele que sempre esteve onde está.

E o clube do Morumbi está longe de ser exceção. Aliás, é a regra. No Corinthians, por exemplo, foi preciso uma tragédia esportiva para que a gestão mudasse. E o responsável por isso foi Andrés Sanchez, dirigente que fazia parte da situação. Mais uma obra do acaso.

Pela manutenção do status quo, o clube do Parque São Jorge nunca abriu as eleições para sócios-torcedores, como fora prometido.

Não por acaso, no futebol brasileiro, nomes como o de Eurico Miranda podem até cair, mas sempre voltam aos seus lugares.

10 comentários

  1. Bom dia, bom domingo a todos, quero saber dessa puniçao ao sp no caso Maidana, alguem sabe de algo mais concreto?, nao podemos esquecer que tem m time do RJ quase rebaixado, podem querer ferrar o sp mesmo nao tido jogado e nem registrado.

  2. Eu acho muita brisa quem fala que o Andres Sanches foi um bom presidente para o Corinthians.

    Ele deu títulos, ok.

    Mas destruiu o clube financeiramente. Eles devem muito hoje.. Muito mesmo.
    E ninguém fala nada disso, porque estão bem no futebol… Mas até ai…

    • Isso eh vdd. A propria imprensa eh conivente com esses atos de corrupcao dos mandatarios do nosso futebol… nao eh de se espantar que tenham lados tao claro como, por exemplo, o Leco. A simples mencao do nome do Paulo Amaral ja tinha iniciado materias tentando desacreditar a campanha do cara.

      O nosso futebol, assim como a politica, eh podre e, a curto prazo, nao ha salvacao!!!

      Ou alguem acha que, do nada como um toque de magica, o Paulo Amaral desistiu da eleicao???

  3. Se alguém com mais paciência do que eu nesse momento abrir os principais veículos de imprensa nos países com as principais ligas no mundo encontrará casos, em tese, de corrupção.

    – Fifa: Valcke, Blatter e etc.
    – Platini na França
    – Italia? (Várias acusações se compra de resultados)
    – Inglaterra: Russos, Sheiks e etc (Lavagem de dinheiro?)
    – Alemanha: (Compra de votos pra copa de 2006?)
    – Russia: (Copa de 2018?)
    – Espanha: (Compra do Neymar? Gastos estranhos do Real? Fora os títulos da Champions da época em que o ditador era torcedor do time)
    – Brasil: (Estatutos que protegem oligarcas, CBF, federações estaduais e etc.)

    E a imprensa? Faz política de pão e circo. Só importa os resultados.

    Ou seja, o SP só ta nessa “situação” de lavar roupa suja, porque o futebol não vai tão bem quanto se espera do time. Se o Aidar tivesse ganho a Libertadores, talvez a situação tivesse sido mais soft pra ele, roubando ou não.

    E antes que alguém venha dizer que eu estou defendendo isso. Não, não estou. Só estou dizendo que futebol, infelizmente, é assim e a imprensa não faz nada, só quando convém.

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