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As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Crise?? – Uma derrota. E de repente uma onda de pessimismo inexplicável tomou conta da

torcida são-paulina.

O placar do clássico de domingo não representa o que era o jogo, pelo menos até o primeiro

gol verde. Jogávamos pelo menos de igual para igual contra o rival, até que o tal de Leandro

Banana “acertou” um chute espírita da intermediária. Depois do golpe de sorte, uma série de

erros que aí sim permitiram a goleada. Da falha na bola área no 2º gol até o time

excessivamente exposto no 2º tempo, passando por Dória iniciando todas as jogadas de

ataque. Erros da dupla Osório/Milton.

O que muitos ignoraram porem é que, mesmo com a derrota, nos mantivemos como o melhor

paulista do Campeonato Brasileiro, ocupando a 3ª colocação no geral. Alguém que passasse 6

meses fora do país, voltasse na última segunda-feira e ouvisse o nível de críticas dos

torcedores, pensaria que estamos na Zona de Rebaixamento.

Não podemos deixar que derrotas em clássicos nos afetem tão intensamente. Assim foi contra

o SCCP, na estreia da Libertadores. Como resultado, vimos um time, antes tido como ‘melhor

elenco do país’, convivendo com a insegurança sobre sua própria capacidade durante meses.

Insegurança que vitimou Muricy e minou nossas chances no paulista.

O que quero dizer é: temos sim um time com jogadores sem brio, em crise financeira, e

perdendo atletas para o exterior. Precisamos de reforços e torcemos para que Osório encontre

alguma fórmula mágica para que Ganso e companhia voltem a jogar, como fez este mesmo

elenco em 2014, por exemplo. Mas mais do que tudo, precisamos apoiar o time, e não criar

problemas a mais do que já temos.

O elenco não é numeroso, mas tem talento, e outros nomes certamente virão.

Críticas são necessárias, mas sempre acompanhadas de racionalidade.

Tenho chegado a conclusão de que a falta de vitórias nos últimos anos é reflexo de monstros

criados pelo próprio São Paulo. Da má gestão e da guerra política oriundas dos bastidores do

clube, e da falta de apoio por parte da torcida, que só ajuda em tempos de glória.

São Paulo x Atlético PR – Em Curitiba, jogo muito parecido com o de domingo, com o São

Paulo bem até um lance isolado fazer o time sentir. O 2º gol tomado, em 2º erro de Lucão na

partida, fez a equipe entrar em parafuso de vez, como também havia sido na Peppa Arena.

Esse é o grande problema desse elenco. A falta de “sangue nos olhos”, que faz o time acusar os

golpes e ser incapaz de virar placares adversos.

Mas a certeza mesmo da derrota veio com a contusão de Bruno, um dos mais voluntariosos

desse time. Sem opções no banco, Osório foi obrigado a deslocar Thiago Mendes, que vinha

bem de volante, para a lateral e promover a estreia do garoto Lyanco.

Sucessão de erros. A diretoria deixa o técnico com escassas alternativas para escalar a equipe.

Osório, já com poucas opções, ainda se dá ao luxo de deixar Auro e Ewandro, por exemplo, de

fora da maioria dos jogos(o lateral teria entrado ontem). Com isso, obriga garotos ainda mais

novos, que mal chegaram ao elenco profissional, a estrearem na fogueira. Sucessão de erros!!!

Osório foi ainda mais longe ontem. Como já havia feito contra o Avaí, quando tirou Pato e

deixou o time sem centroavante justamente no momento em que precisávamos matar o jogo,

o colombiano optou por estrear Matheus Reis, no lugar do mesmo Alexandre Pato, logo

quando conseguimos marcar o gol.

Me desculpe quem defende Osório, mas seu inicio no São Paulo é terrível. Apenas contra o

Grêmio jogamos bem, em partida na qual o time ainda era o mesmo que Milton Cruz havia

escalado 3 dias antes, contra o Santos.

Aos que me xingarão por essa coluna, repito: Osório está longe de ser o maior culpado das

derrotas. Longe. Mas tem sua parcela, com toda a certeza.

Centurion –Tenho pena do argentino. Quando o time está vencendo, entra faltando 10

minutos. Quando o time está perdendo, entra antes, mas já com o jogo perdido e o time

desmotivado. Assim não tem como vingar.

Souza – A mais nova baixa de nosso elenco. Falando-se friamente, estamos recebendo quase

R$ 10 milhões por um jogador pelo qual pagamos muito menos há poucos mais de 6 meses

atrás, e que já não repetia em 2015 as mesmas atuações do ano passado. Assim como foi com

Rodrigo Caio, Paulo Miranda e Denilson, negociação financeiramente muito vantajosa para o

Tricolor, que não tem conseguido sequer, como se sabe, manter os direitos de imagem do

elenco em dia.

O que tem causado estranheza na torcida, mais do que a perda dos jogadores (Rodrigo Caio,

Paulo Miranda e Denilson nunca foram unanimidades) é a imobilidade da diretoria em repor as

saídas. O elenco, que pode ainda perder Dória, se já não era dos mais numerosos, vive agora

situação ainda mais preocupante, especialmente do meio para trás. A saída adotada pela

diretoria até agora foi a promoção de jovens como João Paulo, Matheus Reis, Luiz Araújo e,

mais recentemente, Lyanco.

Acho válido aproveitamento cada vez maior dos meninos de Cotia e tenho convicção de que os

dois atacantes e o lateral-esquerdo tem plenas condições de integrar o elenco profissional.

Sobre o jovem zagueiro, eu não tenho maiores informações, porque nunca o vi jogar. Ele era

banco no time sub-20, mas confio na opção feita pela comissão técnica do Tricolor.

O problema é quando os garotos passam do status de “opção” para “solução”. Nenhum dos 4

parece estar pronto para assumir a barra de ser titular em um time tão modorrento e

inconstante como esse São Paulo de 2015. Por isso, a necessidade de contratações.

Há 2 semanas venho listando aqui sugestões de contratações para o elenco. Com as saídas de

Souza e Dória, precisamos agora de, no mínimo, um zagueiro titular, um zagueiro reserva, um

primeiro volante titular e um jogador do meio para frente. Lyanco pode até ser o zagueiro

reserva, assumindo a vaga deixada por Paulo Miranda. Mas as restantes são essenciais se

quisermos brigar por alguma coisa neste restante de temporada.

Reforços – Balanta (River Plate) para comandar a defesa e Éderson (Lazio) para a meia-ataque

seriam as minhas tentativas de reforço.

Para a cabeça de área, que tal a volta de Josué? Sinceramente, não tenho visto ele em ação

ultimamente, até porque ele fez apenas dez partidas em 2015. Não sei se está em condições.

Sei que quando voltou da Alemanha, e até o fim do ano passado, estava bem, no mesmo estilo

simples e eficiente dos tempos de São Paulo. Tem apenas 4 partidas no Brasileirão e, portanto,

não completou sua cota para transferência.

Ganso – O São Paulo marcou exatamente 56 gols em 2015. Ganso participou de 5, com 1 gol

marcado e 4 assistências.

No ranking de artilheiros do time na temporada, nosso camisa 10 aparece atrás de jogadores

que sequer são titulares ou que tem como principal função marcar o adversário. São os casos

de Centurion(4 gols), Dória(2), Paulo Miranda(2), Souza(2) e Boschilia(2).

Em assistências, perde para Michel Bastos (7 assistências) e Thiago Mendes(5), empata com

Pato (4) e tem uma mais do que Bruno, Hudson, Alan Kardec e Ewandro, todos com 3 passes

para gol na temporada.

Além de ter participado de apenas 9% dos gols do São Paulo no ano, há ainda outra estatística

alarmante. Com 24 jogos disputados em 2015, Ganso ostenta a brilhante média de participar

de 1 gol a cada 4,8 jogos. MUITO pouco para quem teoricamente deveria ser o cérebro da

equipe.

Um queda absurda de rendimento. Para se ter uma ideia, no ano passado Ganso marcou 9 gols

e deu 13 assistências. O que representou uma participação de 19,6% dos gols da equipe na

temporada, e também envolvimento em 1 gol a cada 2,8 jogos que o meia fez na temporada

passada.

É claro, com o time embalado no 2º semestre, as coisas fluiam mais fácil, e o futebol de Ganso

também. Mesmo assim, não há desculpa para tão baixa qualidade de futebol em 2015 e para

essa cadeira cativa que o meia mantem com todos os técnicos que dirigem o Tricolor. Banco

nele, e é hora do Boschilia.

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Wagner Moribe

wmoribe@hotmail.com

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