Noite sem dormir, uma mistura enorme de sentimentos entre frustração de não vencer mais uma vez no Itaquerão, manutenção do tabu, perder do rival e a preocupação com o futuro na Copa do Brasil, com um jogo para definir a vaga para a final de um torneio que ainda não vencemos.

Com o mesmo gosto amargo de ter feito uma partida consistente, porém ineficaz e ver o rival não fazer nada mas definir em 2 lances de detalhes a partida e jogar a pressão toda no São Paulo, analiso da seguinte forma o panorama:

DORIVAL JR

O técnico chegou humilde, em silêncio e trabalhando duro, firme, sisudo e focado, comprometido com a vitória, babando para mostrar. Depois do jogo contra o Santos, Dorival entrou em uma onda de choradeira, de vitimização e de lamentação do que era para ter sido e do que não foi no Flamengo. Honestamente, não identifiquei como desrespeito ao São Paulo, até porque ele já havia mencionado o São Paulo de uma forma similar quando não era técnico aqui.

Entretanto, é desnecessário falar dos outros. Isso é papo para fim de temporada, ninguém ganhou nada e ele ainda está longe de poder falar algo se for eliminado pro Corinthians.

ELENCO

Entrevistas, matérias, postagens em redes sociais deixaram claro que os atletas deram uma relaxada. Que estavam curtindo as boas vitórias, a torcida abraçou. Mas, depois de 3 dias de folga na última semana, uma preparação para o Cuiabá, muita conversa, risos, fotos e momentos diversos mas o futebol sumiu no sábado contra o Cuiabá e ontem contra o Corinthians, não vimos o que se esperava.

Está na hora de acordar, se for eliminado para o Corinthians, é igual perder a final da Sul Americana, não adiantou nada no fim das contas. Agora, tem BR, Sula e Corinthians de novo. Não dá pra jogar tudo foram em 3 semanas. Acordem, foquem e trabalhem quietos.

DIRETORIA

Não tem dinheiro, não tem caixa, não tem recursos. Ok. Mas, em alguns momentos, precisamos pensar se queremos sonhar alto e conquistar alto ou se nos conformamos com o bom e vamos deixar o excelente e o sacrifício de lado.

Não é fácil, é doloroso, mas tempo não se compra. E a janela só fecha dia 08/08 para Copa do Brasil. 02/08 a internacional para Copa do Brasil. Historicamente, já fizemos uma peça X virar decisiva chegando no apagar das luzes. Será que não é hora de ousar?

Como torcedor, eu ousaria. Como gestor, honestamente, eu daria um jeito e ousaria. A história não se escreve com passos pequenos e sim com saltos.

TORCEDOR

A choradeira, a lamúria, o sentimento de derrotado e pessimismo na torcida é algo inacreditável. Eu não consigo assumir e acreditar que com um placar de 1 gol adverso, um jogo de volta em casa com torcida única, um time mais consistente, 60 mil vozes, a energia do Morumbi, um time focado a gente não consiga acreditar ou ao menos o torcedor ter fé e esperança.

Do que foi feito e moldado esse clube? Na fé e na esperança e percebo que alguns torcedores esquecem e deixam o emocional frágil, a provocação rival e o histórico fazer perder a cabeça. Já assumem que temos um time de fracos, fracassados, pipoqueiros e ninguém presta. Já atribuem a não ter craques, que o elenco operário e sem supercraque, já não basta.

Já nada basta, nada presta, tudo é ruim, trevas e o lado terror e depressão tomou conta.

Eu tenho pena de você. Esse clube se trata de muito mais que isso, os sãopaulinos da história, não fizeram esse clube assim e nunca se entregaram.

Se fosse em mundiais, com times melhores e mais preparados, de mais nome, já entrariam derrotados. Mas o São Paulo nunca atravessou o mundo ou se deixou entregar. E não vai ser agora, dentro da nossa casa que vamos permitir que isso ocorra ou que esse sentimento morra.

Nós vamos pra cima deles e vamos buscar essa vaga.

A moeda, cai em pé pro São Paulo.

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