Ontem, me ocorreu de explicar como funciona e funcionaria em caso de realmente termos algum investidor desejoso de colocar capital em um atleta ou no futebol do São Paulo como já ocorreu com Pinotti, motivo do frisson de ontem.

Como o Blog falou com o próprio Pinotti, não é real a intenção de colocar capital agora. Lembremos que Pinotti já investiu em Centurión e é credor, ou seja, o clube deve até hoje pela contratação do meia que veio em 2015.

Então vamos à parte real e prática, sem utopia e delírios fantasiosos:

1 – O futebol precisa ter um jogador em vista e um nome de interesse para comprar, não existe um investidor chegar e querer colocar o atleta no clube sem qualquer prévio interesse de técnico e Departamento de Futebol;

2 – Um investidor, na verdade, não é um DOADOR de dinheiro. Ele EMPRESTA com juros baixos, abaixo do mercado e em um futuro curto, médio ou longo, ele vai reaver o dinheiro baseado em termos que serão estabelecidos por contrato, não é DOAR, é uma forma de EMPRESTAR mais suavemente e ajudar de forma que fique mais ameno ao clube que pegar de um banco a altos juros;

3 – Pinotti investiu no capital imediato e até hoje recebe com juros pelo Centurión. Não doou. Ou seja, o clube PAGA no fim e muitos confudem com dinheiro no limbo, como se fosse tudo um mar de rosas;

4 -Um grande nome, um nome que interessa ao clube ou que movimenta os lados de quem tem capital, pode interessar ao clube ou não. Existem donos de atletas e de seus direitos que querem colocar no SPFC mas o clube não tem interesse. Ou seja, precisa ter interesse mútuo;

5 – James que foi especulado para vir com investimento, não daria NADA de retorno futuro ao São Paulo, só gasto imediato e posterior. Ah, mas ele pode render em campo? Sim. Mas seria similar ao papo de Daniel Alves que nunca teve um patrocinador ou marca aliada. E não há hoje, ninguém querendo patrocinar ou doar nada em troca de usar a marca de James;

6 – Então, para um investidor e um investimento, o ideal seria qual perfil? Galoppo é um exemplo. Jovem, promissor, passaporte europeu e com potencial. Chance enorme de venda futura igual vimos este ano que logo no começo do ano, já tinha proposta de R$ 48 milhões após o clube ter pagado R$ 24 mi em 2022, meses depois. É este o modelo de negócio e não em um jogador em fim de carreira.

7 – Pinotti se viesse a ter consentimento do Presidente, se quisesse investir, escolheria o atleta? Não. Tal qual em 2015, ele não tem poder de opinar ou definir. Ele só cede o dinheiro, afinal, o capital é dele, mas passa a ser responsabilidade do São Paulo. É igual pedir dinheiro ao banco e ele querer escolher sua casa ou carro para te dar o dinheiro.

8 – Pinotti hoje tem essa abertura? Não. Em nenhum momento, teve esse papo com a gestão. Afinal, ele ainda quer receber o Centurión e ninguém dará a ele mais poderes ou mais força política agora por isto, então nem para o clube e nem para ele isso seria interessante.

9 – Mas o SPFC não precisa de dinheiro? Sim. Fluxo complexo e dificuldades permeiam, mas para assumir compromissos futuros, melhor contar com parcelamento e com a imimente luva que receberá da LIBRA que estamos falando continuamente aqui.

10 – Pode ser que Pinotti invista? Sim, na própria fala dele ao Blog, deixou claro que no momento não faria, deixando aberto que um dia poderia. Isso significa curto prazo? Não, não significa curto prazo e sim uma possibilidade aberta atemporal.

Resumo: Quem lê uma frase, vê uma foto com 3 palavras em fotos e já sai delirando que o James estará no SPFC em breve por isto, depois vai xingar, cobrar porque se iludiu. Conselho, é melhor acordar. A hipótese existe mas o Blog exlicou aqui como e em que condições:

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