Após a vitória, uma das perguntas feitas foi sobre a forte queda no número de bolas alçadas à área adversária após sua chegada, uma constante com Ceni:
“Eu gosto muito de equipes com infiltração, parede, movimentação do terceiro homem e de um homem por trás. Sempre gostei de trabalhar.
Não vamos perder condição por fora, mas temos que trabalhar por dentro e temos trabalhado a exaustão em todos os treinos para nossos jogadores atacaram a última linha adversária, mais perto do gol adversário e com definições mais claras.
Demanda tempo, repetição, não é do dia para noite. É um trabalho de paciência e resultados ajudam para manter tranquilidade e insistir no que buscamos”.
saopaulo.blog

“Tem que atacar pelos lados” é o comentário predileto dos comentaristas esportivos. O problema é que teve momentos em que o São Paulo só atacava pelos lados e se tornou um time previsível. Os caras nem queriam/conseguiam chegar à linha de fundo e cruzavam do bico da grande área.
Em qualquer time, o máximo dos melhores jogadores devem estar em campo.
Um jeito bom de pensar é fazer uma lista dos melhores jogadores, e ver quem tá jogando.
Calleri – com Ceni era um zagueiro avançado, com Dorival pouco jogou.
Nestor – com Ceni era segundo volante e não jogava nada, com Dorival ta melhorando o desempenho.
Luciano- com Ceni improvisado de armador, com Dorival vai recuperando o desempenho jogando de segundo atacante
Marcos P – com Ceni nem jogava
Neves – com Ceni nem jogava
Luan – com Ceni nem jogava
Rafinha- com Ceni era improvisado de zagueiro
Da pra segui a lista, mas o resumo é simples, com Ceni os piores jogavam e os melhores eram improvisados em nome do “conceito”, com Dorival as coisas vão entrando nos eixos. Primeiro passo dado com sucesso: melhores estão jogando, piores estão no banco.
Umas retificações:
Calleri – com Ceni foi artilheiro do time.
Nestor – com Ceni era segundo volante e é o principal pifador e assistente de gols do time há 1 ano e meio, além de ser um dos líderes em interceptações e roubadas de bola no mesmo período.
Luciano- com Ceni NESTE ANO foi improvisado de armador por ser o único dos atacantes com característica de flutuação e bom passe, com Dorival ainda está tentando achar seu encaixe no time.
Marcos P – com Ceni nem jogava (de fato).
Neves – com Ceni foi titular no segundo semestre de 22, sendo destaque do time. Segundo Ceni só não iniciou como titular de novo porque faltava entrega física, oq, diga-se de passagem, era visível até para nós leigos torcedores.
Luan – com Ceni jogou enquanto não estava lesionado. Teve uma lesão gravíssima e rara, logo não podia entrar em campo usando a cama do hospital ou bengala.
Rafinha- com Ceni era improvisado de zagueiro em momentos em que o elenco estava com problemas de lesão entre os zagueiros e por já ter atuado assim até na Alemanha.
Cenistas detectado!
Cuidado, não pode nem fazer umas ponderações que já será considerado cenista. Para ser imparcial e racional parece que tem que chamar o cara de jegue, rojegue, mico etc
Pois é. Ponderação não existe para os extremistas, aliás, é palavra que nem existe no mesmo dicionário.
Time a lá Jegue: monte de improvisação, não escala os que todo mundo sabe que são os melhores, linhas altas e time pouco compactado, zagueiro-construtor, jogadas praticamente só bola parada e chuveirinho pra área, na base da exaustão.
Não precisa ser gênio para saber que se fizesse o feijão com arroz, sem improvisação, escalar so quem joga bola, compactar o time e ter uma variação básica de jogadas o time já iria melhorar.
O RC perdeu a linha, não tinha mais clima, não conseguia passar a mensagem para os jogadores, infelizmente.
A profissão de técnico é ingrata. É como o professor, você não consegue e não pode fazer o trabalho pelo aluno, você ensina, treina, repete, e, na hora H, é o aluno que está ali e tem que performar.
Mas, pior que o professor, se o jogador vai mal, quem sofre a consequência imediata da “nota baixa” é o técnico.
Acho que uma série de fatores externos e internos se somaram para por um fim na segunda passagem do RC como técnico: uma sequência de lesões graves (que pode ter sido um fato externo e interno – culpa dos treinos ou do esquema de jogo), o elenco pobre tecnicamente (fator externo), o Reffis (externo), a pressão por títulos, a insistência e teimosia em esquemas táticos e “improvisos”, a soberba, a “sinceridade” nas coletivas expondo seus jogadores (a culpa é deles), a falta de tato no tratamento com seus jogadores (fatores internos)….
Gostaria que ele tivesse conseguido resolver esses fatores internos, pois acho que ele tem o interesse do SPFC e a excelência de seu trabalho em primeiro lugar… mas, infelizmente, não deu certo.