O São Paulo ainda não engrenou sob o comando de Dorival Júnior, que estreou pela equipe em 22 de abril passado. Com o novo técnico no banco de reservas, o Tricolor paulista disputou quatro partidas, com duas vitórias e dois empates. Embora ainda não tenha atingido o nível considerado ideal, o treinador deixou o ambiente mais leve no CT da Barra Funda, como soube a GOAL.

O atual comandante são-paulino foi e é bastante comparado ao antecessor, Rogério Ceni, por jogadores e por funcionários do centro de treinamentos. A maioria do grupo acredita que a troca no comando técnico deixou a rotina mais tranquila no CT da Barra Funda. Mesmo as pessoas que transitam entre o centro de treinamentos e o Morumbi veem a melhora do dia a dia.

Dorival Júnior é tratado nos bastidores como um gestor mais eficiente que o antigo técnico. A forma de lidar com os atletas, sobretudo os mais experientes, agrada bastante nos bastidores. O técnico deixa o grupo à vontade em relação às opiniões no vestiário e não teve atritos com o plantel até o momento.

O antigo treinador são-paulino se envolveu em muitos problemas no dia a dia do clube. O principal entrevero de Ceni foi com o atacante Marcos Paulo. À época, o treinador chegou colocar a mão no peito do atleta para cobrá-lo por uma publicação nas redes sociais. A reação do técnico foi vista de forma negativa pelas lideranças do grupo, que comunicaram a situação ao presidente Julio Casares e ao diretor de futebol Carlos Belmonte Sobrinho.

Ceni também teve alguns problemas com profissionais que atuam diariamente no CT da Barra Funda. Considerado metódico e exigente, ele fez pedidos para melhoras no centro de treinamentos e recebeu aval do mandatário são-paulino à época. A forma como o técnico lidou com a situação incomodou parte do grupo de trabalho no centro de treinamentos.

Em que pese a maioria do elenco constatar uma melhora do ambiente — fontes ligadas a sete jogadores foram consultadas —, ainda há atletas que não viram uma mudança tão drástica no ambiente desde a alteração no comando técnico. Eles, porém, são minoria no plantel do São Paulo.

comissão técnica de Dorival Júnior chegou ao São Paulo com salário de R$ 1,2 milhão por mês, valor superior ao que era pago à equipe de Rogério Ceni. O antigo grupo custava R$ 700 mil mensais à diretoria. A saída de treinadores e auxiliares custará R$ 2,1 milhões à cúpula são-paulina — o equivalente a três salários.

https://www.goal.com/br/not%C3%ADcias/sao-paulo-ainda-nao-engrenou-mas-elenco-ve-vestiario-leve-dorival-junior/blt8c48651eaea26b58