São Paulo empatou em 1 a 1 com o Coritiba neste sábado, no Couto Pereira, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado saiu barato para o Tricolor, que só conseguiu ir às redes nos minutos finais da partida, ficando com o sentimento de que a tarde na capital paranaense não foi tão ruim quanto poderia ser.

Fato é que a sensação do elenco são-paulino deveria ser justamente o oposto. O São Paulo fez uma partida ruim, pouco criou e teve de apelas para os chutes de longa distância para levar algum perigo ao goleiro rival. Não fosse as falhas de Alef Manga nas conclusões de alguns contra-ataques, o Coritiba teria encaminhado a vitória ainda no primeiro tempo.

Rafael foi o principal jogador do São Paulo. O goleiro, que já havia se destacado na estreia do técnico Dorival Júnior, contra o América-MG, novamente foi decisivo, protagonizando algumas boas defesas ao ficar cara a cara com Alef Manga mais de uma vez para evitar o revés fora de casa,

São Paulo segue oscilando, algo que já era comum sob o comando de Rogério Ceni, e deverá seguir assim, independentemente de quem estiver à beira do campo. Dorival Júnior pode até promover melhorias, mas o Tricolor tende a alternar bons e maus momentos ao longo da temporada porque não possui um dos melhores elencos do País.

A falta de tempo para trabalhar também será um obstáculo para o São Paulo ao longo de 2023. Tendo de se dividir entre três competições (Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana), o Tricolor precisará encontrar uma forma de absorver as ideias de Dorival Júnior rapidamente, abrindo mão da tão necessária repetição nos treinamentos.

São Paulo conquistou quatro pontos de nove até agora no Brasileirão. Os três primeiros compromissos no torneio foram confrontos com equipes que vivem realidade semelhante, possuem elencos equiparáveis. Por isso, a perspectiva do Tricolor para as partidas contra as potências do futebol nacional, como Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, não são as melhores.

O desafio do São Paulo é diário. Dorival Júnior tem muito trabalho pela frente. A pressão por resultados é grande. Mas, a torcida precisa entender a realidade atual: o Tricolor, por mais bem-intencionados que sejam os atletas e comissão técnica, precisará suar muito para não fazer feio em 2023.

Gazeta Esportiva