Adalberto Baptista, ex Diretor de Futebol do São Paulo na Era Juvenal Juvêncio, é Presidente do Botafogo-SP, adversário do Tricolor neste domingo em Ribeirão Preto.

Muitos não lembram ou nunca ouviram falar, mas o maior inimigo de Ceni no clube foi Adalberto. Ele chegou a confrontar o goleiro publicamente e expor o na época camisa 01 como “Se colocando acima da instituição” e acusando de jogar com lesão no pé, comprometendo o clube e o desempenho em campo por ambições pessoais.

Na época, ficou extremamente pesado o clima, o São Paulo viveu momentos extremamente tensos e quase foi rebaixado.

Ceni fez críticas diretas a Adalberto e afirmou que a gestão deixava o São Paulo “ultrapassado e parado no tempo”.

“Naquele momento, o Ceni se colocou acima do São Paulo. Não foi justo ao atribuir a derrota ao (técnico) antecessor e ao trabalho do São Paulo – afirma Baptista, em entrevista ao jornal “Lance”.”

“Defendi a instituição que foi agredida injustamente. É o que eu acho agora e o que achava na época. Até porque o Ceni falava aos quatro cantos que tinha essa lesão. Ele dizia e via que a reposição estava prejudicada.”

‘Como gestor, tomei a decisão com convicção, mas sabia que (ao criticar Ceni) estava me colocando contra 17 milhões que o idolatram, passionais. Talvez tenha faltado habilidade, não sou dono da verdade. Mas prefiro ser ativo com erros do que omisso. E eu precisava agir.”

DECLARAÇÕES DE CENI

“Nós paramos no tempo. Os adversários cresceram, se reforçaram, e nós ficamos para trás, e isso não se resolve da noite para o dia”, lamentou o goleiro, antes de ainda cutucar o ex-treinador Ney Franco, ao ser perguntado sobre o legado deixado por ele nos últimos meses. “Zero. Zero. Zero.”

“O termo ‘parado no tempo’ não foi bem uma crítica, mas um alerta de quem está no clube há 23 anos. Os outros times evoluíram, então é natural que o São Paulo precise estar atento a isso, para que prospere, para que fique na frente. Os outros times viram o São Paulo se desenvolvendo muito e foram atrás do tempo perdido. Foi mais em um tom de alerta do que de crítica”.