Sinergia. Essa é a palavra de ordem do presidente do São Paulo, Julio Casares, para tentar manter equilibradas as contas do clube, que sofre com cerca de R$ 700 milhões em dívidas e a cobrança da torcida pela perda do protagonismo para rivais nos últimos anos.

Em live realizada com torcedores na tarde desta quinta-feira (5), o mandatário tricolor destacou o que considerou ‘uma postura cautelosa’ do clube do Morumbi no mercado de transferências. Isso mesmo com cinco reforços contratados (Rafael, Alan Franco, Welington Rato, Marcos Paulo e Pedrinho).

– Resolvemos o emergencial e ainda temos pendências financeiras. Precisamos ter sinergia entre equilíbrio financeiro e time competitivo, e estamos fazendo isso. Tivemos seis possibilidades de final e chegamos em três. Temos que trabalhar os alicerces principais. A gente não pode chegar aqui e fazer loucura.

Para o dirigente, o trabalho a conta-gotas é fundamental para o clube recuperar o seu espaço de novo de disputa de títulos. E destaca o fato do São Paulo ter fechado com lucro pela primeira vez em três anos.

– Devagar nós vamos atuar novamente no cenário nacional. O São Paulo estava desacostumado, hoje temos transparência e nessa linha vamos fortalecer o time sem arrebentar as finanças. É algo duro, mas necessário. Se tivesse jogado tudo para o futuro, deixaria o clube como recebi. O importante é que estamos em um processo de reconstrução. Depois de três anos que o São Paulo teve déficit, estamos caminhando para um superávit, vocês vão ver. Estamos equilibrando as finanças, sanando as dívidas.

– Chegamos no São Paulo com uma dívida muito grande com empresários, assumimos a folha de pagamento, uma parte dos tempos de pandemia não foi paga. A pressão no fluxo de caixa muito grande. E 2022 foi um ano desafiador, porque tínhamos que pagar as contas de curto prazo, alongar a dívida e montar um time com jogadores vindos por empréstimo ou com compra parcelada. Como conseguimos retomar a credibilidade, o São Paulo teve condições de negociar jogadores, o agente sabe que o São Paulo vive um momento delicado e aceita parcelar, aceita empréstimos. Estamos em um processo de reconstrução – completou Casares, que vê evolução no clube.

– Estamos entrando em 2023 com a mesma premissa de responsabilidade. Estamos reforçando o time com muita criatividade. Estamos pagando algo agora e parcelando em 2024, 2025, ou emprestando e tendo a opção de compra no futuro. Me lembro quando cheguei em 2021, sentei na cadeira e fiquei desesperado, porque chegavam oficiais de justiça querendo bloquear bens. Hoje melhorou muito. Estamos num processo de reconstrução.

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