A Árabia Saudita assustou o mundo ao derrotar a Argentina de Messi de virada por 2×1. Mas o que mais impactou, não foi o placar, foi o futebol jogado.

Com linhas altas, espaços preenchidos, o time árabe jogando absolutamente unificado com bloco intenso entre subidas e descidas, equilibrou o futebol. Se na técnica não iria, no jogo coletivo, na disposição, entrega e ousadia, muita coragem, as linhas altas árabes, aniquilaram a posse argentina, a jogada longa ficou nula.

Não havia velocidade e toques rápidos, os jogadores distantes, demoravam, Messi recebia marcação tripla, Di Maria sempre com marcação dupla, o time morreu. Sem conseguir tabelar por falta de espaços, começou a abusar do chuveirinho na área. Sem um cabeceador, um 9 de área que consiga se destacar entre os zagueiros, Lautaro ficou nulo.

Quando perdia a bola, a velocidade no contra ataque era aniquiladora. O time árabe encantou com suas linhas agressivas, potentes e intensas.

Mesmo perdendo, mantiveram a disciplina, impressionante.

Uma lição de um 4-3-2-1 com a linha de quatro, três homens de meio, dois mais abertos e um central na frente. Que desenho tático lindo, impressionante. Que aula para Ceni analisar e extrair o que ele mais gosta, que é a pressão tática e imposição de bloco.

Claro que isto é muito empenho, treinamento, muita tática envolvida. Hoje, o time do São Paulo se perde emocionalmente e não compacta linhas, se descontrola na perda da bola, algo que a Arábia deu aula.

Que show de Herve Renard. Chamado de Mago Branco, bi campeão da Copa da África mas com passagens ruins por clubes franceses, o técnico tem ideias fora da caixa e é isso que amamos no futebol. Ir além e fazer história.

Que grande lição, hein Ceni?

Que sonho essa entrega e concepção para o Tricolor em 2023.

saopaulo.blog

Herve Renard, the coach of the Saudi football team, is pictured before a friendly match with Panama in Abu Dhabi on November 10, 2022. (Photo by KARIM SAHIB / AFP)