Ceni começou a preparar o terreno para 2023 e falar sobre o planejamento:
“Precisamos evoluir na marcação. Temos que melhorar na parte defensiva. É uma das coisas que a gente mais tem que melhorar para o ano que vem.
É um time que não desiste dos jogos, extremamente competitivo, tenta construir jogadas, como construiu contra o Goiás. É uma evolução do ano passado para cá. Mas, temos que correr um pouco mais de risco, botar a bola no chão.
Pro ano que vem, acho que é uma incógnita ainda. Vamos descobrir lá pelo dia 2 de janeiro qual é realmente o objetivo, o que conseguimos avançar. Hoje é muito impreciso dizer sobre o ano que vem. Vamos trabalhar, tentar fazer o melhor possível. Momento de transição para pode falar sobre o ano que vem”.
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Pelo menos é claro pra ele que não tem funcionado a tática do ganhar de 5×4 pq quando o ataque não resolve a defesa entrega. O que eu gostaria de saber é como ele pretende conciliar o “correr mais riscos” com um sistema defensivo sólido já que “riscos” foi o que a gente mais correu essa temporada inteira. Vai ter muito trabalho mesmo.
Se esse ano inteiro foi impreciso, imagina ele conseguir projetar algo.
O Rogério falando em correr mais riscos, lembrei daquela partida que o Ferraresi deixou dois jogadores na cara do gol com passes verticais, mas foi criticado porque eram passes arriscados.
O técnico influencia diretamente na maneira que a equipe se movimenta e circula a bola em campo. A torcida muitas vezes acha que a culpa é exclusiva dos jogadores, não entende que o sujeito com o poder de escalar passa tardes inteiras buzinando na orelha deles, pedindo p/ que se enfiem na área, deixando a criação para os defensores – o que já é ruim – ao mesmo tempo que limita a ação dos defensores, os proibindo de encontrar passes diretos pelo meio. Não sobra muita alternativa.
Passamos a temporada inteira falando que o time do São Paulo era mal treinado, nunca estivemos tão longe da verdade: o time do São Paulo é extremamente bem treinado, ao menos quando tem a posse de bola, e esse é o problema.
Há poucas semanas o próprio Messi disse que o Guardiola fez ‘muito mal’ para o futebol.
Obviamente ele estava sendo irônico, disse que o Guardiola foi o melhor técnico que trabalhou, mas que fez parecer muito fácil essa questão do domínio da posse e troca de passes curtos.
É o que vejo de pior no estilo do Diniz e do Rogério (que se assemelham bastante no conceito).
Cobram troca de passes a todo custo e erro zero.
Oras, se eu sou um craque, vou encontrar, além dos passes simples, chances boas de passe ousado ou drible – com chance de acerto alta.
Logo, faz sentido a mentalidade.
Agora veja, se eu sou um cara mediano, sei que preciso tocar, sei que não posso errar. O que eu faço? Toco seguro.
Daí vem a infertilidade de passes que sofremos com os dois.
Não tenho dúvida que o Rogério e Diniz não morrem de paixão pelo passe para trás.
Mas para o jogador é uma sinuca de bico. É melhor dar esses toquinhos e garantir pouco erro do que arriscar e errar.
Cabe ao treinador entender as limitações dos jogadores que tem e criar um sistema que ‘abrace’ o erro com mais inteligência.
O Diniz esse ano parece ter dado um passo a frente na carreira (parece, pq ainda acho que precisa manter isso por mais tempo). Já foi muuuuuuuuito mais pragmático.
O SPFC do Diniz e do Ceni, na minha opinião, não tem nada a ver um com o outro. O Diniz sim trabalhava o time 100% passes curtos e apostando na movimentação e no jogo coletivo. O Ceni é só balão e chuveirinho.
O Barcelona do Guardiola foi aquela maravilha porque tinha o Messi que pegava a bola e criava e finalizava as jogadas. Tira o Messi e fica o futebol mais enfadonho que existe, basta ver a seleção Espanhola campeã do mundo, legítima retranca com a bola, time sem criatividade alguma só tocando pro lado, tanto que teve o pior ataque de um campeão mundial da história. Acho que é o que tá ocorrendo com o Diniz também, conforme vai tendo jogadores melhores a individualidade vai sendo permitida.
Trabalho do Ceni teve mais chuveirinho pq tinha o Calleri né. Acho que o do Diniz descambaria na mesma coisa se tivesse um matador.
Pq mil cruzamentos nada mais é do que o único recurso que você tem quando tá atrás do placar e não tem criatividade.
Discordo um pouco da questão do fut do Guardiola só ter dado certo por causa do Messi.
Deu certo no Bayern e no Man. City. Apesar de não ter ganho Champions foram times que dominaram listas de melhores jogadores, melhor futebol, etc.
Aí que entra no meu ponto: ele depende de ter vários caras bons, um só não seria suficiente.
Dos 4 times que subiram pra série B, 3 vão ter grandes investimentos. E o outro é o Grêmio. Ou seja, a luta pela sobrevivência na série A ano que vem vai ser muito mais acirrada.
Outro ponto. Nós praticamente esgotamos nossos recursos nas categorias de base. Aparentemente, e pela fraca performance nos torneios, não temos mais muitos nomes pra subir pro time principal.
Ou seja, se o planejamento pro ano que vem não for muito bem feito e eficiente, 2023 tende a ser um ano de fortes emoções, no mal sentido.
“Vamos trabalhar, tentar fazer o melhor possível”. Essa frase jå é uma desculpa antecipada.
Segundo o GE . O Flamengo fecha o ano com 1bilhao e 200 milhões de arrecadação , e com endividamento de 270 milhões , com meta de reduzir pra 250 milhões a dívida em 2023 , ou seja vão continuar nadando de braçadas no futebol brasileiro.
E no melhor dos mundos, se tudo correr bem – o que nada indica até o momento – evoluiremos até conseguirmos arrecadar 800 milhões. Não dá p/ competir somente com nossas pernas.
Não confio no julgamento do Ceni e menos ainda no da diretoria. A sensação que tenho é que 2023 será ainda pior que esse ano.
traducao: eu sou um genio, se nao der certo, a culpa é dos outros! fora casares
Na minha humilde opinião, opinião de um torcedor que nunca nem foi ao Morumbi, o planejamento do SPFC para 2023 seria:
Não renovaria com: Miranda, Andrés Colorado, Marcos Guimerme, Éder (esses já se despediram do clube) e Rafinha
Devolveria do empréstimo: André Anderson e Nahuel Bustos (não pôde provar a que veio, mas pelo seu custo-benefício, eu devolveria)
Negociaria: Jandrei, Léo Pelé, Patrick (o único reforço que nos deu retorno esportivo, mas depois da briga com o Ceni, acredito que não terá vira fácil no clube – tentaria uma troca com o goleiro John), Nikão (não acredito que dará certo por aqui e aproveitaria que há times interessados para abrir negociação)
Perderemos de graça: Luizão e Igor Gomes
Contratações: John (goleiro do Santos com boa experiência, já disputou até Libertadores), Nacho Fernández (meia do Atlético MG), Lucas Moura (Tottenham – dispensa comentários) e Pato (parece que ficou livre no mercado… sim, o Pato, se for pelo valor salarial divulgado, seria um ótimo custo-benefício)
Retornos: Nathan (lateral direito emprestado ao Coritiba e que é até apadrinhado pelo Cafú)
Subiria da base: Leandro (goleiro) e Newerton (atacante)
Time base:
John
Igor Vinícius, Arboleda, Ferraseri e Welington
Pablo Maia, Gabriel Neves, Nacho Fernández e Lucas Moura
Luciano e Calleri
Um time bom e equilibrado e, teoricamente, com uma folha salarial bem menor
Elenco:
Goleiros: John, Felipe Alves e Leandro
Zagueiros: Arboleda, Ferraresi, Diego Costa, Walce e Beraldo
Laterais: Igor Vinícius, Welington, Moreira, Nathan e Patrick
Meio-campistas: Pablo Maia, Gabriel Neves, Luan, Talles, Galoppo, Rodrigo Nestor, Rodriguinho e Nacho Fernández
Atacantes: Lucas Moura, Luciano, Calleri, Pato, Alisson, Caio e Juan
E para compor elenco, tentaria contratações de jogadores jovens e promissores.