As primeiras horas da manhã foram de recados de quem trabalha com Patrick, de que o jogador não gostou das declarações de Rogério Ceni sobre o episódio do Maracanã, sábado, contra o Fluminense. Azar.

Neste caso, o técnico são-paulino está coberto de razão. Tanto na maneira como lidou internamente com o caso, antes de enfrentar o Internacional, quanto em falar a mais absoluta verdade em sua entrevista coletiva depois da derrota de terça-feira.

Patrick perdeu a cabeça, mandou Rogério para dois lugares bem distantes do que se pretende como educação. Desculpou-se com o treinador e com o grupo. Rogério foi absolutamente transparente ao ser questionado sobre o que se passou no Rio de Janeiro.

Ele fica. Patrick também. Apesar dos recados dos agentes do jogador, a direção são-paulina não pretende abrir mão nem de Rogério nem de Patrick.

Haverá mudanças especialmente com os jogadores cujos contratos terminam em dezembro, casos de Miranda, Reinaldo, Éder, Colorado, Marcos Guilherme e Luizão. Igor Gomes terá seu vínculo terminado em março. Tem sondagens do Porto, de Portugal.

Não há dinheiro, e Rogério já sabe que trabalhará com elenco formado por apostas e revelações. Caberá a ele mostrar por que tanta gente aposta que será um dos melhores técnicos do país. Neste ano, o São Paulo teve folha de pagamento maior do que Internacional, quase vice-campeão, Fluminense, que ainda tenta a segunda colocação e Athletico, sexto colocado.

Futebol não se faz com dinheiro, o que explica o maior sucesso de equipes mais baratas do que o São Paulo. Razão pela qual Rogério Ceni tem de começar 2023 impondo a si mesmo resultados mais expressivos do que teve em 2022. Mesmo com elenco inferior aos de grandes rivais.

https://ge.globo.com/blogs/blog-do-pvc/post/2022/11/09/rogerio-ceni-tem-razao-no-caso-patrick-deve-ficar-no-ano-que-vem-e-precisa-desafiar-a-si-proprio.ghtml