Com duas passagens pelo São Paulo, o ex-lateral Juan conviveu com o então goleiro Rogério Ceni por três anos no dia a dia do clube. Apesar de já apresentar, naquela época, características para tornar-se técnico, o lateral não imaginou que o ídolo são-paulino pudesse vir a se tornar um.

“Ele (Ceni) sempre foi bastante atuante e inteligente taticamente, no vestiário ali. É difícil prever, porque, em geral, os jogadores não querem ir para essa parte de técnico, não é fácil, é bem difícil, é muita cobrança, muita pressão. Normalmente a gente fica cansado da rotina de jogador, se vai para técnico, a rotina é a mesma ou até pior”, disse Juan em entrevista à TV Gazeta.

“Então, realmente era difícil tentar prever que ele seria técnico, mas ele é muito novo na função, ainda tem muito tempo de carreira. Pelo tempo dele, tem sido um bom técnico, com resultados interessantes, o título brasileiro do Flamengo, o que ele fez com o Fortaleza, a projeção que ele colocou no Fortaleza. Então, ele tem tudo para ser um dos grandes técnicos brasileiros”, projetou.

Como jogador, Rogério Ceni conquistou diversos títulos pelo Tricolor, como Mundial, Libertadores e o tri do Brasileirão. Já como técnico, soma quatro taças pelo Fortaleza (dois estaduais, uma Série B e uma Copa do Nordeste) e quatro pelo Flamengo (Brasileiro, Supercopa do Brasil, Carioca e Taça Guanabara).

Em sua segunda passagem pelo clube onde é ídolo, Ceni chegou à semifinal da Copa do Brasil de 2022, quando acabou eliminado pelo Flamengo, e à decisão da Sul-Americana, quando o Independiente Del Valle ficou com o título.

No Brasileirão, o São Paulo tem apenas uma derrota nos últimos dez jogos, para o Botafogo. Desde a eliminação na Copa do Brasil, em 14 de setembro, a equipe conquistou 19 pontos – seis vitórias, um empate e uma derrota -, em um aproveitamento de 79%. Apenas o líder Palmeiras, a um passo do título, pontuou mais no período.

Gazeta Esportiva