Vigência da Lei das SAFs tem pouco mais de um ano no País
Aprovada no ano passado, a Lei 14.193/2021, originada do projeto de lei 5.516/2019, nasceu com o objetivo de possibilitar que os clubes transmutem do modelo associativo e tornem-se empresa, ou mesmo transformem seus departamentos de futebol em modelos empresariais, criando a figura da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), bem como concedendo novas possibilidades de obtenção de recursos.
Após pouco mais de um ano em vigência, o Novo Marco Regulatório do Futebol modernizou a gestão dos clubes dispondo sobre normas de constituição, governança, controle, transparência, meios de financiamento da atividade futebolística, tratamento dos passivos das entidades de práticas desportivas, além de ter um regime tributário específico.
Entre as principais inovações promovidas, destacam-se:
- A permissão ao Clube que migrar para o modelo de SAF atrair investidores e ter novas formas de obtenção de recursos por meio da emissão de ações, debêntures, títulos ou valor mobiliário;
- Abriu a possibilidade de pessoas físicas, pessoas jurídicas e fundos de investimentos fazerem parte da gestão do time;
- Exigiu a instituição do conselho de administração e conselho fiscal, com implementação de regras que evitem conflitos de interesses;
- Garantiu aos Clubes direitos especiais, como, por exemplo, o veto em eventual tentativa de mudanças do nome do time, do símbolo, hino, cores e sede;
- Prevê a quitação das dívidas cível e trabalhista atuais dos Clubes por meio de concurso de credores ou de recuperação judicial ou extrajudicial.
De acordo com o jurista Alexandre Aroeira Salles, doutor em Direito e sócio-fundador da banca Aroeira Salles, “dada a relevância, merece destaque a propulsão dada à necessidade de estruturação dos clubes no que tange à criação – ou fortalecimento – de regras de compliance e boas práticas de governança, ganhando relevo a atuação do conselho de administração e do conselho fiscal, que se tornam órgãos de existência obrigatória e funcionamento permanente e devem observar regras para constituição de seus membros (art. 5º). Sabemos que muitos Clubes precisarão, ainda, passar por uma reforma estatutária para implantar de forma mais permanente estas alterações”, diz.
Já o art. 8º determina às SAFs que mantenham em sítio eletrônico informações atualizadas mensalmente relativas à composição acionária, estatuto social e atas das assembleias gerais, composição dos corpos diretórios, relatórios da administração, em claro aceno à transparência. Além disso, institui a obrigatoriedade de as demonstrações financeiras serem submetidas a uma auditoria externa independente, como meios de fiscalização também por órgãos externos como a Comissão de Valores Mobiliários.
Aroeira Salles completa afirmando que “é certo que as medidas asseguradas pela Lei fortalecem a criação de estrutura mais profissional dos Clubes de futebol, o que favorece investimentos privados, nacionais ou estrangeiros, como já visto em diversos clubes que buscam a sua modernização”.
Desde a implementação da Lei, vários Clubes brasileiros já transmutaram a SAF, a exemplo do Cruzeiro, Botafogo e Vasco da Gama.
Aroeira Salles
Alguns clubes foram “doados” pelo valor das dívidas e algumas moedinhas.
SAF é um passo necessário, mas não definitivo e nem garantia de sucesso.
“O Brasil não é para amadores”.
Fica com os conselheiros do São Paulo então. Mais 3 anos de Casares e Belmonte. Aí quem sabe o Belmonte vira presidente como foi com o Juvenal. Mais 10 anos sem título, quem sabe rebaixado pra série B, com dívida de 1 bilhão e meio. Que tal?
Vamos aguardar os próximos capítulos inéditos do roteiro.
A patota deverá separar o social do futebol, implantar a “tal empresa” para administrar o espólio do futebol e posteriormente “entregar” a tal empresa para um “grupo amigo”.
A conferir.
Você acha mesmo que a patota da destruição está preocupada com o futuro do SPFC ????
Ou com seus próprios interesses ???
Tem que escolher bem na mão de quem vc vai entregar também.
Pode ser uma administração diferente do que muita gente imagina, por exemplo arrancar o máximo de dinheiro do clube investindo o mínimo necessário e sem grande compromisso com resultado esportivo. Se entrar nesse tipo de coisa tem que ser uma coisa muito bem amarrada e alinhada.
Até agora nenhuma das SAFs que assumiu clubes brasileiros chegou investindo rios de dinheiro e montando um esquadrão invencível, como a maioria dos torcedores imagina quando se fala em vender clube pra investidor.
E se alguma SAF chegar investindo rios de dinheiro desconfie, o objetivo é o lucro através da administração profissional. O Brasil não comporta esse tipo de investimento, o mercado tem muito ainda a se desenvolver, nem liga profissional nós temos.
Se profissionalizasse a nossa administração e resolvessem o problema da dívida o clube já daria uma melhorada monstra… se atualizassem também a infraestrutura sucateada então, pra voltar a ser referência….
Tendo isso aí, e junto o que já temos, Cotia, etc, montar um grande time se tornaria muito mais fácil.
Não sei se SAF é a nossa solução, só sei que a solução não está dentro do SPFC e algo vai precisar mudar. Lá só tem destruição, ego e incompetência, em todos os níveis. Existe uma terceira via? Qual o modelo de administração de Real Madrid e Barcelona, por exemplo, já que não são “empresas”?
Não era uma resposta
O clube social na maioria das vezes não tem capital suficiente pra administrar, investir e manter em algo nível um time de futebol . Sempre que um clube tenta mudar de patamar ,o faz criando dívidas e e como o voo da galinha, fica uma aventura e acaba.isso considerando uma administração seria e profissional que pode ser feita em qualquer modelo de gestão .
A modalidade da saf abre espaço pra a injeção de capital novo no clube, resolvendo os gargalos causados pelas dividas passadas e criando uma nova expectativa.
Porém isso não e garantia de títulos a rodo, etc. Pois se todos estiverem no mesmo patamar de gestão, o título vira para apenas um dos clubes.
O modelo de clube social está.desgastado, insolvente, sem perspectivas de futuro . Exemplo o nosso são Paulo . Precisa de quanto tempo pra ser competitivo novamente, o clube suportará o tempo necessário? E se houver um problema sério como a não venda de jogadores pra fechar a.conta do ano
Precisa ser pensado seriamente e ter planos de 5, 10 anos pra decidir qual o modelo de gestão, ficar como clube social ou partir pro modelo saf
Imagino que sejam associações, mas são os “únicos” times da Espanha – zona do Euro – fazem parte de uma das maiores ligas do mundo e por muito tempo receberam muito mais do que seus concorrentes – ou melhor: participantes da liga – não é à toa que tememos tanto a espanholização do futebol brasileiro. Além disso, existe a questão política, Madrid representa o governo central e o Barcelona representa a Catalunha. Bom lembrar também que o Barça quebrou há pouco tempo e alguns dos seus presidentes já foram acusados de corrupção.
https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-espanhol/noticia/operacao-policial-faz-buscas-no-ct-do-barcelona-e-prende-o-ex-presidente-josep-maria-bartomeu.ghtml
https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-espanhol/noticia/2010/09/laporta-sofre-acusacoes-de-gastos-excessivos-e-corrupcao-no-barcelona.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/27/deportes/1493299675_418106.html
Real Madrid e Barcelona são associações não empresas. Mas são clubes que sempre foram beneficiados de uma forma ou outra pelo governo espanhol. O próprio Real surgiu e teve sua primeira era de ouro na época da ditadura franquista, o general era fanático por futebol e torcia pro Real. O Barcelona sempre foi o símbolo do orgulho Catalão, e era beneficiado lá e apoiado pela comunidade catalã pelo mesmo motivo. Em vários momentos da história os dois clubes já passaram por dificuldades financeiras – o Barcelona inclusive está num momento desses agora.
Real Madrid estava praticamente quebrado lá pelos anos 2000, aí fez um negócio obscuro com a prefeitura de Madrid envolvendo terrenos e centro de treinamento que ajudou bastante nas contas do clube…
Não tenho dúvida que em algum tempo também chega uma ajuda pro Barcelona. O plano deles de vender a janta para pagar o almoço – venderam 25% das receitas de tv dos próximos 20 anos a um fundo americano e gastaram em contratações para melhorar o time hoje – pelo jeito não deu certo e eles foram eliminados da champions na fase de grupo. Aliás e um plano digno de Leco, Aidar, e outros que passaram pelo comando do SP e ajudaram a afundar o clube recentemente, de responsabilidade financeira nenhuma.
Concordo.
Mas eu vejo como vantagem na saf o fato de que a visão empresarial é que define os rumos do clube.
No formato atual, em regra, os gestores são paulinos, mas não são tecnicamente preparados para fazer a melhor gestão.
Imagina como estaria a saúde financeira do SPFC se, no passado, não tivessem trazido o Daniel Alves, Jucilei, Pablo, tche tche, maicossuel, Diego Souza e outros.
https://ge.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2022/10/28/alex-deixa-o-sub-20-do-sao-paulo-belletti-assume-a-equipe.ghtml
O post é sobre SAF, os comentários necessariamente serão sobre – adivinha – SAF, diretoria, futuro do clube etc, e serão críticos, muitos deles esvaziados de esperança – com toda razão – mas tenho certeza que vai aparecer um “Zé” reclamando do teor dos comentários, ou que os comentários são repetitivos, sem se dar conta que o seu próprio comentário também é repetitivo, além de cansativo e sem imaginação.
SAF aqui no Brasil? Certeza que é só para roubar nossos jovens talentos, pois no Brasil oque da lucro é a venda de jogadores e não ganhar títulos.
Não sei se SAF é a nossa solução, só sei que a solução não está dentro do SPFC e algo vai precisar mudar. Lá só tem destruição, ego e incompetência, em todos os níveis. Existe uma terceira via? Qual o modelo de administração de Real Madrid e Barcelona, por exemplo, já que não são empresas?
Real Madrid e Barcelona, ambos tem estrutura parecida com aqui (são clubes de associados, não empresas).
Pasme, ambos ostentam dívidas grandes.
O Barcelona hoje está pior (voltando aos trilhos depois de dois anos terríveis financeiramente). O Real está controlado, mas 2 anos atrás falava que precisava apertar o cinto um pouco.
O Real tem a grande vantagem de ter um bilionário como presidente (Palmeira feelings?)
Não usaria os dois como modelo JAMAIS.
Sobrevivem pois são a alma da Liga Espanhola, e tanto a federação como o próprio governo estenderam a mão diversas vezes na história (da Catalunha para o Barça e da Espanha para o Real).
Desde 2009, depois do tri o SPFC gastou muito dinheiro com péssimas contratacoes de jogadores e técnicos sem nenhum retorno. Dois títulos até hoje de pouca importância. Respeito Arboleda, Lugano, Calleri, Bauza e alguns outros. Falta um verdadeiro são-paulino no departamento de futebol como foi Raimundo Paes de Almeida, que dizem que vendeu até sua casa, para colocar dinheiro no SPFC. Falta trabalho, competência e amor ao clube. Na década de trinta o SPFC só tinha onze camisas e era conhecido como o time dos pipoqueiros, com todo respeito a eles. Se tornou um gigante e agora não é nem sombra do que foi.
O que falta é profissionalismo e competência.
Não vejo nenhum problema o saopaulo vender 51%das ações de uma futura saf, acabei de ver que o presidente da independente, a maior organizada do clube dizer que é contra a saf, gue o saopaulo não tem preço,,então continue na merda vendo o Palmeiras ganhar tudo ,não dou 3 anos para o Palmeiras virar a 3 maior torcida do Brasil.
O plano da Dependente é abrir o clube para eleições. Seria fácil p/ eles, que já tem uma estrutura partidária, tomar o clube de assalto. Tirante o torcedor comum e algumas boas almas, todos os outros desejam se servir do São Paulo. A SAF acaba com essa possibilidade.
Sao Paulo sendo fiscalizado pelo poder publico? nossos conselheiros e dirigente nunca aceitarao…