Disputar uma final de torneio internacional em campo neutro não é, necessariamente, uma coisa inédita na história do São PauloAo todo, o Tricolor passou cinco vezes por essa situação, com aproveitamento invejável: quatro troféus de campeão e um de vice. Dia 1º de outubro (sábado), às 17h (de Brasília), essa situação se repetirá na decisão da Copa Sul-Americana, frente ao Independente del Valle, do Equador, em Córdoba, na Argentina. 

As disputas mais lembradas pela torcida, evidentemente, são os três Mundiais de Clubes disputados e vencidos pela equipe do Morumbi, todos no Japão.

Em 13 de dezembro de 1992, o são-paulino acordou de madrugada para ver o time treinado por Telê Santana bater o Barcelona por 2 a 1, no Estádio Nacional, em Tóquio. Era a primeira conquista da glória máxima possível a um clube de futebol. 

Um ano depois depois a dose foi repetida no mesmo palco, mas no dia 12 de dezembro, com a vitória sobre o Milan, da Itália, por 3 a 2.

O Tricolor repetiria a dose, já na competição com o formato gerido pela Fifa (com a participação de representantes de outros continentes), em 2005. Desta vez, contudo, o jogo, no dia 18 de dezembro, foi em Yokohama. E o São Paulo bateu o Liverpool, da Inglaterra, por 1 a 0, com gol histórico de Mineiro.

O Japão foi palco de outra conquista internacional, que é obscura para a maioria dos são-paulinos: a Recopa Sul-Americana de 1994.  Por um acerto da entidade máxima do futebol sul-americano com quatro empresas japonesas, que patrocinaram o jogo e custearam as despesas, o jogo foi realizado em Kobe. E lá, no dia 3 de abril daquele ano, o então bicampeão da Libertadores venceu por 3 a 1 o Botafogo, que tinha vencido a Copa Conmebol. Mais do que o título, a história registra o último jogo de Telê pelo Tricolor. 

O único revés em campo neutro foi em 1974.  Na sua primeira final de Libertadores, o Tricolor encarou o Independiente, da Argentina. Venceu o primeiro jogo por 2 a 1, no Pacaembu. Perdeu o segundo por 2 a 0, em Buenos Aires. Por força do regulamento, a disputa foi para um ‘vale-tudo’ em campo extra, o Estádio Nacional de Santiago, no Chile. E os paulistas caíram por 1 a 0, desperdiçando a chance de faturar o seu primeiro título internacional e o primeiro do futebol brasileiro após o famoso Santos de Pelé.

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