O presidente Julio Casares, do São Paulo, e Andres Rueda, do Santos, falaram nesta última terça-feira sobre a criação de uma liga única no Brasil. Ambos os dirigentes atualizaram a situação das negociações e mostraram otimismo que a ideia sairá do papel em breve.
Atualmente, a discussão da criação de uma liga é debatida por dois grupos: Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e LFF (Liga Forte Futebol do Brasil). São Paulo, Santos, Corinthians e Palmeiras fazem parte do primeiro grupo, que concentra os clubes mais populares do país.
Por outro lado, a LFF agrupa mais equipes no cenário nacional, como: América-MG, Atlético-MG. Atlético-GO, Athletico, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Côrrea, Sport, Tombense e Vila Nova.
Em evento realizado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nesta terça-feira, Rueda falou sobre os principais motivos para a criação da liga.
“O princípio é ter competições mais disputadas para evitar o que acontece na Espanha. Para você fazer isso, alguém tem que ceder, não dá para dividir o bolo se mais de uma pessoa leva mais da metade do bolo. Os clubes estão dispostos a fazer isso. Se eles estão dispostos, é sentar na mesa e se acertar. Mas é difícil, tem interesse, vaidade… É uma quebra de cultura, cultura que domina por muito tempo aqui. Está andando bem, mas duas ligas (Libra e LFF) estão fazendo reuniões constantes. A ideia é chegar a um consenso e deixar o projeto de pé. A possibilidade de aumentar inúmeras receitas, tem tudo indo nesse sentido e sou muito otimista. Acho que rapidamente deve ser sacramentado e acontecer. A grande mudança é a profissionalização, algo que os clubes nunca conseguiram fazer”, comentou o mandatário santista.
Casares manteve o discurso otimista, alegando que a organização do futebol brasileiro precisa de uma gestão profissional. “Sou otimista, acho que a Libra tem união de grandes clubes, o outro segmento (LFF) está conversando, não tenho dúvida que vai unificar. Precisamos ter uma gestão profissional. Já foi o tempo de grandes dirigentes ligados aos clubes. Não é profissional. Os clubes têm que estar em um Conselho de Administração e colocar um CEO, que será cobrado por resultados. É preciso de lobby no congresso nacional para que a indústria não seja penalizada. A condição de fazer o espetáculo, os agentes todos… vi que os bandeirões foram liberados e não vejo bandeiras no estádio. Então ninguém trabalha a favor do produto. Agora, não podemos cometer erros do passado”, disse o dirigente tricolor.
Casares também falou sobre o que está faltando para os dois grupos se acertarem e unificarem de vez os interesses em comum. Falta superar a vaidade. Na hora que o dinheiro tiver na mesa e chegar, terá uma correria. Tem dois grupos econômicos e que você tem uma divisão mais ou menos estipulada, por um lado que tem os clubes de São Paulo, do Rio você tem Flamengo, Botafogo e Vasco, Grêmio, Cruzeiro, Guarani, você tem uma força. Se você falar que chegou 1bi de dólares para dividir, vai ser uma correria. É uma casa que tá faltando pão, alimento, mas o pão chegando… primeiro precisa superar vaidade. A Liba fez a terceira ou quarta assembleia, a Libra está caminhando. Um quer ser o pai da criança, outro quer falar que tem a história do futebol brasileiro, nada acontece sem minha participação. Os grandes do Rio, Rio Grande do Sul e Minas Gerais estão juntos”, completou.
Apesar da criação da liga englobar apenas os times das séries A e B, Rueda acredita que equipes de divisões menores (C e D) também podem ser beneficiadas pelo novo cenário do futebol brasileiro.
“Tenho certeza que isso (criação da liga) vai ajudar a fomentar as ligas menores. O sucesso dessa modelagem, o jeito do produto ser exposto, de uma maneira diferente, sem dúvida vai trazer frutos para séries menores. Eles vão colher essa mudança. Todos estarão unidos para se extrair o máximo de receita. O futebol inglês fatura mais com a venda internacional do que a própria receita de divulgação do campeonato na Inglaterra. Tenho certeza que as outras séries vão ter vantagem dessa união”, disse Rueda.
A tendência é que mais reuniões aconteçam nas próximas semanas entre os dois grupos para que se chegue a um consenso. A questão da divisão de receita ainda é um entrave, mas os dirigentes que compõem o bloco da Libra afirmam que a tendência é de acordo.
Gazeta Esportiva
Eis a verdadeira prioridade de nosso Presidente, eternizar-se junto com os herdeiros do Juvenal no poder no São Paulo, e depois, se possível, expandir seus tentáculos para fora do clube!!!
O discurso e a realidade falam por sí. Qualquer incoerência não é mera coincidência. Agora sobre a Liga ela só tem chance de sucesso se alguns clubes abrirem mão de benefícios absurdos que tem hoje e se buscarem equilíbrio. Talvez com muito esforço dê pra criar um modelo sustentável que no final vai favorecer muito os clubes que se arrumaram financeiramente.
“Precisamos de uma gestão profissional’.
Quem está falando é alguém que nomeou Belmonte, Muricy e trouxe o Ceni para o controle, gestão e comando do futebol do tricolor.
E compõe a patota que sistematicamente destrói o SPFC e se perpétua no poder.
“Façam o que digo, não façam o que eu faço”.
#Triste SPFC.
“Precisamos ter uma gestão profissional. Já foi o tempo de grandes dirigentes ligados aos clubes. Não é profissional. Os clubes têm que estar em um Conselho de Administração e colocar um CEO, que será cobrado por resultados” – Casares.
Isto é, tudo o que o SPFC precisa, mas não é adotado. Quer dizer, sabe o caminho, mas não rumam por ele.
E é capaz de colocarem o Muricy ou Milton Cruz como o CEO.
Nessa Liga o Casares é só mais um e pode falar o óbvio, sem contar que a sua opinião e poder de decisão são diluídos. Agora no SPFC ele descobriu faz tempo a fórmula pra deitar no poder e ter anos tranquilos internamente mesmo que publicamente a sua gestão seja questionável. Não a toa, até rede social ele critica já que não é algo que ele possa controlar.
Acho que ele o Ceni se entendem pq ambos não lidam bem com questionamentos públicos de um “bom trabalho” que só eles enxergam de tanto que são afagados por puxa-sacos.
Nada a contestar, apenas concordar.
Casares e bom de fala ,mas na prática se demonstra completamente o contrario
24/9 será o dia: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2022/09/06/sao-paulo-define-data-para-socios-votarem-reeleicao-para-presidente.htm
Vamos saber se os sócios mudaram de opinião em tão pouco tempo sobre a reeleição.
O grande problema que eu vejo pra esse acordo e clubes como Flamengo e Corinthians que tem acordos de TV bem melhores que os dos outros times abrindo mão disso. Se fosse eu no lugar deles não abriria mão sem nenhuma contrapartida.
Essa fala do Casares é bem o “ouça o que falo,não faça o que faço “