São Paulo tem uma história muito vitoriosa. É sem dúvidas um dos maiores vencedores do país, com três Libertadores, três Mundiais e seis Brasileiros. E quem contribuiu muito para que isso acontecesse foi o ex-treinador Telê Santana.

Telê venceu com o São Paulo duas Libertadores, dois Mundiais, além de Campeonato Brasileiro, Paulistão e Recopa. Rogério Ceni, como goleiro do São Paulo, também contribuiu bastante. Como goleiro titular, Ceni venceu uma Libertadores, um Mundial, três Brasileiros, uma Sul-Americana, entre outros.

Porém, o técnico Rogério Ceni ainda está devendo na história do clube. Não conseguiu vencer nenhum título ainda pelo Tricolor Paulista.

Em entrevista exclusiva à UOL, Rogério Ceni fez uma comparação do seu estilo com o de Telê Santana – que ele diz ser sua maior inspiração. Ceni avaliou algumas semelhanças com seu ex-treinador.

“Primeiro, perfeccionismo com o gramado. Tentar fazer com que o gramado todo dia esteja bom, molhado, cortado… sempre atento a isso. E eu acho que a chatice também, de cobrança, de tentar exigir o melhor do jogador, o horário e a disciplina”, disse Ceni.

Depois, Rogério disse sobre as diferenças entre ele e Telê.

“Eu só não tenho os títulos que ele tem, as duas Libertadores e os dois Mundiais. E ele era um cara muito enérgico, eu acho que sou bem mais tranquilo que ele nesse sentido fora do campo. Dentro do campo sim, faço as cobranças”.

Em outro momento da entrevista, Rogério Ceni contou que a seriedade e a disciplina são duas coisas que ele faz questão de levar com ele nessa carreira nova de treinador.

“Ele acrescentou muito na minha carreira, me mostrou o que era profissionalismo, comprometimento, ser sério no trabalho. Ele era assim todo dia, era sempre o mesmo Telê, poucos sorrisos”, afirma Ceni.

Rogério Ceni chegou ao São Paulo em 1990, mesmo ano que Telê retornou ao clube. Os dois trabalharam juntos até 1996, quando Telê teve problemas de saúde e teve que se afastar do futebol.

Rogério também comentou como foi a relação deles nessa época. Rogério relembrou que se identificava com o ex-treinador na parte da obsessão pelo trabalho.

“Sempre gostei muito de treinar, então chegava muito cedo e o Telê gostava muito disso. Os treinos eram às 9h, eu chegava às 8h30 pronto no campo. Ainda faltavam dois ou três atletas no ataque, faltando uns 20 minutos para o treino começar, mas o Telê não esperava e me mandava ir ao gol. Então, trabalhava no gol sem sequer ter aquecido. Depois que o Telê ficou doente, não tinha quem me treinasse mais cedo”, finalizou Ceni.

Torcedores.com