O sistema defensivo do São Paulo vem gerando fortes dores de cabeça para o técnico Rogério Ceni. Nos últimos cinco jogos, o Tricolor conta com uma média de gols sofridos pior que a do Juventude no Campeonato Brasileiro, competição na qual figura como lanterna na tabela.

Nas últimas cinco partidas, o São Paulo foi vazado dez vezes, amargando uma média de dois gols sofridos por jogo. Já o Juventude viu os seus rivais balançarem as redes 42 vezes em 25 partidas, ficando com uma média de 1,68 gol sofrido por jogo.

Os números defensivos do São Paulo impressionam pelo fato de o técnico Rogério Ceni ter apostado em um esquema com três zagueiros nesta temporada. Além disso, o treinador conta com meio-campistas que se destacam mais pelo seu papel tático, sobretudo defensivamente, do que pela sua capacidade ofensiva, casos de Igor Gomes e Pablo Maia.

Há alguns fatores que podem explicar o péssimo momento defensivo do São Paulo. Miranda, um dos líderes do elenco, sofreu um trauma no tornozelo direito no clássico contra o Santos, ficando de fora dos jogos contra Flamengo, Fortaleza e Atlético-GO.

Nahuel Ferraresi, último reforço a chegar ao São Paulo nesta janela de transferências, vem convencendo a comissão técnica pela sua qualidade na saída de bola, além da marcação firme, mas é inegável que a falta de entrosamento com os outros zagueiros dificulta a busca por um sistema defensivo mais sólido.

Neste domingo, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, o São Paulo terá a oportunidade de iniciar uma volta por cima, embora tenha realizado apenas um treino antes da partida. Resta saber se o Tricolor vai corresponder às expectativas ou frustrar seu torcedor mais uma vez, chegando para o jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana, contra o Atlético-GO, na próxima quinta-feira, com uma desconfiança ainda maior sobre o elenco.

Gazeta Esportiva