Julio Casares, presidente do São Paulo, passou suas últimas férias na Europa. Foi descansar, mas também trabalhou. Voltou com um acordo que entende ser benéfico para o clube paulista. Foi no Velho Continente que o mandatário tricolor acertou a parceria com o Grupo City, que administra o Manchester City, de Pep Guardiola, e outras agremiações esportivas.
Casares foi peça-chave nas tratativas porque tem boa relação com dirigentes do grupo, como o empresário espanhol Ferran Soriano, CEO do Manchester City. Segundo o presidente são-paulino, a parceria proporciona “um futuro importante para as duas instituições”.
Fundado em 2013 e de propriedade do sheik árabe Mansour Bin Zayed Al Nahyan, membro da família real e empresário com investimentos globais, o Grupo City nunca esteve com tanta força no Brasil. Partiu do conglomerado a procura pelo São Paulo. Eles enxergam a equipe paulista como uma boa vitrine, tanto que emprestaram o argentino Nahuel Bustos e o venezuelano Nahuel Ferraresi ao time de Rogério Ceni.
Os dois lados entendem que a parceria é positiva. O São Paulo ganha reforços sem custos nas contratações e o Grupo City dá visibilidade a seus jogadores. Bustos e Ferraresi têm contrato até junho de 2023 com a possibilidade de extensão do vínculo por mais seis meses. O valor do contrato é fixado e o clube paulista tem a opção de comprar os atletas ao fim do empréstimo.
Existe o entendimento dos gestores do conglomerado de que é mais vantajoso colocar atletas em um clube como o São Paulo, com grande torcida, alcance e visibilidade na América do Sul, do que em equipes da Europa de pouca expressão. A parceria, naturalmente, também pode facilitar a aquisição de algum atleta do São Paulo por parte do grupo. Essa observação dos elencos passa a ser mútua.
Na visão de Casares, a parceria significa “uma relação promissora e que pode trazer negócios de mercado”. “O Grupo City teve um trabalho transparente e de lisura. Podemos ganhar ou perder, mas o São Paulo hoje é um time competitivo e tem um elenco aguerrido, como há tempos não tínhamos um elenco tão bom quanto temos”, afirmou o dirigente.
?Atacante argentino
Antes de defender o São Paulo, Bustos jogou pelo Girona, um dos clubes pertencentes ao Grupo City. Revelado pelo Talleres, o atacante argentino de 24 anos disse não ter pensado duas vezes para acertar a proposta são-paulina em razão da “história do clube”. “Tem três Libertadores e três Mundiais. Sabia o que significava o clube e estou contente”, justificou. Ferraresi tem passagens por Porto, Moreirense e Estoril, todos de Portugal.
Além do Manchester City, o conglomerado administra New York City (EUA), Melbourne City (Austrália), Yokohoma F Marinos (Japão), Montevideo City (Uruguai), Girona FC (Espanha), Sichuan Jiuniu (China), Mumbai City FC (Índia), Lommel SK (Bélgica), Troyes (França) e Palermo FC (Itália). No Brasil, o conglomerado intensificou seus investimentos ao comprar o jovem Savinho, do Atlético-MG, e está na iminência de assumir o controle da SAF do Bahia, que tenta subir na Série B.
Namoro, não casamento
A parceria envolvendo Grupo City e São Paulo é uma aliança pontual, com interesses mútuos. Logo, trata-se de algo diferente da Sociedade Anônima do Futebol, a SAF. O São Paulo, vale lembrar, não se tornou clube-empresa. “A SAF é um casamento e a parceria que temos com o City, quase um namoro. A gente poderia comparar dessa forma para entender o tamanho do vínculo”, compara a advogada Juliana Biolchi, mestre em direito e especializada em revitalização de empresas, negociações complexas e recuperação extrajudicial.
Na SAF, existe um grupo que é sócio de um clube. Ele toma decisões e arca com ônus e bônus dessa relação. O centro de comando é habitado por um grupo de fora. É algo muito mais estruturado e perene porque se mantém em um longo período de tempo, diferentemente de um contrato que é algo pontual e tem um escopo determinado e bem mais claro.
“Na SAF, você tem o centro de amputação de interesses, ou seja, além das decisões do dia a dia da operação, existem decisões estratégicas, visão de mercado, de futuro, um propósito e objetivo social”, explica Juliana.
Estadão Conteúdo

Reportagem que poderia ser resumida com: “Aparentemente, de maneira superficial, o que foi aberto a todos é que o SPFC será vitrine por tempo determinado de jogadores sem destaque no cenário europeu e que pertencem ao grupo City. Em contrapartida eles terão Cotia na prateleira de opções e prioridade na aquisição de jovens talentos”. De resto não tem muito mais coisa pra entender.
De fato, não esclareceu absolutamente nada, deixou a entender que é isso, mas também não falou claramente quais os termos desse acordo, nem se foi só pra esses dois jogadores, nem se foi assinado algo, nada. Segue sendo um mistério os acordos que o SPFC faz.
Não parece parceria, parece apenas boa relação. Algo verbal e não assinado. Para azedar, basta qualquer uma das partes receber proposta melhor e “trair” a outra.
Irmão algo verbal entre 2 de continentes diferente? Que mundo você vive? Acha que o City iria dar de presente 2 empréstimos de forma verbal?! A falta de informação da matéria não é motivo para ser tão sem noção, a real que o City espera uma devolução do SPFC baseado no que ja viram, Antony, Militão, Casemiro, David etc etc sabem que o SP forma atletas só aproveitaram da má fase tanto do futebol quanto da gestão amadora, bastou ir uns representantes dos shake visitar o Morumbi pra ficarem emocionados trágico e patético.
Acho que vc não me entendeu…
Existem contrato escrito de cada um dos dois jogadores, óbvio.
O que não acredito é que haja contrato de parceria firmando obrigações além disso. Apenas boa relação entre as partes. Pode até ser um protótipo de parceria…
Belo resumo!
O que não serve para lá vem para cá, e o que serve de cá vai para lá.
Esperava o Paulo ser o primeiro a postar nesta matéria…rs
Bom dia, Ícaro.
” O São Paulo ganha reforços sem custos nas contratações e o Grupo City dá visibilidade a seus jogadores “.
Salarios de Europa contam como custos, ou são pagos pelo City ?
Pelo que li dos dois casos são salários que cabem no bolso tricolor. Mas se comparar os salário de jovens promessas do grupo City com os salários dos mlks de Cotia, a diferença é grande. Chegam recebendo como veterano.
Isso faz com que jovens como Igor Gomes peça salário de Europa (disseram que pediu o mesmo que Calleri recebe).
No caso brasileiro, podemos imaginar que o Bahia pode ser a “esposa” do Grupo City e o São Paulo a “amante” que sonha em ser a oficial, mesmo com o “galã” não dando nenhum tipo de esperança!!!
A matéria falou o que qualquer pessoa que acompanha o clube observaria e saberia, mas não disse nada do que a gente quer saber, e ainda colocaram “entenda” na head.
Fui tapeado, mas pelo pouco que vi até aqui, essa parceria parece ser benéfica.
O medo é descobrir depois que em troca de um par de empréstimos o City tem alguma vantagem gigante na observação e aquisição de jogadores da base.
Mas enquanto isso for apenas suposição, é muito melhor investirem num empréstimo do Ferraresi que já tem passagem por seleção onde o futebol é competitivo, do que na compra no zagueiro do Fortaleza com 32 anos.
É isso que eu penso em muitas reportagens. Eu posso até desconfiar, mas não há argumentos para reclamar em uma notícia aparentemente boa. Se fizermos isso, viramos reclamões em toda notícia (boa ou ruim).
Podemos cobrar é transparência, mas dizem que essa vai aparecer no balanço, então temos que aguardar.
Meu resumo da reportagem.
São Paulo é vitrine do grupo City para jogadores de ruim para meia boca e compram promessas da base do São Paulo a preço de banana.
E segue a falta de transparencia q tds nos sempre pedimos.
Se o “namoro” fosse com o Íbis, soltariam rojões em comemoração?
Com uma capacidade de investimento de 700.000.000,00 de dívidas, trazer jogadores como os dois que chegaram, sem custo de aquisição, é mal negócio?
Onde estariam detalhadas as informações e detalhes sobre os salários dos dois jogadores que chegaram?
Sem saber quanto de fato é, mesmo assim, são astronômicos?