Marcelo Baseggio

O São Paulo sofreu sua sexta derrota no Campeonato Brasileiro neste domingo, sendo superado pelo Santos, por 1 a 0, na Vila Belmiro. O Tricolor entrou em campo com um time misto, preservando seus principais jogadores, mas o técnico Rogério Ceni fez algumas escolhas bastante questionáveis para montar a equipe que disputou o San-São.

Marcos Guilherme como ala-direito foi uma delas. O atacante, que já não conta com o prestígio da torcida, tinha a chance de refazer sua imagem se destacando no clássico, mas sua atuação não foi das melhores. Inclusive, na jogada do gol do Santos, o camisa 95 deixa um enorme espaço para Soteldo receber livre e fazer o cruzamento para Lucas Braga cabecear sem chances para Jandrei.

No ataque, o jogador, improvisado como ala-direito, também não foi bem. Mesmo tendo a velocidade como ponto forte, Marcos Guilherme não chegou na linha de fundo com frequência, tampouco levantou bolas na área que levassem perigo ao gol de João Paulo.

Rafinha foi outro jogador que não se destacou defensivamente. O lateral-direito atuou improvisado como zagueiro, formando o trio ao lado de Miranda e Ferraresi, estreante da noite, mas também teve dificuldades para frear o ataque santista, que deu alguns passes em profundidade nas costas do camisa 13.

Coincidentemente ou não, o São Paulo melhorou consideravelmente de desempenho após a saída de Marcos Guilherme para a entrada de Igor Vinícius, que deu mais ofensividade ao Tricolor pelo lado direito, participando de algumas das principais jogadas de perigo criadas pela equipe na etapa complementar.

Moreira poderia ter sido relacionado para compor a lateral direita na vaga de Marcos Guilherme, mas Rogério Ceni preferiu apostar na experiência. No caso de Rafinha, o treinador também poderia ter optado por um jovem formado nas categorias de base. Luizão era apontado antes da partida como o provável escolhido para formar o trio de zaga tricolor ao lado de Miranda e Ferraresi neste domingo, mas sequer figurou no banco de reservas.

Em 23 jogos no Campeonato Brasileiro, o São Paulo conquistou apenas seis vitórias e sofre para subir na tabela. Na 12ª colocação, o time vê o G6 ficar cada vez mais distante. Se antes da competição por pontos corridos era a prioridade do técnico Rogério Ceni, que tinha como principal objetivo garantir a classificação para a próxima Libertadores, agora o comandante tricolor terá de tentar a tão sonhada vaga conquistando uma das Copas, a do Brasil ou a Sul-Americana.

Gazeta Esportiva