Marcelo Baseggio

O São Paulo se classificou para mais uma semifinal nesta quinta-feira ao empatar em 2 a 2 com o América-MG na Arena Independência, pela Copa do Brasil. Mesmo jogando com um homem a menos a maior parte do segundo tempo, o Tricolor, que também está vivo na Copa Sul-Americana, mostrou um espírito bastante aguerrido dentro de campo e superou todas as adversidades para sair de Belo Horizonte com a vaga à próxima fase do mata-mata nacional.

Logo no início do segundo tempo Miranda recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso após uma falta bastante questionável em Everaldo. Com isso, o América-MG, que perdia por 2 a 1, foi para cima e conseguiu empatar poucos minutos depois. A partida, que não vinha apresentando grandes dificuldades ao São Paulo, se tornou dramática, e os comandados de Rogério Ceni tiveram de fazer um jogo de superação.

Mesmo com jovens em campo, o Tricolor não se apavorou e mostrou que vem adquirindo “casca” ao longo da temporada. Mais preparado para momentos decisivos, o time do São Paulo conseguiu administrar bem a desvantagem numérica ocupando o campo de ataque e fazendo os adversários se distanciarem do gol defendido por Jandrei.

Com as alterações promovidas por Rogério Ceni, como as entradas de Nikão e Patrick, o São Paulo teve mais capacidade para segurar a bola no ataque e cadenciar o jogo. Foi assim que o Tricolor pôde neutralizar o América-MG em momentos-chave para evitar um drama ainda maior na Arena Independência.

O esforço do São Paulo ao longo dos 90 minutos foi reconhecido pela torcida, que compareceu em peso no estádio do América-MG para apoiar a equipe. Após o apito final, a massa tricolor foi à loucura e ovacionou os atletas tricolores por darem à ela razões para sonhar com um título nesta temporada.

É verdade que o próximo adversário do São Paulo na Copa do Brasil será uma parada duríssima. Na semifinal do torneio o Tricolor terá pela frente o Flamengo, grande favorito para esse confronto. Mas, o Tricolor também está na semifinal da Copa Sul-Americana, competição na qual tem um caminho teoricamente mais fácil rumo ao título.

Independentemente do adversário e da competição, o time comandado por Rogério Ceni vem resgatando o orgulho do torcedor são-paulino e o DNA de um clube bem-sucedido em Copas, mas que nos últimos anos acumulou eliminações embaraçosas nos mata-matas. A torcida, por sua vez, tem muitos motivos para sorrir.

Gazeta Esportiva