O São Paulo enfrenta uma situação nesta temporada que traz à memória algo parecido com o que aconteceu no último ano. Com a derrota para o Flamengo, por 2 a 0, no último sábado (6), a equipe de Rogério Ceni chegou a seis jogos no Campeonato Brasileiro sem vitórias.

A situação atual na competição lembra a temporada passada da equipe tricolor. Em 2021, Rogério Ceni assumiu o comando somente em outubro. Antes disso, Hernán Crespo era o treinador do elenco. Naquela temporada, fechou a 21ª rodada do Brasileirão com a mesma pontuação que soma hoje: 26 pontos.

Porém, importante destacar que o sufoco do São Paulo foi real. O clube brigou para não ser rebaixado pela primeira vez em sua história até os momentos finais. Apenas na penúltima rodada, após uma vitória por 3 a 1 contra o Juventude, a equipe conseguiu garantir mais um ano em ‘segurança’ na série A.

Porém, esta temporada também não tem sido de bom grado. Somando o Brasileiro do último ano e as 21 rodadas de 2022, em 59 jogos, foram 16 vitórias, 26 empates e 17 derrotas. Isto é, 41,8% de aproveitamento – nem metade.

Ao falar de tabela, o Tricolor também não conta com uma boa folga do Z4. O Fortaleza, que ocupa a 17ª colocação, está somente cinco pontos abaixo do clube do Morumbi.

Muito dessa justificativa que diz respeito ao desempenho do São Paulo no Brasileirão é atribuída às Copas. Vivo em três competições, a equipe enfrenta fortes emoções ao se deparar com as decisões das quartas de final da Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, ainda neste mês.

O ambiente atualmente é de muita pressão. Caso o Tricolor não avance nas competições que disputa além do Brasileiro, a situação fica um pouco mais complicada – e até mesmo, um ‘repeteco’ do último ano.

Em agosto de 2021, a equipe de Crespo foi eliminada da Copa Libertadores após ser derrotada nas quartas de final pelo Palmeiras. Foi a primeira vez que o Verdão superou o Tricolor no mata-mata continental.

Prestes a encarar o Ceará pela partida de volta das quartas da Copa Sul-Americana nesta quarta-feira (10), na Arena Castelão, o time chega com a vantagem mínima. 

Essa série de fatores pode envolver um ponto fora das quatro linhas: a questão psicológica. A matemática é simples: decisões importantes, problemas no Brasileiro, elenco com lesões e pressão dos torcedores. Tudo isso somado gera um efeito em cima dos jogadores.

Um exemplo disso foi visto após a derrota para o Flamengo, no sábado (6). Os meio-campistas Galoppo e Pablo Maia discutiram após a partida.

A briga começou depois de uma cobrança que veio do argentino direcionada ao jovem atleta de 20 anos. Tudo isso porque a cria de Cotia se atrapalhou em um ataque que foi contragolpeado pelo Flamengo e deu origem ao segundo gol do Rubro-Negro. Atletas do Tricolor, além de Thiago Maia, da equipe adversária, ajudaram a acalmar toda a situação.

Ainda é importante destacar que nesta quarta-feira (6), uma disputa de pênaltis pode voltar a assombrar a equipe. Caso o Ceará vença por um gol de diferença, a decisão fica nas penalidades.

A última vez que isso aconteceu na Copa do Brasil foi contra o Palmeiras. Mesmo que acirrado, o resultado foi positivo. Porém, todo cuidado é pouco. Calleri, por exemplo, desperdiçou um pênalti em tempo normal justamente contra o Ceará no jogo de ida.

O encontro do Tricolor com o Vozão nesta quarta-feira (10) acontece às 19h15, na Arena Castelão.

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