Gabriel Neves tem sido um dos principais jogadores do São Paulo nas últimas semanas. O volante uruguaio passou de coadjuvante para titular absoluto do técnico Rogério Ceni em um momento decisivo da equipe na temporada, e agora espera ser recomprado pelo Tricolor.

Gabriel Neves chegou ao São Paulo em agosto de 2021, a pedido de Hernán Crespo, mas demorou para se adaptar ao futebol brasileiro. Em outubro, Rogério Ceni assumiu o comando da equipe, mas inicialmente o volante uruguaio seguiu como reserva, o que o fez cogitar uma saída antecipada do Tricolor.

“Tenho contrato até dezembro. Antes estava contente com o time, mas, como qualquer jogador, tinha vontade de jogar, por isso falei com meu representante sobre alguma possibilidade de sair”, disse Gabriel Neves em entrevista à Radio Sport, do Uruguai.

“Cheguei a falar com equipes da Argentina e outros países, mas também sabia que tinha que me reunir com o São Paulo e entender o que seria melhor para todos. Hoje gostaria de ficar, tenho claro o sonho de jogar na Europa, mas isso é passo a passo, e se tenho a possibilidade de continuar jogando aqui, não duvidaria em seguir no São Paulo”, completou.

O São Paulo pagou 300 mil dólares para assinar com Gabriel Neves até dezembro de 2022. Para que o uruguaio amplie seu vínculo, o clube terá de desembolsar mais 1,7 milhão de dólares em troca de um novo contrato até o fim de 2025.

Atuando como primeiro volante, Gabriel Neves ainda é avaliado pela comissão técnica. O uruguaio ganhou a vaga com a queda de desempenho de Pablo Maia e a lesão de Luan, superando as expectativas no clássico contra o Palmeiras, no Morumbi, pelo Brasileirão, em que foi o melhor em campo. De lá para cá, ele não saiu mais do time considerado titular.

Gabriel Neves, cada vez mais identificado com a torcida são-paulina, também fez questão de elogiar o técnico Rogério Ceni, o comparando com Cacique Medina, que foi seu treinador no Nacional, do Uruguaio, e recentemente passou pelo Internacional.

“É alguém muito apaixonado pelo futebol, muito parecido com o Cacique Medina. Respeito essa vontade de ganhar tudo, de terminar nervoso se perde. Rogério também estuda muitíssimo o rival, mas além de ser um bom técnico, tem essa mensalidade e essa vontade de conseguir coisas, algo muito importante”, concluiu.

Gazeta Esportiva