O Campeonato Paulista já chegou ao fim, e Nikão, reforço mais badalado do São Paulo para 2022, tem a missão de se consolidar no novo clube, passando a dividir o protagonismo com outros atletas prestigiados, como Jonathan Calleri.

Nikão foi o principal investimento da diretoria para a atual temporada e recebeu, inclusive, a camisa 10 em sua apresentação. No entanto, mesmo com uma numeração simbólica estampada em suas costas e vindo de boas campanhas com o Athletico-PR, o meia-atacante não conseguiu se firmar no Morumbi.

Nikão contraiu covid-19 e desfalcou o São Paulo entre o fim de fevereiro e o início de março. O jogador vinha trabalhando forte para se recondicionar fisicamente, já que não está acostumado a disputar o Estadual – o Athletico-PR joga o Campeonato Paranaense com o time sub-23 -, mas teve de cumprir isolamento social, período que comprometeu sua preparação para 2022.

O técnico Rogério Ceni ainda não deu a oportunidade de Nikão disputar uma partida inteira por entender que seu jogador precisa aprimorar a forma física. Dos 14 jogos que participou, o camisa 10 foi substituído nos seis que começou como titular, além de ter saído do banco em outros oito.

“Agora vamos para a Sul-Americana, vamos dar oportunidade para outros jogadores. Esses jogadores agora terão a oportunidade de também mostrar o que podemos melhorar. Você ganha na parte técnica, mas é natural que se perca um pouco de intensidade, porque alguns ainda não estão no mesmo nível físico de Nestor, Sara, Igor Gomes”, comentou Rogério Ceni.

Esse déficit físico de alguns jogadores do elenco tricolor pode ser agravado pelo fato de o São Paulo estrear na Copa Sul-Americana a mais de 3350m acima do nível do mar, contra o Ayacucho, do Peru, em Cusco. Resta saber se Nikão, enfim, dará conta do recado como camisa 10 tricolor.

Gazeta Esportiva