Com a proximidade de uma sequência de jogos com pouco tempo de descanso por até três competições diferentes, o volante Luan pode ser uma peça fundamental para o esquema tático do técnico Rogério Ceni no São Paulo. Recuperado de uma lesão na coxa esquerda que o tirou dos gramados por cerca de cinco meses e com uma transferência ao Santos vetada pela diretoria, o jogador voltou a jogar na última quarta-feira, ao entrar no segundo tempo da vitória contra o Manaus, pela Copa do Brasil, e deve ser mais aproveitado.

“Luan em condições físicas tem tudo pra ser titular como primeiro volante. Pablo (Maia) vem bem, vai ser uma disputa saudável. Todos no clube ajudam como podem o Luan. Sei o quanto é difícil voltar após mais de quatro meses parado. Está nas mãos dele, de se dedicar, evoluir, dar uma afinada e persistir nesse trabalho. Ele está um pouco cansado, não o vejo pronto pra 45 minutos. Mas torço para que ele em breve esteja pronto. Ele é útil e nesse esquema ele tem total capacidade de exercer essa função”, afirmou Ceni após a partida contra o Manaus.

Além de Luan, o treinador são-paulino destacou a versatilidade do elenco, característica muito importante para a disputa futura de três competições simultâneas – casos de Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.

“Eu falo que o elenco é bom aqui, são jogadores homogêneos. O que difere ainda é a parte física. Foi importante ver o Patrick 45 minutos em campo, ajudou na lateral. Luan também, com os primeiros minutos comigo. Quero ver o Luan jogar mais vezes. Minha ideia era começar com ele no próximo jogo, mas precisa de condicionamento físico melhor. Ficou muito tempo parado”, comentou.

“Patrick também, se machucou, ficou parado. Quando ele foi para a lateral, rendeu bastante, correu mais. São todos jogadores tecnicamente diferenciados. O Luciano também. Se esses jogadores entrarem em condição ideal, o elenco se fortalece. São diferentes. Mas para que esses ganhos apareçam no campo, o condicionamento físico é essencial”, prosseguiu Ceni. “Eu sempre sou franco, gosto de todos eles, não escolho um ou outro pra jogar por ter mais simpatia. Vislumbro futuro sempre, que vou usar no próximo jogo, como equilibrar pra não ter lesões, tento manter todos motivados, se dedicam até o último treino. É uma metodologia que adotamos”.

Gazeta Esportiva