O início de temporada do São Paulo vem sendo marcado pela dificuldade da equipe ao enfrentar times com uma postura mais defensiva. Em 2022 o Tricolor sofreu para encontrar espaços em duelos com Guarani, Ituano, Santo André, Inter de Limeira, Campinense, entre outros, sendo obrigado a recorrer ao famoso “chuveirinho”.

Não por acaso o São Paulo é o time que mais cruza no Campeonato Paulista. Em oito jogos pela competição, o Tricolor efetuou 256 cruzamentos, muitos deles errados, na tentativa de balançar as redes de alguma maneira, já que o time não conseguiu encontrar espaços para chegar ao gol rival com a bola no chão na maioria das vezes.

Mas, apesar do insucesso na maioria dos cruzamentos, o São Paulo, em algumas oportunidades, acabou conseguindo chegar ao gol graças a bolas alçadas na área, como, por exemplo, em sua estreia no Paulistão deste ano, contra o Guarani, na emocionante partida contra o Red Bull Bragantino, no duelo com a Ponte Preta e também no clássico contra o Santos.

Mas, apesar de, vez ou outra, o São Paulo acabar tendo resultados com o excesso de cruzamentos, Rogério Ceni sabe que a equipe precisa de mais repertório, principalmente contra equipes de menor expressão, já que em clássicos o Tricolor sofre menos por competir em estado de igualdade.

“As equipes que se fecham bastante tiram sua velocidade de jogo. Não somos um time veloz, somos um time de construção. Às vezes, quando o gramado não é um Morumbi, uma Vila Belmiro, a gente sofre mais”, comentou o treinador são-paulino.

Ao menos essa dificuldade não deverá assombrar o São Paulo na partida do próximo sábado, no Morumbi. O Tricolor terá pela frente o Corinthians, de novo treinador e que certamente não se limitará a defender ao longo dos 90 minutos.

Gazeta Esportiva