O treinador Fernando Diniz foi um dos convidados do programa do SporTV, “Bem Amigos”,  desta segunda-feira (28). Falou sobre o trabalho dele e de outros técnicos do futebol brasileiro. Entretanto, o comandante comentou sobre sua saída traumática do São Paulo, em 2021.

Depois de seis jogos sem vencer no Brasileirão daquele ano, o São Paulo viu a liderança ser perdida, após abrir sete pontos de vantagem. Na 33ª rodada, Fernando Diniz foi demitido. Segundo ele, aquela foi a saída que mais doeu em sua carreira.

“Doeu. Foi um trabalho de muita gente, de uma torcida gigante e apaixonada, e um trabalho sem contratar ninguém, enxugando a folha e dando oportunidades a jogadores em baixa, como o Antony, que cresceu e acabou sendo negociado por um ótimo valor para o clube”.

Diniz disse que  pelo aspecto coletivo, conseguiu fazer o time jogar bem e treinar bem todos os dias.

“Eles se entendiam bem. Foi uma pena termos caído tanto, tirou os dois títulos da nossa mão. Foram seis jogos em janeiro. Nós empatamos dois e perdemos quatro. Aproveitamento de pouco mais de 10%. Tiveram jogos que jogamos muito bem e perdemos. Coritiba foi um, Santos foi outro, mas era aquele momento que mesmo jogando bem, perdia. E tomamos uma goleada do Inter que machucou para caramba”, disse o treinador.

Mesmo com o rendimento em queda, Diniz comentou que acreditava na retomada do time e que ainda era possível buscar o título, mas o trabalho foi interrompido.

“O momento que eu senti que o São Paulo podia voltar foi no meu último jogo. Sou muita intuição. Aqui acho que dá para colocar as coisas no lugar, mas foi exatamente o jogo em que fui demitido. Nós estamos errando nisso, nisso, então temos que trabalhar na relação com os jogadores para reconstruir, para fecharmos e seguir. Eu acho que deveria ter ficado”, concluiu Diniz.

O São Paulo terminou o Brasileiro daquele ano na quarta posição, com 66 pontos. Foram 18 vitórias, 12 derrotas e oito empates, com um aproveitamento de 61,2%.

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