Nesta semana a justiça paulista negou o recurso do São Paulo contra a sentença que condenou o clube a pagar por volta de R$ 25 milhões ao agente André Cury pela dívida de um empréstimo feito em 2019. O Tricolor havia tentado apelar para um recurso ao alegar que a pretensão do empresário apresenta ilegalidades e abusos de cláusulas que impedem a certeza e liquidez das obrigações assumidas com o clube.

Além disso, o clube do Morumbi tentou anular os juros e atualização monetária previstos, todos sem sucesso. O São Paulo ainda tem a opção de recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Porém, não deverá impedir a execução da dívida, que pode penhorar bens ou bloquear as conta do clube.

Vale ressaltar que em setembro do ano passado, o Tricolor havia sido condenado em primeira instância, e tentou apelar por meio do recurso recusado na última quarta-feira. O motivo da dívida é por um empréstimo de R$ 13,7 milhões feito por Cury no dia 8 de julho de 2019 para compra do atacante Raniel junto ao Cruzeiro.

A princípio, o acordo previa que o clube tricolor pagasse o valor em 12 parcelas, a partir de janeiro de 2020. No início de 2020, no entanto, houve um novo acerto entre Cury e o São Paulo. Neste acordo, o empresário daria mais um ano de prazo para o São Paulo começar a pagá-lo. Desta forma, a dívida foi prorrogada para janeiro de 2021, que devido as poucas receitas devido a pandemia da Covid-19 e o não cumprimentos de metas como vendas de jogadores, não foram pagos até o momento.

Atualmente, com juros e correções, os R$ 13,7 milhões pularam para quase R$ 20 milhões em menos de dois anos, que deverão ser pagos em 15 dias. A Justiça determinou, no dia 1° de junho, que o São Paulo faça o pagamento de honorários advocatícios correspondentes a 5% do valor da causa.

Os problemas do Tricolor com Cury vai muito além da questão de Raniel. O clube já havia sido condenado a pagar uma dívida com o empresário referente a comissões referentes as negociações de Lucas Pratto e Paulo Henrique Ganso. Incluindo correção e honorários, o valor do débito supera R$ 12 milhões. Ao todo, o São Paulo deve mais de R$ 30 milhões ao empresário, que tem a receber cerca de R$ 180 milhões a outros clubes brasileiros, é representado na Justiça pelas advogadas Adriana Cury e Fernanda Saade.

Mercado do Futebol