São Paulo calcula uma economia de cerca de R$ 23,5 milhões com as rescisões de contrato de Vitor Bueno e Pablo, firmadas nesta semana. O alto valor que será poupado, inclusive, quase equipara o investimento feito pelo ex-camisa 9 tricolor, adquirido por R$ 26 milhões junto ao Athletico-PR no fim de 2018.

Fora dos planos da diretoria para 2022, Vitor Bueno e Pablo foram avisados que não treinariam com o restante do elenco na pré-temporada, ficando livres para procurar qualquer outro clube. No entanto, a dupla ainda tinha mais dois anos de contrato com o São Paulo e, sem propostas de compra de seus direitos econômicos, se viu na necessidade de negociar a rescisão de seus contratos.

Na negociação com Vitor Bueno, o São Paulo aceitou pagar R$ 2 milhões de forma parcelada, valor que devia ao atleta, mas se livrou de ter de arcar com tudo o que ele teria direito a receber até o fim de seu contrato, calculando uma economia de R$ 9,5 milhões.

Com Pablo, a situação foi parecida. O Tricolor aceitou pagar de forma parcela a dívida retroativa com o jogador, de R$ 2,5 milhões, e se livrou de arcar com o que o camisa 9 teria direito a receber até o fim de seu contrato: R$ 14 milhões. A diferença neste caso foi a manutenção de 30% dos direitos econômicos do atacante, visando lucrar em caso de uma possível futura negociação.

A estratégia do São Paulo de reduzir a folha salarial é parecida com a do Corinthians na temporada passada, quando se livrou de uma série de atletas para trazer poucos, mas bons nomes.

Com menos encargos, além do aumento das receitas com marketing, o Tricolor, aos poucos, vai deixando para trás os enormes prejuízos causados pela última gestão. Mas, todo o cuidado é pouco, já que a crise financeira ainda existe e novos equívocos podem levar o clube de volta à estaca zero.

Gazeta Esportiva