Patrick foi apresentado oficialmente como reforço do São Paulo nesta sexta-feira. O meio-campista de 29 anos deu suas primeiras palavras como atleta tricolor e mostrou personalidade, algo que o técnico Rogério Ceni sentiu falta quando assumiu o clube no final do ano passado.

“Eu sou um cara emotivo, principalmente dentro da partida. Quanto mais eu estiver vibrando dentro do jogo, melhor para minha performance. Vou tentar cobrar, brigar com juiz, vou tentar dar meu melhor para o São Paulo dentro e fora de campo”, disse Patrick.

Após quatro temporadas no Internacional, Patrick chega ao São Paulo com o desafio de ser um dos líderes do elenco. No Colorado, o jogador ficou marcado pela provocação ao Grêmio no Grenal, erguendo, em campo, caixões de papelão com as cores do time rival, que caminhava a passos largos para a Série B e havia perdido o clássico por 1 a 0, no Beira-Rio. O episódio gerou uma briga generalizada, e o Pantera Negra terminou expulso.

“Sobre a rivalidade, Inter e Grêmio têm sua rivalidade. Dentro do contexto, do que acontece, a gente age de acordo com a emoção. Naquela ocasião, a emoção foi aquela. Diante dos clássicos e dos jogos que eu tiver pelo São Paulo, vou continuar sendo eu mesmo. Se tiver que acontecer alguma coisa, vai acontecer. Mas, é sempre lutar e buscar a vitória com a camisa do São Paulo. O pensamento é esse”, prosseguiu, sem fugir de polêmica.

A forte personalidade de Patrick se enquadra no perfil de jogadores traçado por Rogério Ceni para a temporada de 2022. A intenção do treinador é ter um elenco mais vibrante, mais inconformado.

“Eu sou muito transparente com meus sentimentos. A cobrança é natural, tem que acontecer dentro de um grupo. Num intervalo de um jogo, se a equipe não está bem, a gente tem que se cobrar para estar bem dentro de campo. Todos têm que ter essa atitude. Se a gente não está fazendo uma boa partida, temos que nos cobrar, levantar nosso moral e buscar o resultado”, afirmou.

“Não quero carregar esse fardo de chegar e mexer no vestiário, brigar, mas a gente tem que se cobrar para poder evoluir. Evoluindo e brigando, se ajudando dentro de campo, quem tem a ganhar é o São Paulo”, concluiu Patrick.

Gazeta Esportiva