O futebol brasileiro poder ter que ver em breve a implantação de seu próprio Fair Play Financeiro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quer discutir o assunto novamente em 2022, segundo informação de Rodrigo Mattos em seu blog no Uol Esporte.
O plano para a implantação dos mecanismos de controle de gastos dos clubes de futebol foi pensado pela entidade em 2019, com a chance de ser implementado em 2022. Mas a pandemia do coronavírus, iniciada em 2020, postergou os planos e também 2021 não houve a implantação do projeto, que deve ser novamente discutido em 2022, com o início definitivo das regras, em especial da punição dos clubes que infringirem as normas financeiras a serem implantadas pela CBF.
No entanto, o Fair Play Financeiro é um assunto que divide os clubes. Há aqueles favoráveis à implantação das regras financeiras e outros contrários, além daqueles que pedem um novo adiamento para adaptar seus orçamentos às regulamentações. A discussão não impedirá que se discuta a implantação já em 2022.
“É uma retomada de cronograma. Por sugestão dos clubes, ficou para 2022”, afirmou Reynaldo Buzzoni, diretor de registro, transferências e licenciamento da CBF.
O principal ponto a ser discutido é a punição que os clubes podem sofrer se quebrarem tais regras. No que a entidade quer implantar, apenas os clubes que não enviarem seus orçamentos para serem analisados é que poderão sofrer sanções. Quem gastar mais do que arrecada, que é o ponto principal do uso do Fair Play, não seria punido. Por causa das eleições na CBF, não há chances de que isto seja colocado em prática já para o próximo ano.
“Tem questão de punição. Se os clubes não apresentarem o plano de trabalho, por não estar no parâmetro, ele vai ser punido. Vai sofrer uma sanção. Tem que apresentar um plano de trabalho. Não vai resolver em um ano. Tem quer ser um plano bem estruturado e que não seja fictício. Sanção vai de advertência à proibição de contratar”, explicou o diretor da entidade.
Torcedores.com
Acho que isso é inevitável, se a liga quiser ser balanceada (com vários times se alternando na disputa e sem sempre os mesmos disputando todo ano) e ter times sustentáveis e que andem com suas próprias pernas.
Em qualquer lugar que tivemos fair play financeiro, houve uma adaptação, uma transição em um período de alguns anos para que os times pudessem se enquadrar nas regras. Dessa forma, quem não está dentro das regras hoje teria um período de graça para se adaptar sem sofrer punição.
“Quem gastar mais do que arrecada, que é o ponto principal do uso do Fair Play, não seria punido” o principal benéfico que seria controlar em tese diretores incompetentes não irá funcionar ? Piada
è “fair play” com dirigente!
Me parece que isso é apenas uma proposta para um período inicial de adaptação. Se fosse começar já punindo, não teria times o suficiente pra fazer os campeonatos, uma vez que eles já fizeram as lambanças e têm contratos vigentes que não podem simplesmente ser rasgados.
Fair play financeiro tem que existir pra ligas fortes, aqui, no momento a gente precisa mais é de investimento externo mesmo.
Lembrando que o Fair play financeiro, também rebaixam os clubes que não cumprem com salários e imagens do seus atletas.
Concordo com o Tarcio.
Mais acho que tem que ter uma lei mais rígida para clubes devedor tem que ser paga esses dividas.
Concordo com vc e o Tarsio, mas a implementação da Lei, com um prazo digamos de 5 anos de carência para adaptação poderia já passar a valer. Ou seja, se iniciasse em 01/01/22, as punições seriam aplicáveis a partir de 01/01/27, E até lá os clubes teriam que se adaptar para não incorrerem nestas punições.
Se vão fazer um planejamento de austeridade, se tornarem SA, etc, não importa…. O que interessa é se ajustarem e mudarem a forma e filosofia de administrar a instituição….
Exato, o legal era impedirem os clubes de quebrar, não de investirem e contratar.
A liga hoje tem 3 times que não são ridículos, o resto é só veterano e refugo misturado com jogador “promissor” de segunda linha.
Impedir de contratar é garantir que vai continuar desse jeito.
Quando o SP estava em vias de ser tetra consecutivo do BR, começou um movimento pra voltar o mata-mata no Brasileirão. Se fosse o SP o clube papão de títulos de um mecenas, certamente, isso seria tema pra retirar-lhe a hegemonia. Lembro me de que quando um sócio milionário do SP ajudou a comprar o Centurión, apareceram vozes na imprensa dizendo que aquilo era ilegal, imoral e outras baboseiras.
O Brasil avacalhou o VAR.
E vai conseguir avacalhar o fair play se este for implementado.