Martín Benítez vem contando com o apelo de boa parte dos torcedores são-paulinos. Com a ineficiência do ataque tricolor, o meia argentino é apontado como uma provável solução para o problema devido à sua capacidade de criar boas jogadas. No entanto, o técnico Rogério Ceni tem dificuldades para usá-lo como titular.

Benítez até chegou a figurar entre os 11 iniciais nos dois primeiros jogos de Rogério Ceni nesta sua segunda passagem como técnico do São Paulo, mas depois perdeu espaço. Contra o Ceará, foi substituído na reta final da partida. Já contra o Corinthians saiu no intervalo.

Embora não tenha sido titular desde o Majestoso no Morumbi, Benítez participou de quase todos os outros jogos do São Paulo, sempre entrando no segundo tempo. Contra o Fortaleza, por exemplo, foi quem livrou o Tricolor da derrota, marcando um lingo gol de falta já no apagar das luzes.

“4-4-2 plano, com duas linhas de quatro e dois homens de frente. Não posso botar ele [Benítez] de volante, tenho dois caras de intensidade por dentro. Na frente, tem Rigoni e Calleri ou Rigoni e Luciano. Eu não posso ter o Benítez pelos lados. Eu vou matar ele de tanto correr, ele não vai produzir. Dentro de um sistema, tenho que aproveitar o que eu tenho de melhor”, explicou Ceni.

Apesar de não ser visto hoje como titular pelas características do elenco, Benítez segue sendo útil para Rogério Ceni em situações específicas e, inclusive, se depender do treinador, ele seguirá no São Paulo em 2022, apesar de ter contrato por empréstimo válido somente até o fim deste ano.

“No segundo tempo contra o Palmeiras, ele entrou em um 4-2-3-1, jogando pelo centro, como ele jogava no Independiente, onde teve maior sucesso. Mas, eu preciso de jogadores que façam o corredor, que ajudem. O Sara ajuda muito no corredor. O Marquinhos é um jogador que obedece mais a parte tática. O jogo não é feito só de talento. É um jogador muito qualificado tecnicamente, mas não tem essa condição de fazer os lados de campo. Por isso que é difícil de encaixá-lo no sistema de jogo. Isso não diminui o talento, a qualidade, a admiração, é um cara agradável de se trabalhar no dia a dia. Só tenho elogios a fazer ao Benítez”, completou o treinador do São Paulo.

Gazeta Esportiva