Em meio às polêmicas e até mesmo terrorismo de alguns, os debates mais sadios já começam a ser feitos entre sócios por intermédio de conselheiros e líderes de grupos. Como a maioria nem se aprofunda e só discute 2 ou 3 pontos, segue uma mensagem feita entre associados que visa explananar mais o assunto.

Na verdade, é para quem quiser ler sobre as partes e não atacar ou bovinamente ler títulos de matérias e hashtags demagogas, no mais, o debate é livre desde que com respeito:

“Caro associado,

Você já deve ter ouvido falar sobre a proposta de reforma estatutária. No entanto, conseguiu se aprofundar no assunto? Aqui, em menos de cinco minutos de leitura, vou lhe mostrar pontos para ajudar na hora de tomar a sua decisão. O caminho para a reforma ser colocada em prática é simples: se aprovada no Conselho Deliberativo, será a vez de os associados decidirem se devem ou não aceitar a reforma. Leia com atenção e diga “sim” para colocar o nosso querido São Paulo Futebol Clube no trilho do sucesso.

1) Os interessados em deixar o clube longe das reformas falam em golpe, mas se esquecem de que o próprio estatuto prevê a possibilidade de análise de reformas. Aliás, a peça já teve até uma primeira revisão – quando passou a não ser mais permitido que conselheiros fossem remunerados. Curiosamente, os mesmos que reclamam hoje da reforma foram os que perderam os seus cargos.

2) Outro ponto que pode ter gerado algum tipo de discussão é o da proposta de “chapas fechadas”. Desta forma, o voto no momento da eleição será baseado na coerência de convicções, de concepções e de princípios dos integrantes das chapas. Assim, valores coletivos serão colocados em primeiro plano, sendo deixados de lado o personalismo e os valores individuais.

3) Para o convívio em sociedade é necessária a criação de regras mínimas de convivência. Com a reforma, poderá ser aplicada a pena de suspensão preventiva para quem cometer infrações.

4) O Conselho de Administração terá ainda mais liberdade na tomada de decisões e no apoio aos demais órgãos responsáveis pelo comando do Clube. Afinal, com a mudança, o Presidente do Conselho de Administração não será mais necessariamente o Presidente da Diretoria – que hoje acumula os dois cargos.

5) Para uma transição adequada no modelo administrativo do Clube, sem desperdiçar talentos que estão no quadro associativo e no Conselho Deliberativo, o São Paulo Futebol Clube poderá contar, se for julgado necessário, com a participação de Diretores Institucionais. Desta maneira, também, o associado e o torcedor poderão contar com alguém que não vai virar as costas para o São Paulo Futebol Clube após o seu período como o seu representante na Instituição.

6) Sem a possibilidade de reeleição, mesmo se tiver cumprido um excelente mandato, o Presidente não tem o direito de disputar a eleição. Hoje, quase todos os principais Clubes, do Brasil e do Mundo, permitem que a reeleição. A reforma muda tal cenário – lembrando que uma possibilidade de reeleição não é igual à permanência no cargo. Afinal, será realizada uma nova eleição e a lógica diz que só um bom mandatário vai ter sucesso nas urnas.

7) Da maneira como é hoje, o Clube vive em constante movimento político. As campanhas em curto espaço de tempo atrapalham o dia a dia do associado e do ritmo de trabalho no Morumbi. Ao término de uma eleição, o Conselheiro já começa a se preparar para a próxima. Para que os representantes estejam focados apenas na Instituição, o mandato será ampliado – sendo o ciclo de seis anos para o pleito no Deliberativo.

8) Para dar mais autonomia à Diretoria Executiva e, de acordo com a desvalorização da moeda, os valores de contratos que devem ter prévia aprovação do Conselho foram reajustados – sendo a primeira alteração desde o fim de 2016.

Se você leu até aqui, agora terá mais condições de analisar de maneira o que é proposto na reforma estatutária. Qualquer dúvida, converse com um Conselheiro. Ajude o São Paulo Futebol Clube a voltar aos dias de glória”