Momento.

Momento pode ser  1 segundo, alguns minutos (de um jogo), um ano ou mesmo uma década quando a palavra momento se refere a futebol. “Futebol é momento”

Estendamos a um contexto maior. Ao mundo além das quatro linhas.

Você hoje pega transporte com um carro de outrem, que para na porta da sua casa. Táxi? Não, aplicativo de mobilidade urbana.

Ainda “ontem”, você pegava um ônibus e tinha que pagar com dinheiro. Hoje? Um bilhete eletrônico faz o serviço fácil fácil.

“Anteontem” você dependia de uma TV por assinatura que tinha seu horário fixado, se desejava ver algo além da ultrapassada TV aberta.

O momento nós dá o streaming, vejo o que quero, quando quero.

O mundo mudou.

Evoluir é questão não apenas decorativa, é questão de sobrevivência.

Voltando pro mundo do futebol, já que nosso coração pulsa por um clube que teve momentos únicos (de minutos, meses e anos) na história brasileira.

O ontem?

Vanguarda em execução. Em todas as áreas. Estádio, fisiologia, Reffis.

Posição de importância no Brasil.

Glórias dentro das quatro linhas.

Alma.

O São Paulo Futebol Clube foi sinônimo de tudo isso.

O momento são-paulino?

Este é duradouro. Um momento que tem tudo pra virar situação, situação que tem tudo pra virar estado permanente.

Um clube desmaiado que está na Uti. UTI prestes a virar estado vegetativo.

O presidente do clube aparece pra dizer que os clubes dependem de vendas pra que sua sobrevivência seja possível. Os três primeiros do campeonato brasileiro vendem jogadores pouco importantes. (ao contrário de nós)

Modernizaram.

Buscaram soluções.

O diretor aparece a cada momento “conveniente”, como um Gilmar Mendes, pra dar declarações que pouco acrescentam ou tem conexão com a realidade. E ainda deixa patente o quanto caiu de paraquedas no cargo.

A centena de conselheiros somada não dá um com QI suficiente pra entender o mundo e o futebol modernos. (Sim o cérebro também pode se adaptar e aprender, buscar soluções)

O futebol mudou.

Habilidade vem em segundo plano. Preparo físico, potência muscular e obediência tática são primordiais. Some-se a isso um jogador com capacidade de pensar rapidamente e você tem um time capaz de enfrentar qualquer clube no Brasil. Tendo a terceira maior torcida do Brasil, tem que ser MUITO incompetente para não ficar entre os oito primeiros (parabéns diretoria)

O SPFC revela jogadores pra abate. Quem pagar a merreca que esses dirigentes acharem palatável ( por qual critério?) , leva. (Merreca que os mesmos dirigentes estão conseguindo em contratos de patrocínio e outras negociações)

Tanto que eles são mirrados (e mimados, por culpa do clube também) sem força ou corpo pra enfrentarem jogadores graúdos. Não se faz o trabalho básico pra que cheguem ao profissional com a força necessária. (atraso absurdo na fisiologia, basta comparar com outros clubes subindo jogadores com muito mais potencial físico)

Pra botar a pá de cal, de vez, querem estender tempo de presidência e ter reeleição, segundo informações vazadas. Se isso não é estado vegetativo,  é uma pré declaração de óbito.

O mundo mudou, o futebol mudou. O SPFC não. Gente dos anos 80, que acredita estar ainda neles. Usando TV de tubo, com dificuldade de acessar um Twitter ou até mesmo mandar uma msg no “zap zap”.

Resultados não diminuem um clube. A torcida não torna o time pequeno. Dirigentes sim.

O SPFC não precisa de gente “bem intencionada” ou minimamente competente.  Precisa de gente inovadora, com excelência comprovada, visionária e que use a marca com o potencial que tem, em prol do clube e não por interesse próprio, seja esse o orgulho de ter carteirinha de conselheiro ou até levar vantagem em algo.

Não é uma questão a ser debatida, é uma questão (urgente) de sobrevivência.

O balanço dessa diretoria hoje é pífio. Nenhuma contratação certeira. Até Calleri ainda é uma dúvida. Dívida sem solução clara, contratos estranhos e valores bem abaixo de adversários. Em contratos longos.

Talvez seja a hora do torcedor ter outro tipo de atitude. Se manifestar como faz contra governos. De forma um pouco mais veemente. Por que não? (sempre sem agressão, obviamente)

Um abraço a todos do Blog. (Me mantenho afastado daí por esse time estar tirando meu sono). Que estejam todos saudáveis e bem.

Ps:

Ceni: o básico do treinador é não inventar no jogo. Treinou? então faz no jogo. Treinar não é experimentar UMA vez, no CT, um atacante de lateral.  E acreditar num meio campo com apenas jogadores da base (e sendo Igor Gomes um deles), é acreditar em papai Noel.

Torcida: com poucas exceções (o técnico atual do Vasco sendo uma delas), o grande problema do SPFC não é o técnico. O pessoal da Bocha (apenas uma referência visual), sim. Os próximos anos devem ser de muita emoção (e não a boa, infelizmente)