Ao que tudo parece, a história de Daniel Alves no São Paulo acabou.

Depois de servir a seleção, ele não se reapresentou no clube. Segundo a direção são-paulina, ele comunicou que só volta ao clube se receber a montanha de dinheiro atrasado que tem direito: algo como R$ 12 milhões.

Como o São Paulo nem em sonho tem esse dinheiro no cofre hoje, e a relação está totalmente corroída, não tem mais volta.

Já relatei várias vezes aqui a quantidade imensa de erros do São Paulo com o jogador: contratou alguém que não podia pagar, deixou ele escolher posição, não coibiu seus caprichos e permitiu que ele fosse para a Olimpíada mesmo sem a obrigação de liberá-lo e ganhou em troca uma humilhação mundial

Mas tudo isso não esconde um erro de Daniel Alves do tamanho da sua galeria de títulos: ele não entendeu o tamanho do São Paulo.

Daniel Alves ficou por dois anos no São Paulo achando que estava em um clube de segundo escalão da Europa, como se sua presença fosse um grande favor ao time.

Não importa que o São Paulo hoje é um clube endividado, com estrutura corroída, que em mais de dez anos só ganhou dois títulos de segunda linha: a Sul-Americana de 2012 e o Paulista de 2021.

O lateral foi incapaz de ver que o São Paulo é tão grande como Barcelona, Juventus e PSG, três dos quatro clubes que defendeu na Europa.

Pior. Daniel Alves teve no São Paulo um desempenho em campo no máximo mediano. Muito pouco para quem tanto esnobou um clube três vezes campeão mundial.

Paulo Cobos