São Paulo que hoje busca um centroavante, e está perto de fechar com Dario Benedetto, ficou bem perto de ter uma estrela que hoje pode atrapalhar sua vida a partir das 16h (de Brasília), no Maracanã.

Ídolo, artilheiro e referência do Flamengo, campeão de quase tudo nas últimas duas temporadas, Gabigol ficou muito perto de vestir a camisa são-paulina antes de fazer todo esse sucesso no futebol carioca. E de ser esperança de gols no duelo deste domingo (25), pelo Campeonato Brasileiro.

As negociações que quase acabaram com Gabriel no Morumbi ocorreram na reta final de 2017. Livre do rebaixamento, o São Paulo começou a projetar a próxima temporada, sob comando de Dorival Júnior e Raí, recém-empossado como executivo de futebol.

“Quando eu me reuni com o Raí, ele me falou: ‘Dorival, eu tenho dinheiro pra contratar um jogador’. E eu falei: ‘Raí, posso te falar uma coisa? Eu não quero que vocês tragam ninguém que não seja a nível de São Paulo, mas eu preciso de um jogador. Um atacante de lado'”, contou o técnico, hoje desempregado, em entrevista ao jornalista Jorge Nicola.

“Ele me pediu três nomes. Eu dei o do Everton [Cebolinha], do Bruno Henrique e do Gabigol. Estávamos fechados com o Gabigol”, disse Dorival.

Encostado na Inter de Milão, o atacante chegaria como grande nome do São Paulo para a temporada 2018. O acerto era iminente, tanto que Gabriel e Dorival Júnior, que já haviam trabalhado juntos no Santos, mantiveram conversas por telefone e até discutiram qual seria sua posição.

“Pode perguntar para o Gabriel. Ele, inclusive, pediu para jogar como centroavante e eu falei: ‘tá bom, não tem problema’. A gente conversou uma seis vezes. Eu saí dos Estados Unidos achando que o Gabriel estava contratado”, afirmou Dorival, em outra entrevista, à Gazeta Esportiva.

No fim, o desejo de ver Gabigol no São Paulo não se concretizou. O Santos, a partir da entrada do dirigente Gustavo Vieira de Oliveira (sobrinho de Raí) na jogada, conseguiu o empréstimo do atacante com a Inter de Milão. Com 27 gols em 52 jogos, ele se destacou e nunca mais voltou para a Itália.

Um ano depois, Gabriel desembarcou no Flamengo para formar o super-time bicampeão brasileiro, campeão da Conmebol Libertadores e tantos outros títulos. Em 2021, são 18 gols em 18 partidas, média impressionante de um por jogo que pode ter sequência logo mais.

Cabe ao São Paulo impedir. Classificado às quartas de final da Libertadores, o Tricolor vive má fase no Brasileirão, próximo da zona de rebaixamento, e vai ao Maracanã para defender um tabu: não perde para o Flamengo desde 2017.

Seria muito mais fácil manter a escrita com Gabigol vestido de tricolor, mas esse casamento ficou mesmo no quase.

ESPN