Diretoria descarta fazer loucuras pelo centroavante argentino de 27 anos e coloca departamento de futebol atrás de nomes mais baratos no exterior

Com dificuldades para contratar Jonathan Calleri por causa das cifras envolvidas na negociação, o São Paulo vai à procura de jogadores com custo baixo no mercado da bola. A ideia é conseguir atletas que rendam e não demandem um investimento elevado ao clube. A diretoria monitora os mercados de América do Sul e Europa para encontrar um nome que se adéque ao padrão adotado nesta temporada.

O diretor de futebol Carlos Belmonte Sobrinho, o coordenador técnico Muricy Ramalho, o executivo de futebol Rui Costa e os membros da comissão técnica de Hernán Crespo se uniram aos analistas de desempenho na busca por atletas que possam se encaixar no atual elenco e que não onerem os cofres. Os nomes dos possíveis alvos são tratados com sigilo pela cúpula e também pelo departamento de futebol.

Não à toa uma das ideias é que um provável reforço para o setor chegue ao clube sem receber luvas, valor pago como bônus pela assinatura do contrato. O montante é normalmente diluído em meio ao vínculo, ao lado de outros valores, como salários e direitos de imagem.

O principal obstáculo na tentativa da contratação de Calleri, atleta de 27 anos, é o valor pedido pelo Deportivo Maldonado, do Uruguai. O clube quer receber US$ 9 milhões (R$ 46,4 milhões na cotação atual) à vista pela venda do atleta, que ainda tem contrato até julho de 2022. O Tricolor paulista tenta negociar o montante e a forma de pagamento. A intenção é parcelar a quantia e começar a pagá-la apenas a partir de janeiro do próximo ano.

A questão financeira se tornou a grande preocupação da gestão de Julio Casares. Com uma dívida que supera os R$ 600 milhões e débitos a curto prazo para pagar, o presidente evita contratações que demandem taxas de transferências. Até agora, somente dois atletas foram contratados após pagamento de um valor aos clubes: o lateral direito Luis Orejuela e o meia-atacante Emiliano Rigoni. Em ambos os casos, os pagamentos são diluídos em mais de uma temporada.

As demais contratações do Tricolor paulista adotaram o padrão que a cúpula pretende repetir na busca por reforços para o ataque. O zagueiro Miranda, o volante Willian e o atacante Eder foram contratados de forma gratuita, todos sem contrato. O meia-atacante Martín Benítez e o atacante Bruno Rodrigues chegaram por empréstimo, com opções de compra dos direitos econômicos. Ambos tiveram um valor baixo.

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