São Paulo esperou mais de oito anos para voltar a comemorar um título. E, 15 dias após a conquista do Campeonato Paulista, que pôs fim à fila, o time luta para evitar uma turbulência que foi bem comum em tempos recentes.

O time de Hernán Crespo volta a campo nesta terça-feira (8) para enfrentar o 4 de Julho e buscar a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Como perdeu por 3 a 2 no Piauí, precisa vencer por dois ou mais gols de diferença no Morumbi para não aumentar sua lista de eliminações no torneio.

Isso tudo após uma semana de maus resultados. Depois de ser campeão paulista sobre o Palmeiras e fechar a fase de grupos da Conmebol Libertadores com vitória dos reservas sobre o Sporting Cristal, o Tricolor não venceu mais.

Empatou na estreia do Campeonato Brasileiro, com o Fluminense, no Morumbi, e depois caiu no pesado gramado do Estádio Almeidão, em Teresina, na abertura da sua campanha na Copa do Brasil. Por fim, levou 2 a 0 do Atlético-GO no sábado (5).

Foi a primeira vez que o São Paulo perdeu jogos consecutivos desde a chegada de Crespo. Antes das derrotas recentes, a equipe havia sido superada somente duas vezes, para Novorizontino, no Paulistão, e Racing, na Libertadores.

O saldo, claro, é para lá de positivo. Além do título já ganho, o São Paulo venceu 14 dos 25 jogos da temporada, empatou sete vezes e perdeu só os quatro já citados. Mas a “ressaca” pós-título paulista coloca o time sob pressão antes de uma partida decisiva.

A vitória e consequente classificação encerra o princípio de turbulência e coloca o Tricolor na próxima fase da Copa do Brasil, enquanto uma eliminação no Morumbi só aumenta o calvário do time no torneio que nunca foi conquistado.

Em 20 participações na Copa do Brasil, o São Paulo só chegou a uma final, em 2000, quando perdeu para o Cruzeiro, e acumula derrotas para consideradas zebras.

Foi assim, por exemplo, em 1990 (Criciúma), 2003 (Goiás), 2011 (Avaí), 2012 (Coritiba), 2014 (Bragantino) e 2016 (Juventude).

Vale lembrar que, em alguns de seus melhores anos, o São Paulo não participou do torneio, como em 1992 (recusou a vaga por conflito de calendário) e de 2004 a 2010, quando os times da Libertadores ficavam automaticamente fora da Copa do Brasil.

Agora, em busca desses melhores anos novamente, evitar uma eliminação em casa é fundamental.

ESPN