Caros amigos e amigas tricolores,
O novo programa sócio torcedor do São Paulo FC está sendo desenvolvido em parceria com a Fëng, empresa que gere programas ST de sucesso recente, como o do Santos e do Vasco, e outros já consolidados, como o do Flamengo. Embora confesso não conhecer a forma de atuação da empresa e as desvantagens desse tipo de contrato para o clube, depois de muitos anos hoje fico feliz por acreditar que pessoas dentro do clube estão trabalhando pelo bem do SPFC e quero entender que no cenário atual não existia opção melhor do que a Fëng. O intuito desse artigo, no entanto, não é enaltecer a gestão atual ou criticar a anterior, não é avaliar o programa ST existente nem o que está em desenvolvimento, e sim abrir um espaço de discussão sobre como nós, torcedores comuns, podemos apresentar algo diferente e para ajudar nosso clube do coração com idéias que, talvez por parecerem muito simples, nem passam pelas cabeças dos grandes diplomas e altos salários do departamento de marketing, scout, análises e tantos outros do clube. Um dos “Pelés” da minha profissão, Henry Stommel (1920–1992), é tido até hoje como um gênio por sua habilidade de responder questões complexas através de conceitos e idéias simples, as quais continuam norteando a oceanografia após mais de 80 anos. E foi tentando pensar simples que surgiu a idéia por trás desse artigo. Após anos acompanhando o blog em “modo leitura”, decidi escrever um e-mail para o Zanquetta na semana passada, quando ele respondeu ao comentário de um colega sobre o programa ST com a pergunta: “Você tem alguma sugestão?”— e eu tinha.
Mas como uma simples idéia nem sempre é acompanhada de uma simples execução, o Zanquetta então me convidou a expor essa minha idéia em um artigo para o blog, para que todos nós possamos discutir em volta do tema. Na minha opinião, o blog do São Paulo é hoje uma das fontes mais confiáveis de informações sobre o SPFC e, embora nos passe despercebido muitas vezes, é um canal pelo qual nossa voz pode ser ouvida pela nova direção do clube. Nós, frequentadores do blog, podemos nos tornar uma voz construtiva, e juntos tentarmos levar mudanças de baixo pra cima, visando um SPFC melhor. Abaixo, apresento uma idéia para incorporar ao programa ST. Na minha opinião, essa seria uma proposta atrativa para o clube e o torcedor. Peço ao Zanquetta e outros que conheçam o dia a dia do clube que expliquem a possibilidade de novas idéias como essa servirem ao SPFC, mesmo sob contrato com a Fëng. Aos amigo(a)s publicitários, advogados, administradores, economistas, matemáticos etc, que comentem sobre a viabilidade de tais propostas; e o mais importante, aos torcedores e torcedoras em geral que compartilhem idéias relacionadas à essa, contribuindo para que possamos levar nosso clube de volta ao patamar que ele merece.
Força nos números
Antes de mais nada, acredito que um programa sócio torcedor não pode ser um programa “sócio torcedor rico” nem “sócio torcedor altruísta”. Acredito que o tempo é um dos bens mais preciosos que temos, e o tempo que cada um de nós reserva para o São Paulo no nosso dia a dia mostra a importância do clube para nós. No entanto, sou contra a idéia de sócio torcedor pagar “apenas por amor ao clube” (hoje mesmo eu não sou sócio torcedor). E pergunto: será que todos nossos jogadores profissionais que dizem amar o SPFC estão inscritos no programa sócio torcedor atual, na cota máxima de mais de R$5000 reais/ano? Tudo gira em torno de ação e reação, quid pro quo: quando o assunto é dinheiro então, nem se fala.
Assim sendo, defendo a criação de um programa sócio torcedor inclusivo, com cotas de R$1,00/mês. Minha opinião mais radical acerca do tema traria até uma “filiação gratuita” com um cartão virtual, onde o clube estaria em contato próximo para promover ações, lançar programas, além de ter um cadastro e maior controle dos torcedores que frequentam o estádio. Um pacote sem muitos benefícios para o assinante, mas também sem muitos gastos pro clube, quid pro quo. De qualquer maneira, essa filiação, mesmo que gratuita, aumentaria o contato direto com o torcedor sem distinção financeira, que poderia dizer com orgulho “também sou sócio torcedor”. Um número (muito) maior de sócio torcedores aumentar o alcance das ações publicitárias do clube, o que é fundamental para o que proponho a seguir.
Algumas contas no guardanapo
Não sei o número correto (não achei no site do clube), mas em um levantamento divulgado uns anos atrás aqui no blog, o São Paulo possuía perto de 30.000 sócios torcedores. Sabendo que hoje o plano mínimo é $12/mês,
30.000 x R$12 = R$360.000/mês.
Com um plano mínimo de R$1/mês, atingiríamos esse valor com 360.000 torcedores. Pode não parecer muito fácil, mas se o Vasco conseguiu 150 mil novos membros em uma promoção de Black Friday (com a Feng, façamos justiça), acho que 360 mil não seria algo impensável para um clube da grandeza do SPFC. Na minha opinião, passaríamos de 500 mil facilmente. Vi inúmeras vezes no blog pessoas pedindo socorro a Abílio Diniz, patrocínio da Amazon e naming rights, quando o maior patrocinador do clube na minha opinião pode ser o próprio torcedor (e um dia teremos direito a voto!).
Idéias simples para problemas complexos
Chego à seção principal desse artigo retornando ao conceito de idéias simples para problemas complexos. E começo com uma coisa que me deixa no mínimo confuso: redes sociais. Confesso que entendo pouco e não sou o maior fã, acompanho o perfil oficial do clube e alguns não oficias do tricolor. O que vejo é o @saopaulofc com 3.3 milhões de seguidores postar uma foto ou outra do treino e antes/depois dos jogos, enquanto um perfil não ofical @spfc (de 750 mil inscritos) faz ações como “acerte o placar e ganhe ingresso pro morumbi tour” todo jogo, sorteia camisa de jogadores por metas da página e outras coisas. Pergunto aqui pois não sei a resposta: existe alguma lei que proíba o SPFC oficial de fazer ações do tipo?
Uma segunda coisa que me tira o sono é ver em todo final de partida os jogadores trocando camisas de jogo com os rivais, ao mesmo tempo que nosso programa sócio torcedor promove “foto pais e filhos” uma vez a cada 6 meses. Eu respeito a tradição da troca de camisas e aprecio o gesto de fair play, mas me indigna saber que o manto sagrado do SPFC provavelmente vai ser profanado por um Felipe Melo ou um Jô (esse o rei do fair play), enquanto milhões de torcedores tricolores não temcondições de comprar uma camisa oficial do clube. Não acredito que deveríamos proibir a troca de camisas, mas se o clube não pretende reutilizá-las, que selecione ao menos DOIS jogadores por partida e sorteie as camisas para os sócio torcedores!
O torcedor patrocinador
Minha proposta principal (finalmente!) para ter o torcedor como patrocinador ativo do clube é realizar ações—com MUITA transparência—diretamente ao encontro do que o torcedor mais quer: reforçar o time dentro de campo, com objetivo de ganhar jogos e ser campeão! Penso que um jeito simples (até mesmo besta) de fazer isso seria criar “rifas” de jogadores. Isso mesmo, “rifas”, igual se faz com cesta de dia das mães, ovo de páscoa, e qualquer coisa que faz muitas pessoas comprarem por um preço baixo “uma chance” de ganhar algo maior.
Meu primeiro exemplo é um caso bem conhecido e muito complicado: Daniel Alves. O sálario do Daniel Alves no primeiro ano de contrato seria da ordem de:
12 x R$1.5Mi/mês = R$18 Mi.
Não deixo de imaginar nosso queridíssimo ex-presidente Leco buscando patrocínio para pagar os salários do Daniel Alves. Sem contar a tão famosa comi$$ão, imagino os aspones do ex-presidente ligando para a Audi e pedindo R$18 Mi para pagar o Daniel Aves porque “chegaria na apresentação e iria treinar 2x/semana de Audi (se vocês também derem o carro). Ah, ele também tem um monte de seguidor no Instagram, mas geralmente só usa pra falar bobagem.”
O jeito que penso para pagar um ano de salário do Daniel Alves seria entrar em contato, por exemplo, com a FIAT e falar: “O Daniel Alves vai chegar de PALIO no centro do gramado no dia da apresentação e vocês terão sua marca relacionada à ele por um ano (no caso específico do Daniel, porque não a logomarca na braçadeira de capitão?). Preciso do carro que ele chegará na apresentação e de mais 12 carros, vai te custar R$300.000”. (O Daniel Alves vai andar de Audi/BMW/Mercedes de qualquer jeito, por isso acho que uma ação com carro popular é muito mais interessante pra montadora, que vai ter uma oportunidade de “vender” o Daniel Alves num Palio.) Na apresentação do jogador, o clube faria o sorteio desse Palio para uma “rifa do Daniel Alves”, e a cada mês que o Daniel recebesse seu salário, o clube sortearia outro carro entre os sócios torcedores que compraram a “rifa DA”. O sócio torcedor deveria comprar no mínimo uma “rifa DA”, que poderia variar de preço e número de rifas disponíveis por torcedor dependendo do valor mensal do plano ST: por exemplo, o sócio-torcedor de R$1/mês poderia comprar até 5 rifas à R$10 cada, enquanto o sócio-torcedor R$10/mês compraria até 10 rifas por R$5 cada e assim por diante. Fazendo outra conta boba, se em média um torcedor comprar 2 rifas (R$20,00), precisariámos de 900.000 ST participantes para pagar 1 ano de Daniel Alves.
Respondendo a pergunta inicial, certamente monetizar a torcida é um grande desafio para o clube. Mas impossível? De jeito nenhum! Afinal, quem nunca foi ao shopping pra gastar R$20,00 no cinema e acabou comprando presente de Natal pra família toda só pra chegar nos R$300,00 e concorrer com um cupom no sorteio da BMW do Papai Noel?
A idéia em valores mais realistas …
Por fim, mostro que a idéia também pode ser feita em proporções menores, pois dinheiro é dinheiro e o clube está precisando mais do que nunca. Recentemente, vimos o retorno do Miranda recebendo em torno de R$300.000,00/mês e temos a possibilidade de compra do passe do Galeano por R$3.300.000,00. Esse último eu acho que seria um ótimo “teste de fogo” para a idéia! Sorteio de um fim de semana em Assunción no Paraguai, acompanhar a delegação em jogo de libertadores, almoço com o jogador no Morumbi, camisas oficiais, enfim, sabemos que são TANTAS possibilidades que o clube pode nos oferecer, que o dia que os gestores perceberem o que nós podemos oferecer de volta, seremos novamente gigantes mundiais! Ao invés de esperar um bilionário são paulino ou uma empresa que tenha certeza de retorno investir no clube, é hora do SPFC tomar a iniciativa e investir no seu torcedor. O amor pela instituição existe, é real e estará sempre com o torcedor, e o dia que esse torcedor se sentir amado de volta pelo clube, as possibilidades serão infinitas!.
Agradeço antecipadamente a todos pelo seu tempo, pela leitura do texto (ficou enorme =P), pelos comentários, e opiniões. Agradeço ao Zanquetta por ouvir minhas idéias inicialemente e oferecer a oportunidade de dividi-las com vocês.
Um bom dia a todos, e avante tricolor!!!
Dante Campagnoli
Falaram tão mal do contrato com essa Feng e a diretoria não teve a transparência que tanto prega.
Enfim, acho complicado virar ST sem ter noção do quanto o clube está sendo lesado ( se realmente estiver).
Pra exemplificar: moro em Viçosa-MG, não consigo ir ao estádio assistir aos jogos do meu clube amado mas estaria disposto a ajudar com uma quantia mensal desde que tudo ficasse no time de futebol. Não quero contrapartidas, descontos, nada, só quero ver onde o dinheiro está sendo aplicado. Tenho certeza que eu sou 1 entre centenas de milhares que fariam o mesmo.
Oi Samuel,
Também gostaria de saber bem mais sobre o contrato com a Feng, espero que quando o programa novo sair, não tratem tudo de forma secreta.
Assim como você, não moro em São Paulo no momento, nem no Brasil. Temos que pensar sim em casos como o nosso para o sócio torcedor que não está em SP. É mais difícil, mas nada impossível (ainda mais no Brasil, apenas em outro estado)
Caro Dante:
Questiono a forma de remuneração à FENG.
Segundo informações, pode chegar a incríveis 80% em cada bilhete vendido no programa ST.
É uma terceirização, onde a FENG parece ser a dona da marca SPFC.
Alguns itens do contrato protegem a FENG (que deveria ter objetivos e metas como prestadora de serviços).
De que adianta arrecadar dinheiro da torcida tricolor e a grana ir para a FENG e seus prepostos?
Oi Paulo,
Assim como você, gostaria de saber o que de fato é do clube nesse contrato, e se ações como a que propus aqui poderiam incluir os sócio torcedores derivados do programa da Feng para algo entre clube e torcedor apenas.
Como você costuma dizer, “a ver”…
Muito bons, o texto e o objetivo. O departamento de marquetim (assim mesmo) tem a obrigação de fazer com que sugestões como esta e outras que surgirem sejam implementadas. O próprio blog poderia fazer uma campanha entre os mais de 1.300.000 seguidores para colher sugestões que seriam enviadas para a diretoria, que faria uma seleção das melhores propostas e aquelas que viessem a ser aproveitadas teria o nome do torcedor que fez a sugestão divulgado e este torcedor poderia ganhar algumas camisas oficiais ou poderia assistir a um jogo com direito a acompanhante ou visitar a sala de troféus, etc. Enfim, com certeza idéias não hão de faltar. Só precisa colocar em prática. Abçs. Tricolores
Obrigado Paulo,
Também vejo o blog como um grande aliado para o torcedor se fazer ouvir no clube. Geralmente lemos noticias e paginas nas redes socias mas é tudo muito longe “da realidade”, enquanto o blog está no dia-a-dia do clube, um diferencial importantíssimo.
Notícia recente, dados oficiais:
Flamengo “perdeu” quase 75.000 sócios-torcedores …, em 2.020 ( contrato com a FENG).
https://www.google.com/amp/s/www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/8406837/flamengo-ve-socio-torcedor-sumir-divida-operacional-crescer-e-fecha-2020-com-deficit-de-r-107-milhoes%3fplatform=amp
Dante eu adorei suas ideias e acho que você está corretíssimo.
Eu trabalho com marketing, justamente com ações deste tipo, e garanto por conhecimento empírico que funciona.
Conheço pessoas que vendem cursos de tudo que você imaginar, desde os mais simples como bordado, até os mais complexos como harmonização facial.
A forma que trabalhamos é sempre essa, vender grandes volumes por baixos valores, nos valendo de escassez, FOMO, reciprocidade, etc
Pessoal fatura milhão por ação e nenhum desses tem 1/3 dos seguidores que só o Daniel Alves tem no instagram.
Dá pra fazer desde ações simples do tipo:
Por apenas 5 reais um jogador aleatório do São Paulo vai gravar um vídeo personalizado de 30 segundos agradecendo cada torcedor que se associar, mas a oferta só vale até 30/05.
Ai você imagina o ST recebendo o vídeo com o Daniel ou Hernanes falando “Fala meu amigo Dante, aqui é o Daniel Alves e eu quero agradecer por você torcer por nós e por estar colaborando com o nosso clube. Vamos São Paulo!”.
Você vai encaminhar para todos os amigos são paulinos ou não? hahahaha
Quer deixar ainda mais interessante?
Adquirindo a oferta por 12 meses no cartão, nos próximos meses o ST se mantém por 11x de 29,90 e você tem direito a assistir conteúdo exclusivo do acervo do “Tricolorflix”, onde rola uma resenha (podcast) entre 3 jogadores do elenco por 1 hora toda semana, e o torcedor ainda tem acesso a jogos antigos, entrevistas com ex jogadores, documentários, bastidores, etc.
E claro, tudo isso exclusivo para assinantes.
Com uma “máquina” de gerar dinheiro dessas na mão, se eu não gerar pelo menos uns 15 milhões pro clube, eu corto 1 dedo fora! hahahaha
É só olhar o que a Globo faz no BBB e na Malhação, ela “fabrica” o famoso durante o período do programa, depois os que “vingam” ela utiliza na grade de programação e te mostra “de graça” ao vivo, de graça entre aspas porque o patrocinador paga para aparecer ali.
Depois ela ainda vende a assinatura do Globoplay, pra você poder assistir os famosos que ela mesma fabricou!
Tira a monetização, não é exatamente isso que os clubes de futebol fazem? Quem era o Hernanes antes de jogar no São Paulo? Acha que a molecada não iria pagar uma merreca por mês pra poder interagir com ele em lives no “tricolorflix”?
Agora o cara custa 1,1 milhão por mês no DM e a comunicação do clube não consegue criar uma ação pro cara fazer pós fisioterapia.
Infelizmente nosso mercado “tradicional” está muito atrasado, não entendem como as classes C e D se comunicam e ficam ai sonhando em vender meia entrada em dia de jogo, e chorando porque a pandemia não acaba.
Queria um vídeo do Diniz chamando meus amigos de Perninha.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Rachei de rir aqui.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Não consigo parar de rir.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Um vídeo de #OutLeco falando do orgulho em “dirigir” o SPFC com muito valor e honra.
E que tal um vídeo do Raí falando em lisura na gestão esportiva?
kkkkkkkkkkkk tb queria, ideia genial, sucesso de vendas com ctz
Kkkkk
Sensacional !!
André isso seria sucesso de vendas na época dos ringtones…
Imagina seu telefone tocando:
Ta olhando o que? Seu mascaradinho, perninha, vá se…
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Hahahahahha pior que seria um sucesso. Igual a camisa DIO5 do Lugano, aquela cara de louco do Diniz que o blog publicava sempre escrito “Seu perninha, mascaradinho, ingrato do c&#*#” hahahahahha seria sensacional
Se o clube tivesse aproveitado com bom humor esse episódio e criado essa camisa, a gente teria sido campeão brasileiro ano passado certeza!
“Se o clube tivesse aproveitado com bom humor esse episódio e criado essa camisa, a gente teria sido campeão brasileiro ano passado certeza!”
O pior é que, se bobear, se tivessem sabido de alguma forma canalizar de forma positiva aquile episódio, talvez fosse campeão mesmo…
Mas havia outros problemas internos, então não temos como saber…
Sensacional!
Se estiver falando do texto e da idéia, muito obrigado!
Se for do vídeo do Diniz chamando os amigos de perninha, também achei sensadional ahahhaha
Espetacular!
Não é possível que nosso departamento de marketing só sirva pra ficar correndo atrás de patrocinador (sem sucesso, inclusive) e não pensem nessas alternativas.
Obrigado. Acredito que temos muitas alternativas. Essas idéias são só uma coisa simples e besta, realmente dá pra fazer muito mais.
Tarsio,
Eu penso também que há tantas possibilidades que é um verdadeiro desperdício e, pior, incompetência do marketing não conseguir conceber várias ações envolvendo o maior patrimônio do clube: sua torcida.
Em tempo: eu creio que um outro colega chegou a comentar, mas eu partilho de uma concepção de planos diversos atingindo vários targets dentro da torcida, e oferecendo vários tipos de benefícios, conforme a arrecadação obtida dentro de cada target.
Realmente, oferecer tipo camisa do time e desconto em ingressos entre algumas outras ações é limitado demais dentro do leque de possibilidades que podem ser exploradas.
Essa equipe é nova né, então não dá pra cobrar ainda, por isso falo de forma generalista mesmo, marketing esportivo no geral é extremamente institucional e só.
Espero que a diretoria nova entenda como o digital permite essa aproximação do torcedor com o clube, porque não importa a classe social ou a localização geográfica, são 20 milhões que tem interesse pelo São Paulo.
Dá pra vender qualquer coisa digital pra 1% desses caras por merreca e fazer milhão por mês!
Sim, a Diretoria é nova, mas se tiver gente antenada e engajada e saber partir pra ação poderiam já iniciar um projeto sem necessidade de contratar uma empresa no mercado, como fizeram com essa Feng.
E a capacidade de arrecadação com ações múltiplas seria imensa.
Mas… aguardemos…
Show de bola, Tarsio!
Oi Tarsio,
Cara, legal de ouvir isso de alguém da área. Já vi “vaquinhas” na internet arrecadar milhares de reais porque alguém “tem o sonho de ir pra Paris” ou “fazer uma pós graduação no exterior”. E quem não quer, né?
Aí você olha e pensa. Será que isso não funcionaria para tentar repatriar o Calleri (há uns anos atrás pelo menos quando ainda era unanimidade na torcida)? E ainda com a contrapartida de ter camisas do Calleri sorteada, bater uma bola com ele na apresentação, aquelas famosas embaixadinhas no centro do gramado? (Pior que dependendo do jogador você dispensa na hora e contrata o torcedor que foi bater bola com ele hahaha)
Sobre um “tricolorflix”, acho muito legal. Fora do Brasil, perco muitos jogos pelo fuso horário, e penso se seria possível (legalmente) o clube reprisar uns jogos na integra. Sem spoiler. Eu poderia acordar cedo e assistir o jogo que aconteceu na madrugada antes de trabalhar, seria muito bom.
Gostei muito das suas ideias vejo enorme potencial associadas as tecnologias para criar facilidade de associação e pagamento.
Obrigado Orlando.
Com certeza. Inclusive você ter uma categoria (nem que seja grátis) pra chamar de sócio torcedor já vale, pois você cria uma facilidade de associação e pagamento nas ações. É tipo joguinho de celular, você baixa e tem um conteúdo grátis, mas tão jogando coisa na sua cara pra comprar o tempo todo.
Outra ideia para angariar ST é de impor meta de associados que se atingidas o clube contrataria o jogador “X”.
Exemplo: todos querem o tal do Borré, caso o número de ST chegue a 100 mil, contrata o cara.
O ST saberia pra onde o dinheiro vai, o que, na minha opinião, atrairia muito mais gente pro programa.
Léo. Pensei nisso também, de uma forma um pouco diferente.
Se depois de avaliados pelo scout, Crespo aprovados e tudo você teria duas opções para contratar: o Sabino e o Adonis Frias que foram especulados. O Sabino era economicamente viável para o clube e o Frias não, mas a rejeição da torcido pelo Sabino é enorme e querem o Frias.
Por que não criar no sócio torcedor uma enquete, onde o torcedor pode fazer a “pré compra” da rifa de um deles, e no final de 1 ou 2 semanas o clube vê que se ele comprar o Sabino que custa 1000 ele gasta 900, só que se comprar o Frias que custa 5000, a torcida já pré-pagou 4500 e sobra 500 pro clube.
Como os dois jogadores foram aprovados pela comissão técnica, você acaba tendo o preferido da torcida e ainda paga menos por isso!
Dante Campagnoli,
Estou aqui aplaudindo a sua iniciativa e boa vontade em querer colaborar com (boas) idéias para ações de marketing no clube.
Há um imenso potencial de arrecadação junto ao torcedor e os profissionais que deveriam saber estar trabalhando em cima disso não o fazem, sabe-se lá por qual motivo…
De todo modo, quero agradecer e te parabenizar uma vez mais pela iniciativa.
Muito obrigado mesmo JAC,
Realmente acredito que não seja por mal ou que sejam incompetentes, longe de mim julgar a capacidade de quem nem conheço. Mas fico intrigado também, será que é porque é muito simples, meio tonto até? Ou tem alguma coisa fora-da-lei aí que a gente desconhece?
A ver…
Acompanho o blog em “modo leitura”, assim como o Dante, e acho muito bacana o espaço que o Zanquetta disponibiliza para nós, meros torcedores, discutirmos com mais profundidade este tipo de assunto. Somos profissionais das mais diversas áreas, e acredito que o olhar e as sugestões de cada um são bem-vindas, ainda mais neste momento de reconstrução.
A minha sugestão foge um pouco do campo do programa de sócio-torcedor, mas vai de encontro com a presença do clube nas redes sociais – e como utilizar esta força para monetização. Temos uma visibilidade interessante através dos vídeos postados no canal do YouTube, além do próprio Facebook e outras redes. Quando falamos em números, fazendo uma conta de padaria, os resultados são bem interessantes: temos uma média de 250k views em cada um dos vídeos do canal – observando superficialmente os dados disponibilizados pelo YouTube. No Facebook, acredito que o número seja até maior, muito pelo fatos dos vídeos serem iniciados automaticamente (auto-play) na leitura do feed – sem mencionar outras redes, como Instagram, Twitter, etc. Quando comparamos estes números com a mídia tradicional, como a TV a Cabo, temos um resultado muito satisfatório: os views, somente no YouTube, são superiores a audiência média de 90% dos canais do meio.
Assim como o nosso presidente, trabalhei durante um bom tempo no departamento comercial de grandes emissoras de televisão, e vejo muito potencial a exploração comercial destas mídias. Precisamos fugir da remuneração repassada pelo YouTube por visualizações de propagandas pre-roll/mid-roll (antes e durante a reprodução dos vídeos), por exemplo, e ampliar os horizontes – mas como?
Na Record, o Julio exerceu a posição de diretor da área de Projetos Especiais da emissora – grosso modo, este é o departamento que comercializa/planeja soluções publicitárias além dos tradicionais 30″ aos seus parceiros comerciais. Entendendo o engajamento que o futebol traz, e a nossa força dentro das plataformas, por que não pensarmos em produzir soluções publicitárias dentro do conteúdo para anunciantes?
Dando um exemplo bem raso, mas tangibilizando algo para vocês: criar uma web série de entrevistas com os jogadores, em parceria com algum player do setor de aplicativos de transporte (Uber, 99, etc), com o papo acontecendo durante uma viagem até ao CT, antes de um treinamento. Ao fim, o anunciante poderia disponibilizar um cupom de desconto aos espectadores, e a ação poderia ser amplificada através das redes sociais do próprio jogador. Poderíamos até explorar outros tipos de visibilidade, como a exibição do logo do anunciante em nossa camisa, backdrop, etc. Mas aqui acho que também cabe um outro pensamento: todos os jogadores tem um grande alcance em suas redes e, ao meu ver, eles também são influencers.
Do lado interno, vejo a criação de um departamento comercial dentro da diretoria de Marketing, com profissionais que estejam em contato com agências e anunciantes do mercado, ainda mais que estamos na cidade de São Paulo.
A construção deste tipo de relação com os anunciantes podem até gerar frutos maiores, como um patrocínio master no futuro, por exemplo. É importante ampliarmos este leque, e também olharmos para este dinheiro do mercado publicitário que “está na mesa” – não somente pensando nas verbas de patrocínio. Neste momento de austeridade, precisamos ter criatividade para ir atrás de novas rendas.
O futebol é uma plataforma de comunicação que engaja demais, sendo muito atrativa para os anunciantes. Precisamos pensar “fora da caixinha”, e acredito que este possa ser um caminho!
Eu concordo plenamente com o seu raciocínio Luiz e vou além…
Fiz ações pra uma empresa de eletrodomésticos, era uma guerra pra fazer o consumidor se interessar por acompanhar a marca, ninguém está realmente interessado na próxima geladeira a ser lançada, até que decida trocar a geladeira.
Agora com futebol é o inverso, os consumidores engajam diretamente com a marca e você tem 25-30 “influencers” treinando todos os dias, fora os ex-jogadores que visitam e trabalham no clube.
Pode até parecer arrogância de falarmos assim, mas eu enxergo um baita oceano azul.
Concordo Luiz, precisamos ser criativos antes de tudo.
Eu realmente acho que a presença dos jogadores nas mídias sociais deveria ser usada. Não é a Apple pagar 20 milhões pro Daniel Alves usar iPhone, é o clube criar rifas “pessoa jurídica” para a empresa comprar uma parte e ter essa contrapartida. Nem que seja um vídeo do Daniel Alves falando sobre isso. Inclusive a empresa poderia optar por não vincular à imagem ao SPFC, pois do mesmo jeito que atrai nossos torcedores pode espantar outros, é um direito dela. De fato os 32Mi seguidores do Daniel Alves não são todos são paulinos, mas todos que o seguem querem o produto Daniel Alves.
A criatividade nos negócios é essencial neste momento. Precisamos ir atrás de novas rendas, novas formas de monetização. Não vamos sair do lugar apenas com patrocínios, vendas de jogadores e comercialização de produtos licenciados.
Os números de todos eles são muito relevantes, e vejo no mercado um movimento muito positivo com as empresas que estão agenciando influencers. Existe espaço para também irmos atrás deste dinheiro.
Parabéns a todos pelas idéias.
Oi Andre,
Respeito sua opinião, mas discordo. O tempo que investimos lendo, assistindo, conversando e tudo mais que involve o SPFC já é muito mais que o mínimo.
Obrigado a todos pelos comenários e feedback. Obrigado Zanquetta mais uma vez pelo espaço!
Dante, o iniciador, Tarso e Luiz pelos comentários, obrigado pelas postagens – muito interessante as propostas
vamos ver se o Cazares que é do ramo vai incentiva-las.
Acho que passa também pela valorização do elenco criando um vínculo positivo do “produto” jogador ao consumidor/torcedor. Nesse sentido alcunhas tipo batuqueiro e outros são nefastas as iniciativas muito bem apresentadas.
Como eu prometi, nao vou falar mais nada sobre lequinho quebra clube. E quando prometo eu cumpro. Mas tem uma pergunta que não quer calar. Quem coloucou leco lá?
Acho a proposta, de fato, muito boa e vou além. Penso que, partindo desse princípio de uso da torcida como “máquina de fazer dinheiro” uma outra forma de usufruir dessa enorme quantidade de torcedores seria uma proporcional contrapartida em relação a estes. Exemplo: porque não criar um programa de ideias partidas do sócio torcedor? Dentre milhões de pessoas, com certeza, ainda que poucas, surgiriam projetos que trariam grande retorno financeiro para o clube. Os projetos escolhidos seriam “premiados” pelo clube com um bom valor, em dinheiro mesmo. Todos teriam a possibilidade de participar. Trabalhadores, desempregados, jovens, idosos, homem, mulher… às vezes nem preciamos de muitas ideias, uma só seria capaz de gerar milhões para o clube e, seria é bem provável ela vir do meio de “milhões de cabeças”.
Com certeza Adielson. Acho muito mais válido do que esses concursos do tipo “o que você faria pra assistir o tricolor na final do paulista?”
Cara show de bola!!! Sempre pensei assim, tenho muita vontade de ajudar meu time, e penso que nós, milhões de São paulinos temos esse poder de virar o jogo no que diz respeito a essa situação financeira do nosso clube. Teria muito prazer em ajudar da maneira que posso, e sei que milhares de outras também assim o fariam se houvesse essa oportunidade. Uns com 1, outros com 5, 10reais, não importa o valor, e sim a interação e o saber que de alguma forma estamos ajudando. Espero de coração que essa matéria chegue até a diretoria do clube, bem como os comentários aqui presente. Que cada são-paulino seja uma Abílio Diniz, que cada sao paulino seja um patrocinador master, que cada um possa ter orgulho de falar EU PATROCÍNIO MEU SÃO PAULO!!!!
Sim, por isso acho legal ter planos com mensalidade bem baixa. Tem gente que não pode se dar ao luxo de pagar nem R$10,00/mês no sócio torcedor. Essa pessoa pagando R$1,00 e de vez em quando desembolsando algo em uma ação pontual já é algo que entra para o clube de um torcedor que no modelo atual não consegue contribuir com nada.
E parece que não, mas realmente o clube aceitar “qualquer coisa” dá ao torcedor a idéia que o SPFC conta com ele e qualquer outro que quiser fazer parte do presente e do futuro do clube, e não que não estão interessados apenas nos 30mil que pagam os valores no formato atual.
Parabens, Andre! tenho certeza que o Zanquetta ja pssou suas ideias para a diretoria! ah! tinha certeza que o Andre estava com saudades do Diniz! hehe
Dante, parabéns pela iniciativa. Vc levantou 2 pilares interessantes que se apoiam mutuamente (tem sinergia): criar uma base grande de torcedores e fazer muitas ações com premiações (rifas, sorteios, etc) com esta base. Acho que esta visão geral é um ótimo ponto, e que ter uma empresa fazendo isto (a Feng) pode ser uma boa, desde que as condições sejam bem negociadas, e entendo que colocar estas ideias no pacote nos favorece na negociação.
Eu gostaria de enfatizar dois outros possíveis pilares; transparência e voto para o sócio torcedor. Antes de desenvolver o raciocínio, quero deixar claro que concordo que a atual diretoria está fazendo um bom trabalho, principalmente em comarcão com a anterior.
Com relação ao primeiro dos pilares que estou levantando, acho que apenas explicitar que os recursos do ST irão para o futebol está muito longe de uma atitude realmente transparente, pois isto não cria nenhum empecilho para que recursos saiam do futebol para cobrir rombos em outros setores, como o social ou outros esportes, e porque muitas operações do futebol são pouco transparentes (como as famosas comissões). Se 20 milhões saem do futebol para o social, e se a receita global do futebol é 400 milhões, estes 20 milhões que vieram do futebol vem da receita global deste, que inclui o ST. Assim, 10 milhões adicionais de receita do ST podem ser usados total ou parcialmente para cobrir um eventual rombo adicional fora do futebol – basta que 10 milhões de vendas dos jogadores que iriam para o futebol passem a ir para fora do futebol. Deste modo, é necessária uma transparência global, e, em particular, que se explicite quanto de receitas do departamento de futebol (que inclui a venda de jogadores) é usado para cobrir o que não é futebol (o social por exemplo).
Com relação ao voto dos STs, não vejo necessidade de maiores explicações. Zanquetta, eu aprecio muito seu blog, que leio e onde opino no dia a dia, e ficaria muito feliz se este comentário fosse passado pela diretoria como uma visão de torcedor. Abs a todos.
Obrigado André,
Realmente a transparência do destino das verbas ST tem que ser bem mais do que ser “uma promessa”, seria legal o torcedor realmente saber onde o dinheiro está indo. Acho que isso inclusive é um ponto bom das ações pontuais e direcionadas, onde o torcedor sabe que estará pagando uma parte do salário de um jogador, ajudando o clube a adquirir um passe etc.
Exatamente, Tarsio. E o engajamento dos torcedores só tende a aumentar com o time entrando nos trilhos, melhorando os números das nossas redes e também dos próprios jogadores. Basta ver os picos de visualização dos vídeos com os bastidores do jogo contra o Palmeiras (+ 500k views) e contra o Sporting Cristal (+ 400k views).
A última diretoria trouxe o Daniel Alves com uma ideia de ter parceiros comerciais financiando seu salário, mas tudo foi feito de uma forma muito rasa. Não vi um plano de ação para isso, e na prática nada foi feito.
A mudança desse olhar, somado a estruturação de um time enxuto para criar e vender essas oportunidades, pode nos render bons frutos. O Julio, pela sua carreira, provavelmente tem um trânsito muito bacana com as agências e anunciantes – o mercado veria este movimento com bons olhos, com toda certeza.
O curriculum do Casares na área dispensa comentários e com certeza ele vai montar uma equipe que vai melhorar essa área de marketing, quando ele presidiu inclusive, lembro que acompanhava ele no twitter e ele falava muito sobre a importância do matchday e do pertencimento, se não me falha a memória, quem criou o “batismo tricolor” foi ele.
Eu não critico o nosso marketing atual por isso, tenho gostado da forma que a comunicação trata o clube agora como um “grupo de amigos”, com os argentinos incentivando… ao invés daquele formato “ong” que era apresentado antes.
Acho que isso tem muito mais a ver com o São Paulo e seu DNA, e principalmente porque a torcida vai saber que mesmo quando vierem as fases ruins, que está acontecendo porque é natural, mas que todos estão trabalhando bastante como sempre.
Então espero e confio que eles perceberão que existem muitas oportunidades no mercado digital e que saibam aproveitar isso da melhor forma.
As ideias inseridas no contexto são excelentes, também já pensei em algo assim, mas teria que ter transparência e quando se fala de dinheiro no Brasil isso nunca acontece. Sempre achei que menos é mais porém não é assim que pensam quem está lá em cima. 250.000 a 2,00 teríamos 500 mil por mês seria no mínimo 50% do que o clube quer receber mensalmente com um patrocinador máster. Falta investir nas ideias tem muita coisa que dá pra ser feito. Caso alguém essas ideias cheguem a alguém do clube, pensem com carinho, menos é mais.